Descaso

Ponte do Castelo segue em estado precário; Unidos por Itaipava cobra solução definitiva

Estrutura de madeira é usada como conexão entre a União e Indústria e a BR-040

Juliana Martins
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Juliana Martins
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Repórter
Juliana Martins é jornalista carioca focada em cultura, eventos e vida urbana no Rio de Janeiro. Seu trabalho destaca histórias do cotidiano e curiosidades locais, conectando...
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A estrutura conhecida como “ Ponte do Castelo”, localizada na altura do número 15.220 da Estrada União e Indústria, é um ponto de conexão importante com a BR-040, ainda que usado apenas por veículos leves, mas que continua sem ser considerado estratégico.

A estrutura ainda é de madeira, foi reformada em 2022, mas permanece em estado de degradação. O movimento Unidos por Itaipava (Unita) chama atenção para a situação e defende que o local receba uma obra estrutural definitiva, que garanta segurança e funcionalidade.

O assunto tem sido abordado desde a fundação da entidade, focada em soluções de mobilidade e qualidade de vida para o distrito, em agosto de 2024. 

A prefeitura chegou a investir R$ 111 mil na revitalização da ponte em 2022, substituindo o pavimento de madeira. No entanto, pouco tempo depois, motoristas já denunciavam novas avarias, como réguas soltas, buracos e deterioração acelerada.

No final de 2023, uma nova intervenção foi feita, mas os problemas persistiram. Em reunião com o Ministério Público Federal, em março, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), frisou que a estrutura não é de sua alçada.

No Programa de Exploração da Rodovia, a cargo do consórcio Elo Vias a partir do final deste mês, a estrutura também não é mencionada. Assim, é mais um equipamento de mobilidade “sem dono” e que recebeu intervenção pouco adequada da prefeitura.  

Ponte do Castelo segue em estado precário; Unidos por Itaipava cobra solução definitiva
Ponte do Castelo (após a reforma)

A situação se agravou ainda mais com a instalação de cinco quebra-molas de concreto em um trecho de pouco mais de 50 metros, medida que gerou críticas pela falta de planejamento. “É inacreditável que essa tenha sido a ‘solução’ encontrada para reduzir a velocidade dos carros no local como forma de preservar a estrutura de madeira. Itaipava não quer mais improviso nem obras mal feitas. A região precisa de capricho, de intervenções consistentes e úteis”, afirma Alexandre Plantz, presidente da Unita.

O empresário reforça que a ponte, apesar de pequena, é estratégica para a mobilidade de quem circula entre a União e Indústria e a BR-040. “Diariamente vemos reclamações e publicações nas redes sociais de pessoas que pedem uma medida efetiva no local. A negligência do poder público transforma um acesso importante em um ponto de risco”, completa Plantz.

POnte do Castelo (apos a reforma)
Divulgação

Para o secretário da Unita, Fabrício Santos, a precariedade da ponte do Castelo é mais um reflexo da ausência de investimentos consistentes em mobilidade na região. “O caso do Castelo é emblemático, mas não é isolado. A Unita já havia alertado também sobre a ponte na altura do Arranha-Céu, igualmente esquecida e que só agora, em situação de colapso, e com forte apelo da sociedade, ganhou atenção. Essas estruturas deveriam estar previstas em programas de manutenção e modernização, mas acabam sendo tratadas de forma improvisada”, critica.

O movimento Unidos por Itaipava tem levado a demanda às esferas municipal, estadual e federal, reforçando a importância de incluir acessos como a ponte do Castelo no futuro contrato de concessão da BR-040. “O que se espera é que essa questão seja finalmente tratada com seriedade, porque não dá mais para conviver com riscos, atrasos e medidas paliativas”, conclui Fabrício Santos.

Juliana Martins
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Juliana Martins é jornalista carioca focada em cultura, eventos e vida urbana no Rio de Janeiro. Seu trabalho destaca histórias do cotidiano e curiosidades locais, conectando os leitores com a cidade de forma leve e envolvente.