A técnica de enfermagem Silvana Maria Lofrano trabalha no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). Localizado em Campo Grande, além de atender à capital, o centro médico também recebe casos graves de toda a região. Em meio à rotina estressante, durante seu almoço, a funcionária foi até uma barraquinha em frente à instituição, na última terça-feira (8).
Como a fome e o cansaço nem sempre cabem no intervalo, na correria para voltar ao trabalho, a técnica de enfermagem errou o valor do lanche. Ao invés de digitar R$ 10, fez um pix de R$ 1 mil e retornou ao hospital, sem perceber o engano. Porém, sorte e azar não têm o mesmo significado para todas as pessoas.
O dono do trailer, Honório Alexandre Benitez de Matos, notou a diferença e começou a tentar localizar a freguesa. Alguns minutos depois, Silvana recebeu uma ligação da coordenação do ambulatório, lhe informando o caso. Em declaração ao portal Campo Grande News, ela ressaltou a honestidade do empresário.
“O Honorino disse que ele percebeu o erro e perguntou para uma colega de trabalho se me conhecia, então entrou em contato e devolveu o valor que paguei a mais”. E complementou: “Agradeci e disse obrigada pela honestidade porque, hoje em dia, existem pessoas assim. Eu conheço muita gente boa e honesta, mas infelizmente é a minoria” – refletiu.
Segundo Honorino, essa não foi a primeira vez que erram no valor do pagamento via pix e, em função do grande movimento no local, nem sempre é fácil localizar o cliente. No entanto, para a sorte de Silvana, a esposa do comerciante também trabalha no hospital, facilitando a devolução.
“A situação é complicada. Há muitas pessoas com má intenção que não se preocupam com as outras. Felizmente, o caso aqui é que reconheci a cliente e fui atrás”. Ainda segundo o comerciante: “Penso que não devemos tomar posse de algo que não é nosso, pois a cobrança vem depois e de uma maneira pior. Vale lembrar que o que você não quer para si, não faça e nem deseje para os outros” – resumiu.
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Pix: e se houver erro ou golpe?
Em caso de erro no valor enviado, a orientação do Banco Central é entrar em contato diretamente com o destinatário. Embora não haja regras específicas que obriguem a devolução, a recusa em ressarcir o valor pode ser considerada apropriação indébita, conforme o Código Penal. Desta forma, para evitar contratempos, é sempre recomendável revisar atentamente as informações antes de realizar o pix.
Porém, existem também os golpes por meio dessa modalidade de pagamento. Conforme noticiado pelo Diário Carioca, o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, recentemente revelou ter sido vítima de um golpista, resultando em um prejuízo de R$ 50 mil. Para saber os detalhes, clique aqui.