Porto Alegre – Cerca de 100 famílias foram retiradas de um prédio público abandonado no centro histórico de Porto Alegre neste domingo (16) pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul (BMRS). A ação cumpriu uma ordem de reintegração de posse emitida pelo governo de Eduardo Leite (PSDB).
O que você precisa saber:
- Reintegração de posse: Aproximadamente 100 famílias foram removidas de um prédio ocupado.
- Prédio abandonado: O edifício estava desocupado há mais de 10 anos.
- Origem da ocupação: Famílias desabrigadas por enchentes ocuparam o imóvel.
- Nome da ocupação: O local foi chamado de Sarah Domingues em homenagem a uma estudante assassinada.
🗣️ Atenção! O Movimento de Lutas nos Bairros ocupou na manhã deste domingo um prédio vazio há mais de 10 anos, no centro de Porto Alegre. As famílias que ocuparam perderam suas casas na enchente do mês de maio.
— Karen Santos (@karensantospoa) June 16, 2024
O governador Eduardo Leite, de forma covarde, ordenou a desocupação… pic.twitter.com/XHWi3YMPoC
É inacreditável que com a chuva e frio em Porto Alegre o governo Eduardo Leite está promovendo uma reintegração de posse violenta de um prédio abandonado há 10 anos no Centro Histórico, que foi ocupado por famílias atingidas pela enchente. pic.twitter.com/IM1VGkYBwW
— Fernanda Melchionna (@fernandapsol) June 16, 2024
Chuva e frio em Porto Alegre. Sabe o que o governo Eduardo Leite está promovendo? Uma reintegração de posse violenta de um prédio abandonado há 10 anos no Centro Histórico, que foi ocupado por famílias atingidas pela enchente. Não existe política habitacional, somente batalhão de… pic.twitter.com/XRp7N3aa5r
— Laura Sito (@laurasito) June 16, 2024
Que barbaridade, despejar as pessoas nessa tragédia climática e, ainda pior, com violência !!! pic.twitter.com/MXRReYoQCk
— Pedro Ruas (@PedroRuasPsol) June 16, 2024
Detalhes da remoção
A ocupação foi realizada na madrugada no antigo prédio da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (FEPAM) pelo Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Esta foi a quarta ocupação em Porto Alegre desde as enchentes de 4 de maio.
Movimento Nacional de Luta pela Moradia
Nas redes sociais, o Movimento Nacional de Luta pela Moradia, que apoia a ocupação, divulgou imagens da ação da Brigada Militar. O prédio foi isolado pela polícia, impedindo o acesso das famílias.
Condições precárias
Antes da reintegração, o MLB compartilhou fotos e vídeos das condições precárias do imóvel, que estava sem energia e cheio de móveis abandonados, lixo e lama.
Homenagem a Sarah Domingues
O MLB nomeou a ocupação de Sarah Domingues, em homenagem à estudante de Arquitetura e Urbanismo assassinada em janeiro deste ano enquanto fazia seu trabalho de conclusão de curso sobre as enchentes na Ilha das Flores.
LEIA TAMBÉM
- Preço dos combustíveis terá de ser mais transparente, diz secretária
- 'Galera Esporte Clube': Edilson Capetinha entrevista Milene Domingues nesta segunda-feira
- Julgamento de reintegração de área ocupada por indígenas é suspenso
- Tensão marca reintegração de posse de terreno da Petrobras no Rio
- Dia da Mulher (08/03): Chef da Hamburgueria Bob Beef assina burger para a data
Declaração do movimento
Em nota, o MLB afirmou: “Só a luta muda a vida, só com o povo organizado vamos conseguir garantir moradia e uma vida digna para as pessoas atingidas pela enchente! Enquanto morar dignamente for um privilégio, ocupar é um direito.”