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Como evitar erros ao fazer um Pix e o que fazer se precisar cancelar

Se algo sair errado, muitos se perguntam se é possível estornar um Pix e como proceder nesse tipo de situação.

JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
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O Pix se tornou a forma de pagamento mais utilizada no Brasil, graças à sua praticidade, rapidez e disponibilidade 24 horas por dia. Com ele, é possível transferir valores em segundos para qualquer pessoa ou empresa, sem tarifas e sem complicação. No entanto, justamente por ser tão instantâneo, ele também exige atenção redobrada na hora de enviar dinheiro. Se algo sair errado, muitos se perguntam se é possível estornar um Pix e como proceder nesse tipo de situação.

Para evitar dores de cabeça, é importante saber como usar o Pix com segurança e quais são as medidas recomendadas caso você precise cancelar ou recuperar uma transferência feita por engano.

Principais erros cometidos ao usar o Pix

Mesmo sendo um sistema simples e intuitivo, o Pix ainda pode gerar confusões, principalmente quando o usuário está com pressa ou não revisa as informações antes de confirmar a operação. Os erros mais comuns incluem:

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  • Enviar para a chave Pix errada (telefone, e-mail ou CPF);
  • Digitar valores incorretos;
  • Selecionar o contato errado na lista de favoritos;
  • Confirmar o envio sem conferir os dados do destinatário;
  • Enviar para um golpista que se passa por outra pessoa.

Essas situações podem acontecer com qualquer pessoa, principalmente se o envio for feito com pressa ou distração.

Como evitar erros ao fazer um Pix

Para minimizar riscos, é essencial adotar alguns hábitos simples antes de finalizar qualquer transação. Veja algumas dicas que ajudam a garantir uma transferência segura:

1. Revise sempre os dados do destinatário

Antes de confirmar o Pix, o sistema mostra o nome da pessoa ou empresa que vai receber o valor. Verifique se essa informação está correta e se corresponde ao que você esperava. Caso o nome seja diferente, cancele a operação imediatamente.

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2. Digite a chave Pix com atenção

Evite erros ao digitar CPF, CNPJ, e-mail ou número de telefone. Se possível, copie e cole a chave em vez de digitar manualmente. No caso de QR Code, certifique-se de que ele foi gerado por uma fonte confiável.

3. Cuidado com contatos salvos

Muitos apps permitem salvar contatos para facilitar transferências futuras. No entanto, se o número de telefone de uma pessoa mudar ou for reutilizado por outra pessoa, o Pix pode acabar indo para o destino errado. Atualize seus contatos com frequência.

4. Redobre a atenção em situações de cobrança ou compras

Quando estiver realizando pagamentos de produtos ou serviços, tenha cuidado com links e mensagens suspeitas. Golpistas costumam se passar por vendedores, prestadores de serviço ou empresas conhecidas para enganar o usuário.

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5. Use a funcionalidade de “Pix agendado” quando possível

Se não for uma urgência, agendar o Pix para uma data futura permite mais tempo para revisar os dados e cancelar o envio caso perceba algum erro antes da execução.

O que fazer se precisar cancelar ou recuperar um Pix

Diferente de um boleto ou de um cartão de crédito, o Pix é uma transação imediata e irreversível. Isso significa que, depois de confirmado e concluído, o dinheiro sai da sua conta e é creditado na conta do destinatário em poucos segundos. Ainda assim, há algumas formas de tentar resolver o problema, dependendo do caso.

Cancelamento antes da conclusão

Se o Pix ainda não foi enviado — por exemplo, se está agendado — é possível cancelá-lo diretamente no aplicativo, na área de “Pix agendado” ou “transferências futuras”. Essa opção costuma estar disponível até o horário limite da execução.

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Estorno por iniciativa do destinatário

Se o valor já foi transferido para a conta errada, a forma mais direta de resolver é entrar em contato com a pessoa que recebeu o dinheiro e solicitar o reembolso. Muitas vezes, se foi um erro honesto, o destinatário devolve o valor via Pix rapidamente.

Registro de ocorrência e acionamento do banco

Se o destinatário se recusar a devolver o dinheiro ou você cair em um golpe, é importante:

  • Registrar um boletim de ocorrência na delegacia (pode ser online);
  • Entrar em contato com a instituição financeira que realizou o Pix;
  • Informar o máximo de detalhes (data, valor, chave utilizada, prints da conversa, etc.).

O banco pode iniciar um processo chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central, que permite bloquear temporariamente os recursos da conta do destinatário enquanto a situação é analisada. Esse recurso é aplicável especialmente em casos de fraude ou erro operacional identificado logo após a transação.

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Reembolso automático em casos específicos

Em algumas situações — como falha na execução do Pix ou problema técnico — o próprio sistema pode reverter o valor automaticamente. No entanto, isso depende da análise da instituição financeira e costuma acontecer em casos pontuais.

O que é o Mecanismo Especial de Devolução (MED)

O MED é um sistema criado pelo Banco Central para facilitar a devolução de valores em casos de fraude comprovada. Quando o cliente aciona o banco dentro de um prazo curto após o Pix, a instituição pode bloquear o valor na conta do recebedor e iniciar uma análise.

Se for constatado que a transação foi indevida, o valor pode ser devolvido à conta de origem. Esse processo ajuda a proteger os usuários e desestimular crimes que envolvem o uso do Pix. No entanto, ele não garante que o dinheiro será recuperado em todos os casos — especialmente se o valor já tiver sido sacado ou transferido para outras contas.

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Como se proteger de golpes relacionados ao Pix

Além dos erros por distração, muitos golpes têm se aproveitado da agilidade do Pix para enganar usuários desatentos. Algumas dicas para se proteger:

  • Desconfie de urgências: golpistas costumam usar pressa para que você não tenha tempo de pensar;
  • Verifique os dados antes de confirmar o pagamento;
  • Evite clicar em links desconhecidos ou enviados por redes sociais e apps de mensagem;
  • Ative notificações e alertas no aplicativo do seu banco;
  • Use biometria ou senha forte para proteger o acesso ao app.

A educação digital é uma das melhores formas de evitar prejuízos. Quanto mais informado o usuário estiver, menores são as chances de cometer erros ou cair em fraudes.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.