O ex-presidente Jair Bolsonaro evita as refeições fornecidas pela Polícia Federal desde que foi preso em 24 de novembro de 2025, optando por comida caseira levada por familiares. A prática segue protocolos internos e transforma sua rotina carcerária em exceção monitorada.
O primeiro dia de custódia mostrou que Bolsonaro recusou o cardápio da Superintendência e adotou refeição com baixo teor de gordura recomendada por médicos. A AFP revela o fato central — a recusa. A causa é a dieta específica. A consequência direta é a criação de uma logística de alimentação externa sob vigilância institucional.
No domingo, aliados confirmaram que Bolsonaro tomou café da manhã com pão com ovo e café com leite, ambos preparados fora da unidade. O gesto reforça a estratégia de controle alimentar do ex-presidente e evidencia a circulação de itens externos, sempre submetidos à inspeção da PF.
Itens entregues à PF no domingo
• Escova de dente
• Desodorante
• Itens adicionais de higiene pessoal
• Refeições caseiras com baixo teor de gordura
No período da tarde, Bolsonaro comeu novamente pratos caseiros. O protocolo interno permite comida externa desde que passe por checagem rigorosa. Na primeira noite na unidade, porém, Bolsonaro decidiu não jantar, apesar do menu da PF composto por arroz, feijão, salada e proteína, servido de forma padronizada aos custodiados.
Aliados relatam que Bolsonaro se mantém calmo e conversa normalmente, sem incidentes ou intercorrências. A rotina segue controlada, com visitas autorizadas e checagem permanente do fluxo de familiares.
No domingo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro esteve na Superintendência após a audiência de custódia confirmar a prisão preventiva do ex-presidente. Advogados também fizeram reuniões para alinhar estratégias jurídicas diante do estágio final do processo criminal.
H2 — Bolsonaro evita comida da PF enquanto aguarda desfecho do processo
Bolsonaro entrou na Superintendência da Polícia Federal após condenação na trama golpista, julgamento no qual recebeu pena de 27 anos de prisão em regime fechado. A defesa aguarda o resultado dos embargos de declaração, etapa que antecede o trânsito em julgado e a execução definitiva da pena.
O caso torna-se marco simbólico da erosão de poder político do ex-presidente, agora submetido às rotinas do sistema penal. O controle alimentar funciona como último gesto de autonomia individual, embora circunscrito às regras da instituição. Esse comportamento revela tensão entre a disciplina institucional e o esforço do custodiado em manter traços de vida privada.
Insight Editorial – Projeção de Cenário
A estabilização da rotina carcerária depende do desfecho processual. Caso o trânsito em julgado ocorra nos próximos dias, Bolsonaro poderá ser transferido para unidade prisional definitiva, onde regras mais rígidas limitarão a entrada de refeições externas. A mudança deve redefinir sua rotina alimentar e provocar debates sobre equidade de tratamento no sistema penal. Instituições cívicas podem usar o caso para revisar protocolos de visitas, itens autorizados e padrões nutricionais para custodiados.

