Fernando Ringel
Fernando Ringel é Jornalista e mestre em comunicação
O último tango em Paris
Empate no tempo normal, na prorrogação, e ao vencer a França apenas nos pênaltis, a Argentina chegou ao tricampeonato como no tango de Carlos Gardel, "por una cabeza”
Arroz, feijão, chuchu e Lula
Assim como no caso da mulher, de Patos de Minas, que após confraternização, atropelou o marido e bateu em dois veículos antes de ser presa, a diplomação de Lula foi seguida por uma noite de “tiro, porrada e bomba”.
Futebol 1 X Política 0
É como dizia Ulisses Guimarães, em Brasília tem gente de todo tipo, “só não tem bobo”.
O Pombo da Paz
No meio do deserto, poderiam ser camelos, mas o que se vê é uma fase de vacas magras para artilheiros e várias zebras
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada. No caso da economia, foi mais ou menos assim que aconteceu. O tal “Teto de Gastos” foi criado pelo ex-Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e instituído pelo governo Temer.
Um copo meio cheio de água e óleo
Nos anos 1980, Ronald Reagan, então presidente dos Estados Unidos, afirmou que bastaria uma invasão do nosso planeta para que americanos e soviéticos se unissem contra os alienígenas
Tudo o que é demais, estraga
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 156 milhões de brasileiros poderiam votar neste ano, sendo que Lula conquistou 60 milhões e 300 mil eleitores e Bolsonaro obteve 58 milhões e 200 mil
O Último Capítulo
Enquanto se fala muito do “reino dos céus”, segue a luta pelo “ouro da terra”. Quem precisa de novela numa eleição como essa?
A época do “Deus me livre”
Enquanto a Nova Zelândia debate a criação de imposto sobre gases e arrotos de bois e ovelhas, um russo disse ser astronauta e convenceu uma japonesa a pagar R$ 160 mil por seu retorno à Terra, para que pudessem se casar. Provando que este mundo é para profissionais, nesta mesma semana, familiares usaram fogos de artifício durante sepultamento, incendiando cemitério, em Belém, Pará. A piada na internet é que, embora ninguém tenha se ferido, os bombeiros ainda estão contando o número de mortos no cemitério. E tem mais: para quem fica com raiva de motoqueiro fazendo “ran-dan-dan”, em Patos de Minas, Minas Gerais, um deles tomou um tiro nas nádegas. Por pouco não foi empinar moto no além.
Enfim, o jeito é rir porque este planeta é cheio de ironia e gente complicada, como em Vassouras, Rio de Janeiro, onde alunos foram banidos dos Jogos Universitários de Medicina, por cantar: “Ei, eu sou playboy. Não tenho culpa que seu pai é motoboy”. O fato ocorreu pouco antes do último dia 10, quando o motoboy, Briner de César Bitencourt, preso na Unidade Penal de Palmas (UPP), Tocantins, morreu exatamente no dia em que seria solto... após provada sua inocência! Enquanto isso, a Assembleia Legislativa de Goiás decidiu que, além das três semanas de recesso eleitoral, os deputados poderiam emendar também o feriado de Nossa Senhora Aparecida. Pode ser irônico, mas aos que desejam um mundo mais civilizado, resta seguir em frente e não perder a fé... na política.DEUS LHE PAGUE
Ninguém aguenta mais essas eleições, nem os candidatos. Lula anda tão rouco que poderia ser dublado ou legendado e Bolsonaro, no debate da Band, claramente precisava de uma pastilha para tosse. Afinal, já são dois senhores. Mas enquanto um acusava o outro de mentiroso, o brasileiro teve mais uma lição: Sergio Moro, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, que saiu do governo atirando, foi ao debate apoiando... Bolsonaro. Parabéns ao eleitor que perde amigos, ou até mesmo acaba na cadeia por causa de político.
Aparentemente, Moro estava tão “feliz” no debate quanto o presidente ao ver a jornalista Vera Magalhães, mas sua presença foi importante por reforçar o discurso bolsonarista sobre corrupção e segurança pública. É o tipo de apoio que não agrega votos, mas serve como recado para o eleitorado ou o mercado. É como o caso de Henrique Meireles, ex-Ministro da Fazenda do governo Temer, e do presidente Fernando Henrique Cardoso, pai do Plano Real, blindando Lula sobre acusações de risco para a democracia. Em uma eleição com poucas ideias, como a maior parte do eleitorado vota em um porque “Deus me livre” do outro, é aí que o apoio de João Amoedo, um liberal, significa “sangue NOVO” para a candidatura petista.
Por fim, sobraram acusações no penúltimo debate desta campanha, mas ninguém esclarece o que vai fazer na economia a partir do ano que vem. Por quê? Simplesmente, porque não se sabe a resposta. E isso também ocorre em boa parte do mundo. Aí, sobre os 600 reais do Auxílio Brasil em 2023, por exemplo, oremos e “que Deus lhe pague”
Fogo no Parquinho
Enquanto Lula e Bolsonaro se preparam para os debates, dessa vez sem o Padre Kelmon, mas com direito a puxão de cabelo e dedo no olho, chegou a Semana da Criança
O Rei do Castelo de Cartas
Numa eleição marcada pela paranoia, houve quem escolhesse a cor da roupa para não ser ligado a nenhum candidato na hora de votar. Só faltou acharem que mulher com “roupa de oncinha” é eleitora da Soraya Thronicke.
Quem não é visto, não é lembrado
Muita gente não gosta de assistir ao horário eleitoral. Dizem que é artificial, chato. Imagine, então, como deve ser para quem passa a vida tendo que sorrir ou ficar triste exatamente na hora cert
Chuva de pedra em teto de vidro
Na última semana, um homem não identificado teve a moto apreendida em Anápolis, Goiás. Entre suas infrações, estava passar por radares... em pé no veículo, mostrando as nádegas!
Todo mundo é filho da mãe
A dupla Simone e Simaria anunciou sua separação, dia 18, o que deve durar apenas até a carreira solo das duas minguar, até porque “quando o mel é bom, a abelha sempre volta”.
O Homem que matou Getúlio Vargas
A morte de Jô Soares abafou parte do noticiário desde o último dia 5, incluindo o aniversário do “Atentado da Rua Toneleiros”, ocorrido em 1954 nesta mesma data. Curiosamente, o “gordo” escreveu sobre o tema no livro “O Homem que Matou Getúlio Vargas”, misturando história e ficção para criar a sua versão para a morte do presidente.



