O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), acenou neste sábado (25) para uma possível aliança com o PL e o bolsonarismo nas eleições de 2026, afirmando que a união seria “por amor ao estado do Rio de Janeiro”.
A fala ocorreu durante um evento político na Baixada Fluminense, que reuniu lideranças de diversos partidos.
“Não tenho dúvidas de que vamos estar juntos, mas é por um só amor, por amor ao estado do Rio de Janeiro”, declarou Paes ao deputado Altineu Cortes, presidente estadual do PL, durante a festa de filiação do deputado Luciano Vieira ao PSDB, em São João de Meriti.
O gesto reacende as especulações sobre as articulações políticas para o pleito de 2026 e reforça a tentativa de Paes de ampliar sua base de alianças em torno de um projeto estadual.
⚖️ Pressão bolsonarista e alinhamento nacional
Nos bastidores, lideranças do PL vêm condicionando qualquer aliança a um apoio explícito a Jair Bolsonaro ou a um candidato indicado pelo ex-presidente.
O presidente municipal do partido no Rio, Bruno Bonetti, afirmou recentemente que uma aproximação “só seria possível mediante alinhamento nacional”. O próprio Altineu Cortes reforçou que o PL só caminhará com o prefeito se o presidenciável for o mesmo do partido.
Apesar da pressão, Paes busca manter autonomia política e evitar um vínculo direto com o bolsonarismo, defendendo que seu foco é o desenvolvimento do estado e não as disputas ideológicas.
🧭 PSD e o cenário nacional
Internamente, o PSD ainda discute sua posição para a corrida presidencial. O presidente da legenda, Gilberto Kassab, afirmou que, se Tarcísio de Freitas (Republicanos) não disputar o Planalto, o partido apoiará nomes internos como Eduardo Leite (RS) ou Ratinho Júnior (PR), ambos já colocados como pré-candidatos à Presidência.
Paes tenta consolidar-se como o nome do PSD para o governo do Rio, mas sem romper com possíveis alianças regionais que ampliem seu campo de apoio.
“Essa foi uma semana de muitas especulações, mas é preciso deixar claro que a prioridade é o estado”, afirmou o prefeito, reforçando o discurso de que suas decisões políticas serão guiadas “pelo amor ao Rio de Janeiro”.
📊 Contexto político
A movimentação de Paes ocorre em um momento estratégico para o PSD, que tenta equilibrar alianças regionais com a disputa presidencial de 2026.
O Rio de Janeiro — historicamente decisivo nas eleições nacionais — volta a se consolidar como um dos principais palcos de disputa entre o bolsonarismo, o campo progressista e os partidos de centro.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		