O Rio de Janeiro testemunhou, mais uma vez, o colapso da segurança pública na madrugada. Um intenso confronto armado no Complexo de Israel paralisou a Avenida Brasil, comprovando a falência das estratégias de guerra ao invés da inteligência e da política social no enfrentamento ao crime organizado.
O Rio de Janeiro Refém da Crise de Segurança
Um violento confronto entre forças policiais e grupos criminosos fechou a Avenida Brasil, principal via expressa do Rio de Janeiro, durante a madrugada desta quinta-feira, 27 de novembro. A via expressa ficou totalmente interditada por cerca de 40 minutos, um cenário que sinaliza o domínio do terror armado na cidade.
A ação de alta letalidade faz parte da Operação Barricada Zero. Esta é a terceira intervenção do tipo no Complexo de Israel, que abrange sete comunidades na Zona Norte.
O tiroteio começou por volta das 3h, causando pânico e interrupção completa de serviços essenciais.
Fumaça da Barricada, Fumaça da Falência
Registros veiculados em redes sociais captaram uma extensa coluna de fumaça subindo na região. A provável causa é a queima de barricadas pelos criminosos.
Esta fumaça pôde ser avistada de diversos pontos da cidade, enquanto a Avenida Brasil surgia completamente deserta. O vazio da via expressa, incomum até para a madrugada, representa o quanto a violência armada é capaz de neutralizar a metrópole.
A operação policial ocorreu simultaneamente nas sete comunidades que compõem o complexo: Cidade Alta, Furquim Mendes, Guaporé, Kelson’s, Pica-Pau, Quitungo e Tinta.
A repetição de operações com alto impacto social e baixa eficácia de longo prazo atesta o fracasso do modelo de confronto.
[Sugestão de vídeo Diário Carioca: A Rota das Armas e o Financiamento da Violência Armada no Rio de Janeiro]</center>
Impacto Direto na População e na Mobilidade
O confronto armado não apenas cerceou o direito de ir e vir dos cariocas. Ele também impactou diretamente o sistema de transporte.
A SuperVia informou que houve alterações no ramal Saracuruna. Os trens que atravessam a região da Cidade Alta foram obrigados a circular em trechos reduzidos. A circulação ficou limitada entre Central-Penha e Caxias-Saracuruna.
O bloqueio da Avenida Brasil e as alterações nos trens penalizam a classe trabalhadora da Zona Norte e da Baixada Fluminense. A violência política e armada mantém o custo social da ineficiência estatal no colo da população mais vulnerável.




