Deus tá vendo!

Pastor é preso acusado de abusar de fiéis durante suposta "cura espiritual"

O advogado afirma que provará a inocência do religioso na Justiça

Carros da Polícia Civil durante ocorrência
Foto: Reprodução

Um homem de 53 anos foi preso após denúncias de estupro contra fiéis em eventos religiosos. A ocorrência foi registrada em Dourados, a 250 quilômetros de Campo Grande. No caso, a Polícia Civil de Mato Grosso, em trabalho conjunto com a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM). As investigações levaram ao indiciamento do pastor Evandro Luiz Baptista. Ele é acusado de violação sexual mediante fraude.

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Conforme as investigações, o pastor teria abusado de quatro mulheres: duas de 20 anos, uma de 22 e outra com 40. Todas frequentavam a igreja em que Evandro era líder. As denúncias indicam que o acusado utilizava a sua posição religiosa para praticar abusos. As mulheres afirmaram que ele criava situações para que houvesse beijo na boca e toques pelo corpo, além de convencer as vítimas a manterem relação sexual.

Conforme relato das mulheres, o pastor realizava momentos de oração de madrugada, em montes e em um templo que estava em construção. Nesses locais, ele falava em “línguas estranhas”, em tom exaltado e iniciava os abusos. A justificativa do homem é que Deus havia determinado o que ele chamava de “a passagem do varão”. A prática seria uma “troca de energia vital” para cura espiritual que só poderia ser realizada por meio de penetração.

Testemunhas relataram à polícia que os membros reclamaram da atitude e muitos deixaram de frequentar a igreja. Apesar dos pedidos, o pastor não alterou sua conduta nas atividades religiosas.

Durante as investigações, Evandro foi preso preventivamente e encaminhado à Penitenciária Estadual de Dourados. O inquérito foi concluído na sexta-feira (23), evidenciando a prática dos crimes por meio do depoimento de testemunhas.

A versão do Pastor

O advogado Rubens Saldivar Cabral declarou ao portal Campo Grande News que o caso se trata, na realidade, de um caso extraconjugal entre uma fiel e o pastor. Segundo o defensor, a inocência de Evandro será provada na Justiça.

“O que de fato aconteceu foi um relacionamento amoroso consentido, acontece que a suposta vítima é casada e assim justificou pra família, temos um farto material probatório onde existe troca de mensagens amorosas, relacionamento íntimo com total consentimento e o crime que ele está sendo acusado não passa de uma comunicação de falso crime, pois as vítimas relacionadas nos autos tinham total consentimento amoroso. Temos áudios, fotos, prints, testemunhas e muito mais”, finalizou.