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Câmara aprova em 2º turno PEC que acaba com a Justiça no Brasil

Por 344 votos a 133, deputados consolidam impunidade parlamentar com voto secreto e foro privilegiado ampliado. Texto segue para o Senado.

JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
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Brasília (DF), 16/09//2025 - Sessão da Câmara dos Deputados. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Câmara dos Deputados consumou nesta terça-feira (16) a maior derrota da democracia brasileira desde a redemocratização: aprovou em segundo turno a PEC da Impunidade por 344 votos a 133, consolidando o fim da Justiça e a institucionalização da corrupção como política de Estado. A bandidagem organizada venceu, o povo perdeu.

O texto, que agora segue para o Senado, transforma o Congresso num tribunal do crime onde bandidos julgam bandidos às escuras, através do voto secreto, e garantem que nenhum político corrupto seja preso sem a autorização de seus cúmplices.

Os números da vergonha

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  • 1º turno: 353 a 134 – A vitória inicial da impunidade
  • 2º turno: 344 a 133 – A consolidação da bandidagem
  • 9 deputados mudaram do “Sim” para ausentes/abstenções
  • 1 deputado mudou do “Não” para ausente
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O que a PEC da Impunidade estabelece

  1. Voto secreto para prisões: Deputados decidirão nas sombras se colegas presos em flagrante devem ser soltos
  2. Autorização para processos: STF precisará pedir permissão ao Congresso para investigar políticos
  3. Foro privilegiado ampliado: Presidentes de partidos ganham direito a julgamento no STF
  4. Prazo de 90 dias: Processos ficarão engavetados por três meses
  5. Prisão em flagrante: Mesmo com a mão na massa, a Casa legislativa terá 24h para liberar o bandido

A hipocrisia dos discursos

Hugo Motta mentiu descaradamente ao dizer que “não é uma pauta da direita ou da esquerda”. É a pauta da bandidagem contra o povo. Claudio Cajado insultou a inteligência nacional ao falar em “resguardar garantias constitucionais” enquanto destrói o princípio básico da igualdade perante a lei.

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A resistência heróica

Os 133 deputados que votaram contra merecem o reconhecimento da história. Enquanto a maioria vendia a alma pelo corporativismo, eles defenderam:

  • Justiça sobre a impunidade
  • transparência sobre o segredo
  • povo sobre os privilégios
  • democracia sobre a cleptocracia

O que esperar do Senado

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Otto Alencar, presidente da CCJ do Senado, já avisou: “o texto não passará pelo colegiado”. Mas esta Câmara já mostrou que o inesperado é o novo normal. A bandidagem está organizada e determinada.

O preço para o povo brasileiro

Enquanto votavam sua autoimunidade, os deputados deixaram morrer a MP da Tarifa Social que beneficiaria 60 milhões de brasileiros com luz gratuita. Escolheram salvar suas próprias peles rather que garantir um direito básico para o povo que paga seus luxuosos salários.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.