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Rússia nega nova Guerra Fria: ‘É um conflito ardente’

Moscou afirma que a disputa atual não é uma repetição da Guerra Fria, mas um confronto direto e intenso com o Ocidente

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
A porta-voz Maria Zakharova - Foto: Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa

A Rússia, por meio de sua porta-voz Maria Zakharova, rejeitou nesta quinta-feira (2) a ideia de que a atual disputa com os países ocidentais seja uma nova Guerra Fria.

Moscou afirmou que o conflito é, na verdade, um confronto direto e intenso que atingiu o nível mais perigoso desde a Crise dos Mísseis de 1962.

O Conflito em “Chamas” e a Tensão Elevada

A declaração russa reflete a escalada de hostilidades e a sensação de que o mundo se encontra em um estado de guerra por procuração, impulsionado pela guerra na Ucrânia.

Ao negar o rótulo de Guerra Fria, a Rússia indica que o cenário é de conflito ativo e não de contenção ideológica e militar latente.



A porta-voz Maria Zakharova endossou a narrativa russa de que o Ocidente é o responsável pela escalada, acusando a Otan e a União Europeia de inventarem operações de sabotagem.

Segundo ela, o objetivo é justificar o aumento massivo dos gastos militares e “preparar provocações” contra a Rússia.

Essa acusação sugere que Moscou se vê como alvo de uma campanha de desinformação e agressão, preparando o terreno para futuras ações.

A Visão de Putin: Humilhação e Marco Histórico

O presidente Vladimir Putin vê o conflito atual como um marco histórico nas relações com o Ocidente. Segundo Putin, o Ocidente humilhou a Rússia ao expandir sua influência para o Leste Europeu após a queda da União Soviética.

Essa percepção de humilhação histórica é a base da justificativa russa para suas ações na Ucrânia e para a postura de que o conflito é uma reação necessária.

Ao reforçar que o confronto está em “chamas” e é “direto”, Moscou tenta solidificar sua posição de que está em uma luta existencial contra a hegemonia ocidental.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.