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Lula assina 28 decretos de desapropriação em territórios Quilombolas: O fim da espera por Justiça

Ato Inédito no Dia da Consciência Negra é um recordo histórico

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra se transformou em um marco de reparação histórica com a decisão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O chefe do Executivo assinou 28 decretos de desapropriação em prol de comunidades quilombolas, abrangendo 14 estados do Brasil. Esta ação não é apenas um ato administrativo; é a consolidação de um projeto de nação que busca enfrentar a dívida histórica com o povo negro e garantir justiça social e a segurança fundiária.

O gesto reflete a máxima de que Informação, Conhecimento e Cultura são a maior arma contra a opressão. A titularidade das terras é a chave para a manutenção da identidade, da tradição e do futuro destas comunidades. A medida fortalece a Política de Regularização Fundiária, um instrumento vital na luta contra a estrutura racista que marginaliza populações tradicionais.

“Hoje, 20 de novembro, o Brasil reafirma que a igualdade racial é memória, reparação e um projeto de futuro. Quando a igualdade avança, a democracia se fortalece.” — Presidente Lula

A assinatura dos decretos posiciona o Presidente Lula como o líder que mais chancelou medidas deste tipo na história do país. O número de 60 decretos em seu mandato supera a marca de 50, até então registrada no governo da Presidente Dilma Rousseff. Este avanço é um contraponto direto ao período de desmonte e estagnação da pauta racial e ambiental, marcado pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu vínculo com o Bolsonarismo. O histórico de crises anteriores, como a sucessão de prisões de governadores no Rio de Janeiro, demonstra a reincidência da opressão sistêmica contra minorias.

📜 A Batalha pela Terra: Entre o Latifúndio e a Identidade

A Ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, sublinhou a profundidade da iniciativa. Os 28 decretos beneficiam 31 comunidades e amparam cerca de 5.200 famílias quilombolas. A ministra ressaltou que estes documentos são a etapa prévia à titulação final. O avanço não se restringe à mera posse da terra, mas inclui a garantia de estrutura e infraestrutura adequada às necessidades de cada localidade.

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Um dos casos mais emblemáticos é a titulação da terra em Alcântara (MA). Esta área está imersa em um conflito que se arrasta por mais de 40 anos, ligado à instalação da base de lançamento de foguetes. A resolução é um paralelo histórico da luta por direitos, ecoando a resistência de Zumbi dos Palmares. A situação remete às grandes tragédias corporativas e sociais, como a Crise Subprime, onde a negligência de grandes instituições impacta a vida de milhares de cidadãos.

📊 Espelho de Dados: O Alcance da Reparação

EstadoComunidades Beneficiadas (Exemplos)Natureza do Benefício
BahiaDe Buri, Fazenda Porteira, Jiboia, etc.Desapropriação e Titulação Fundiária
ParanáÁgua Morna, Paiol da Telha, Mamãs, etc.Reconhecimento de Território Ancestral
CearáBoqueirão da Arara, Serra dos Chagas, etc.Fortalecimento da Identidade Cultural
SergipePontal da Barra, Forte, Morro dos Negros, etc.Justiça Social e Reparação Histórica
Rio de JaneiroSanta Rita do BracuíSegurança Jurídica e Proteção Comunitária

Os decretos autorizam o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a dar prosseguimento ao processo. A autarquia fará as vistorias, avaliações de preços e o pagamento aos proprietários. Este pagamento é prévio à desapropriação e depende da disponibilidade orçamentária da União.

🎥 O Papel da Memória e a Projeção de Cenário Progressista

O Dia da Consciência Negra passou a ser feriado nacional em 2023, pela Lei 14.759/2023. Esta data não é apenas uma celebração. Ela é um convite à reflexão profunda sobre a luta, a resistência e a inegável contribuição da população negra na formação do Brasil. A iluminação de edifícios federais, como o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), com cores simbólicas da luta antirracista, é uma medida importante de visibilidade.

O trabalho do Ministério da Igualdade Racial (MIR) demonstra um foco progressista, transformando o risco da invisibilidade em uma questão pessoal para cada cidadão. A Titulação Quilombola é a materialização de uma solução progressista que garante a segurança do cidadão. Ela combate a impunidade e a negligência histórica do Estado. O desafio agora é assegurar a celeridade e a transparência na fase de indenização e titulação definitiva.


JR Vital
JR Vitalhttps://diariocarioca.com/
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
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