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Ato reuniu milhares de mulheres em diversas cidades do Brasil para exigir direitos trabalhistas, justiça reprodutiva e medidas contra a fome.
São Paulo – Milhares de mulheres ocuparam as ruas neste sábado (8), no Dia Internacional da Mulher, para reivindicar direitos e denunciar desigualdades. As manifestações ocorreram em várias capitais e tiveram como pautas principais a defesa do direito ao aborto legal, o fim da escala de trabalho 6×1 e o barateamento dos alimentos.
A Avenida Paulista, em São Paulo, foi um dos principais pontos de concentração. Simone Nascimento, codeputada da Bancada Feminista do PSOL, destacou a importância de garantir condições dignas para as trabalhadoras. “Nosso ato fala da importância do direito ao aborto legal e também da dignidade na vida das trabalhadoras, incluindo a necessidade do fim da escala 6×1”, afirmou.
O fim da escala 6×1, modelo de trabalho que permite apenas um dia de folga por semana, foi um dos principais temas das manifestações. Para Manuella Mirella, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), a jornada excessiva compromete o bem-estar dos trabalhadores. “Os estudantes sofrem com esse sistema que impõe uma rotina desgastante e quase escravizante”, disse.
Em Porto Alegre, cerca de 1.500 mulheres se reuniram no Largo Glênio Peres para protestar contra a precarização do trabalho e a falta de oportunidades para as mulheres. Carolina Lima, do Movimento Brasil Popular, reforçou que a mobilização também luta pela tributação dos super-ricos e medidas para combater a fome.
Em Fortaleza, o ato trouxe faixas pedindo pelo direito ao aborto legal e seguro. Movimentos feministas denunciam o aumento de obstáculos ao acesso aos direitos reprodutivos. Mari Lacerda, vereadora de Fortaleza pelo PT, destacou a urgência da pauta: “Queremos autonomia sobre nossos corpos, queremos o fim da violência e opressão”.
Em Brasília, as manifestantes exigiram medidas contra o feminicídio e a violência de gênero. Adalgiza Aguiar, coordenadora do Núcleo de Gênero do Ministério Público do DF, defendeu a educação como ferramenta fundamental para prevenir crimes contra mulheres. “Precisamos ensinar desde cedo sobre igualdade de gênero para erradicar a violência”, ressaltou.
Durante os atos, manifestantes também expressaram apoio às mulheres palestinas e saarauís, denunciando violações de direitos humanos nos territórios ocupados. Em São Paulo, a Marcha Mundial das Mulheres ressaltou a necessidade de uma luta global contra guerras e regimes opressivos. “Defendemos a soberania dos povos e o bem viver”, declarou Maria Fernanda Marcelino, porta-voz do movimento.