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Famílias são removidas de prédio ocupado em Porto Alegre

Brigada Militar cumpre reintegração de posse em edifício abandonado no centro histórico

Fachada do prédio ocupado nesta madrugada pelo MLB - Foto: MLB
Fachada do prédio ocupado nesta madrugada pelo MLB - Foto: MLB

Porto Alegre – Cerca de 100 famílias foram retiradas de um prédio público abandonado no centro histórico de Porto Alegre neste domingo (16) pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul (BMRS). A ação cumpriu uma ordem de reintegração de posse emitida pelo governo de Eduardo Leite (PSDB).


O que você precisa saber:

  • Reintegração de posse: Aproximadamente 100 famílias foram removidas de um prédio ocupado.
  • Prédio abandonado: O edifício estava desocupado há mais de 10 anos.
  • Origem da ocupação: Famílias desabrigadas por enchentes ocuparam o imóvel.
  • Nome da ocupação: O local foi chamado de Sarah Domingues em homenagem a uma estudante assassinada.

Detalhes da remoção

A ocupação foi realizada na madrugada no antigo prédio da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (FEPAM) pelo Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Esta foi a quarta ocupação em Porto Alegre desde as enchentes de 4 de maio.

Movimento Nacional de Luta pela Moradia

Nas redes sociais, o Movimento Nacional de Luta pela Moradia, que apoia a ocupação, divulgou imagens da ação da Brigada Militar. O prédio foi isolado pela polícia, impedindo o acesso das famílias.

Condições precárias

Antes da reintegração, o MLB compartilhou fotos e vídeos das condições precárias do imóvel, que estava sem energia e cheio de móveis abandonados, lixo e lama.

Homenagem a Sarah Domingues

O MLB nomeou a ocupação de Sarah Domingues, em homenagem à estudante de Arquitetura e Urbanismo assassinada em janeiro deste ano enquanto fazia seu trabalho de conclusão de curso sobre as enchentes na Ilha das Flores.


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Declaração do movimento

Em nota, o MLB afirmou: “Só a luta muda a vida, só com o povo organizado vamos conseguir garantir moradia e uma vida digna para as pessoas atingidas pela enchente! Enquanto morar dignamente for um privilégio, ocupar é um direito.”