Um dos veículos de imprensa mais influentes do mundo, o The New York Times (NYT), publicou uma reportagem nesta quarta-feira (24/11/2025) afirmando que o governo brasileiro, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “desafiou Trump e venceu”.
A matéria detalha o fracasso da intervenção do ex-presidente americano Donald Trump para livrar Jair Bolsonaro da prisão e o consequente fortalecimento da posição de Lula nas relações com Washington.
📉 O Vazio do Apoio Internacional à Extrema Direita
O NYT faz um retrospecto contundente do embate político e jurídico, que começou com a tentativa desesperada de Trump de interferir na soberania brasileira:
- Ameaça de Intervenção: Em julho, Trump enviou uma carta ríspida a Lula, “exigindo que as autoridades retirassem as acusações de que Bolsonaro havia tentado dar um golpe”. A pressão escalou com a imposição de tarifas de 50% sobre importações brasileiras, um ato que visava coagir o governo.
- Derrota e Recuo: Cinco meses depois, o jornal americano crava que Trump “praticamente admitiu derrota”. Bolsonaro não apenas está preso, mas está iniciando o cumprimento de uma pena de 27 anos. Em contraste, Trump teve encontros cordiais com Lula, resultando na remoção das tarifas mais prejudiciais ao Brasil.
O NYT concluiu que o desfecho evidencia não apenas o fracasso da intervenção, mas também os limites da capacidade de Trump de dobrar governos estrangeiros.
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📈 Vitória de Lula e Fortalecimento Institucional
A tentativa de intervenção de Trump teve o efeito reverso do esperado. As instituições brasileiras ignoraram a pressão externa, e os esforços de Trump foram em vão.
- Preço do Apoio: As tarifas impostas elevaram os preços nos Estados Unidos para produtos como carne e café, gerando pressão interna contra Trump, que foi obrigado a buscar uma aproximação com seu adversário.
- Lula Fortalecido: O jornal destaca que Lula, “um líder da esquerda latino-americana, saiu do embate com Washington politicamente ainda mais forte do que entrou”. O governo brasileiro não cedeu à chantagem, reafirmando sua autonomia e soberania perante a maior potência econômica global.
- O Risco de Fuga: A reportagem ainda contextualiza a decisão do STF de ordenar a prisão preventiva de Bolsonaro, citando o risco de fuga e mencionando a ironia de o ex-presidente morar “perto da Embaixada dos EUA, onde poderia buscar asilo” — um risco que, com o fracasso de Trump, se mostrou inviável.
No final, autoridades dos EUA que prometeram retaliação após a condenação de Bolsonaro nunca a executaram. Em vez disso, Trump iniciou uma aproximação pragmática com Lula, reconhecendo a vitória do Brasil institucional.




