Belém – O Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) do G20 se reunirá em Belém, no Pará, a partir do dia 30 de outubro para discutir os principais problemas relacionados a desastres naturais que afetam o Brasil e outras nações do grupo.
Segundo o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, o evento focará em boas práticas de prevenção e ações que podem ser replicadas internacionalmente.
Com a presidência do G20 sob o comando do Brasil, o encontro destacará questões como chuvas intensas, secas severas e desastres hidrológicos e geológicos, com o objetivo de propor soluções concretas para mitigar os impactos desses fenômenos.
Desafios das mudanças climáticas no G20
As mudanças climáticas representam um dos principais desafios discutidos no G20, e o secretário Wolnei Wolff afirmou que o foco do encontro será apontar direções práticas para a redução do risco de desastres. “O objetivo é que os países membros possam adotar essas ações e replicá-las em outros locais vulneráveis”, disse Wolff.
Riscos hidrológicos e geológicos, que afetam principalmente populações próximas a rios e encostas, estarão no centro das discussões. Inundações e deslizamentos, que são os desastres mais comuns para essas populações vulneráveis, serão abordados em busca de estratégias eficazes de prevenção.
Prioridades do G20 para redução de desastres
O GTRRD estabeleceu seis prioridades principais para orientar as ações do Brasil e dos outros países membros:
- Combater desigualdades e reduzir vulnerabilidades;
- Ampliar a cobertura global dos sistemas de alerta precoce;
- Desenvolver infraestruturas resilientes às mudanças climáticas;
- Criar estratégias de financiamento para reduzir riscos de desastres;
- Promover a recuperação e reconstrução após desastres;
- Implementar soluções baseadas na natureza.
Histórico da prevenção de desastres no Brasil
No Brasil, a discussão sobre prevenção a desastres ganhou força com a criação da Lei 12.608, em 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC). Segundo Wolnei Wolff, antes dessa lei, o país focava apenas na gestão dos desastres, mas a partir de então, foi possível alocar recursos para ações preventivas, como obras de drenagem e contenção de encostas.
Wolff destacou que, com o retorno do presidente Lula, esses recursos foram reestabelecidos, permitindo a retomada de ações de prevenção em âmbito nacional.
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Perguntas Frequentes sobre a Redução de Riscos no G20
Qual o foco do próximo encontro do GTRRD?
O encontro em Belém discutirá soluções para os desafios climáticos que afetam o Brasil e outros países do G20, como chuvas intensas e secas severas.
Quais são as principais prioridades do G20 em relação à redução de desastres?
As prioridades incluem combater desigualdades, ampliar sistemas de alerta precoce, fortalecer infraestruturas e financiar ações de recuperação e reconstrução.
Qual o papel do Brasil na prevenção de desastres?
Desde 2012, com a criação da Lei 12.608, o Brasil passou a focar em ações preventivas para reduzir riscos, com obras e políticas direcionadas à contenção de desastres naturais.