Sangue nas Ruas

Direita do RJ, que governa o estado há mais de 20 anos e não impediu o crescimento do crime, vibra com chacina no Rio

JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
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foto: Fernando Frazão/Divulgação Agência Brasil

A chacina policia realizada nesta terça-feira (28/10) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, operação mais letal da história do Brasil, foi considerada por parlamentares de direita, que há mais de 20 anos comanda o governo do Rio sem nenhuma eficácia no combate ao crime organizado, pelo contrário, no período a expansão das facções foi gigantesca, como a mais bem-sucedida da história do estado. Foram mais de 100 pessoas mortas, 81 presos, 93 fuzis, dos mais de 500 que circulam em poder do comando vermelho, apreendidos e mais de meia tonelada de drogas confiscadas. Contudo, não citaram os efeitos colaterais da desastrosa operação que colocou em risco a vida trabalhadores e o caso de Kelma Rejane, que foi baleada enquanto estava na academia.

O deputado federal Gen. Pazuello (PL-RJ), conhecido do Brasil por seu envolvimento na pandemia de covid-19, que deixou mais de 700 mil mortos, parabenizou o governador Cláudio Castro, o secretário de Segurança, e as polícias Militar e Civil, destacando o compromisso das forças de segurança que “estão resgatando brasileiros mantidos reféns por facções narcoterroristas no Rio”.

“O preço é alto. Estamos sofrendo com as baixas dos combatentes: policiais tombados e feridos na linha de frente. Heróis nacionais que dão a própria vida pela segurança da população”, afirmou Pazuello em publicação no Instagram. 

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Repercussão na Alerj

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), prestou solidariedade aos quatro policiais mortos e aos feridos. Em publicação nas redes sociais, o deputado destacou que o estado não pode recuar no enfrentamento ao crime organizado. “Defendemos uma legislação mais dura e eficaz, evitando que marginais sejam presos hoje e soltos amanhã. Como presidente da Alerj, reitero o meu compromisso em somar forças com todas as esferas, independente de lado político”, disse.

Já o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, Rodrigo Amorim (União) parabenizou os policiais e criticou o prefeito Eduardo Paes (PSD). “Hoje é um dia para mostrar ao povo que esse sujeito jamais poderá ser governador. Soldado de Lula, farinha do mesmo saco. Ambos têm peninha de vagabundo”, considerou. O deputado Alexandre Knoploch (PL), também membro da CCJ, cobrou mudanças legislativas. “Precisamos de uma PEC que permita aos estados legislar sobre o Código Penal e endurecer as penas. Só com as forças de segurança não será possível vencer essa guerra”, afirmou. 

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Cumprindo o seu primeiro mandato como deputado, Douglas Gomes (PL) defendeu uma política de tolerância zero: “O crime organizado precisa ser enfrentado com firmeza e coragem. Se não adotarmos uma postura como a de Nayib Bukele em El Salvador, continuaremos a viver nesse ambiente de guerra”. Já Thiago Gagliasso (PL) apontou o resultado como reflexo de anos de leniência: “A frase do Lula de que o traficante é ‘vítima do usuário’ sintetiza a política petista. Os verdadeiros heróis são os policiais que enfrentam o terror com coragem, muitas vezes sem apoio ou reconhecimento”. 

O deputado Alan Lopes (PL) também criticou o posicionamento do governo federal. “Que o povo do Rio de Janeiro nunca se esqueça que Lula preferiu salvar traficantes do que oferecer ajuda às forças de segurança contra o narcoterrorismo”, disse. 

Com forte presença nas redes sociais, a deputada Índia Armelau (PL) denunciou a migração de criminosos de outros estados e criticou a omissão federal: “Dos 100 mandados de prisão, 30 são contra vagabundos do Pará. Tem drone soltando bomba em cima da polícia. O Rio está sozinho. Não teve apoio do governo federal. Por quê? É o governo do amor. Faz o L”, ironizou a deputada. 

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Vereadores do Rio reagem

Na Câmara Municipal do Rio, a direita também se posicionou em apoio à operação das forças de segurança. Rogério Amorim (PL), presidente da Comissão de Segurança Pública, lamentou a violência e prestou solidariedade às famílias dos policiais mortos: “A luta contra o crime deve ser uma bandeira de toda a sociedade”. Já o vereador Fernando Armelau (PL) foi duro na crítica ao governo federal. “O tráfico é responsável por massacres diários. Isso é terrorismo, só o presidente da República que não reconhece”, declarou. 

Leniel Borel (PP) fez coro com os colegas parlamentares: “Precisamos de ação firme e técnica, proteção de inocentes, investigação ágil de qualquer denúncia e tolerância zero ao crime. Meu mandato seguirá cobrando integração entre órgãos, entorno escolar seguro e tecnologia para prevenir crimes. Nosso lado é o das famílias e das crianças que merecem viver sem medo”. 

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.