Traidor Julgado

STF começa a decidir se torna Eduardo Bolsonaro réu

Primeira Turma analisa denúncia da PGR contra deputado por suposta coação internacional no processo do golpe

JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
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Eduardo Bolsonaro
Atualizado em 14/11/2025 09:28

Nesta sexta-feira (14), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal inicia o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de coação no curso do processo por atuar nos Estados Unidos para interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta sexta-feira a análise da denúncia contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que pode levá-lo à condição de réu. A acusação, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), aponta que Eduardo atuou no exterior para pressionar ministros do STF e interferir no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado comandada por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma e está previsto para ser concluído até o dia 25 de novembro, salvo pedido de vista ou destaque que leve o caso para julgamento presencial. Caso a denúncia seja aceita pelos ministros, será instaurada ação penal e Eduardo passará a responder formalmente como réu. Por outro lado, a rejeição da denúncia resultará no arquivamento do processo.

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A PGR sustenta que Eduardo Bolsonaro realizou declarações públicas e articulações nos Estados Unidos com tom intimidatório, buscando influenciar a condução do processo no STF. A investigação, iniciada em maio, expandiu-se para incluir aliados como Paulo Figueiredo e o pastor Silas Malafaia. Um relatório da Polícia Federal identificado em setembro apontou graves indícios de crime, que levaram à denúncia formal da PGR.

Entre as provas analisadas estão postagens, discursos e mensagens que demonstram tentativas de articular pressões com atores do governo Trump, com o intuito de criar um ambiente de ameaças contra o Judiciário brasileiro. Medidas restritivas contra Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar, foram decretadas no decorrer das investigações.

A atuação de Eduardo e seus aliados visa, segundo a PGR, criar um cenário de represálias estrangeiras para impedir a responsabilização judicial do ex-presidente. Durante a fase inicial do processo, o STF exige apenas elementos mínimos para o recebimento da denúncia, não provas plenas, o que reforça a seriedade da análise em curso.

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A decisão do STF influenciará diretamente os desdobramentos do caso do golpe de 2022 e o ambiente político-jurídico brasileiro, mostrando nova fase do enfrentamento das tentativas de desestabilização democrática.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.