O susto na COP30 Belém nesta quinta-feira (20) foi um lembrete dramático da urgência climática que o evento se propõe a discutir.
O fogo, que se iniciou atrás do estande da Itália em um dos pavilhões principais, exigiu a evacuação imediata da Zona Azul, área central dos estandes de países.
Embora a ocorrência tenha sido rapidamente controlada pelo Corpo de Bombeiros, o incidente gerou tensão e correria entre os participantes, jogando um foco inesperado na segurança e infraestrutura do evento.
Apesar da gravidade de um incêndio em um palco de negociações globais, a primeira informação confirmada pelas autoridades é que não houve feridos. O ministro do Turismo, Celso Sabino, buscou minimizar o episódio, classificando-o como um “incêndio pequeno e isolado”. No entanto, a declaração do ministro – “Daqui a alguns minutos a gente vai saber o que aconteceu, que ocasionou. O importante é que não tem ninguém ferido” – reflete a confusão inicial e a necessidade urgente de entender a origem do problema.
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A Tensão e a Falha de Infraestrutura na COP30 Belém
O protocolo de segurança exigiu o corte parcial da energia elétrica no pavilhão, uma medida emergencial para evitar a propagação de novos focos, enquanto a segurança se mobilizava para isolar a área. Este movimento, porém, transformou a saída em um ponto de aglomeração. Jornalistas e participantes relutavam em abandonar o espaço, conscientes da importância das negociações em andamento.
A cena de frequentadores comuns correndo com extintores para tentar debelar as chamas antes da chegada das equipes oficiais é reveladora. Demonstra o espírito de cooperação em uma crise, mas também levanta sérias questões sobre a resposta inicial da infraestrutura de segurança da mega conferência global.
Após a ordem dos bombeiros, o público se concentrou nas saídas e um cordão humano da segurança foi necessário para ampliar o isolamento do pavilhão afetado. A organização da COP30 informou que está implementando medidas emergenciais para restabelecer o funcionamento da área nos próximos dias.
O evento em Belém é o ápice das negociações climáticas globais, e um incêndio em suas estruturas não pode ser tratado apenas como um “incêndio pequeno”. É um símbolo da fragilidade das infraestruturas urbanas e, por extensão, um alerta sobre a vulnerabilidade global diante da emergência climática. A prioridade, agora, é a investigação das causas para que falhas de segurança sejam corrigidas imediatamente, garantindo que o foco da conferência retorne à solução ideal: o combate ao aquecimento global.
(Sugestão de inserção de vídeo do Diário Carioca sobre as negociações climáticas na COP30 e a relevância de Belém)
Autoridades seguem apurando a causa do incidente. A preocupação agora é garantir que o cronograma da COP30 não seja seriamente afetado, pois cada hora perdida representa um atraso nas discussões cruciais para o futuro do planeta.




