Orkut pode voltar como rede social “livre de toxicidade”

Criador da plataforma promete espaço saudável, sem algoritmos nocivos nem pressão por curtidas

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Tela de login do Orkut. Foto: reprodução

São Paulo, 27 de junho de 2025 – Um dos nomes mais emblemáticos da internet dos anos 2000 quer retornar ao centro das atenções digitais. Orkut Büyükkökten, o engenheiro turco que deu nome à rede social que dominou o Brasil na década passada, anunciou que trabalha em uma nova versão da plataforma. O objetivo? Oferecer um ambiente virtual “livre de toxicidade”, resgatando o espírito original do Orkut com tecnologia de ponta e valores renovados.

O projeto está sendo desenvolvido por equipes no Vale do Silício e em São Paulo. A nova rede, segundo Büyükkökten, contará com comunidades temáticas, depoimentos e conexões pessoais – tudo sem a pressão por curtidas, influenciadores ou algoritmos que privilegiam a polêmica. “Nossa atenção virou narcisismo, nossa amizade virou moeda”, criticou o engenheiro em mensagem publicada no site oficial reativado em 2022.

Inteligência Artificial contra a desinformação

Uma das promessas centrais da nova plataforma é o uso de inteligência artificial para combater discurso de ódio, notícias falsas e comportamentos abusivos. A proposta é criar um espaço mais humano e acolhedor para trocas significativas, resgatando o que o criador considera perdido nas redes sociais atuais.

“Estamos construindo algo novo para você”, afirma o texto principal do site. A expectativa, embora ainda envolta em mistério quanto ao nome definitivo ou à data de lançamento, já mobiliza usuários nostálgicos nas redes.

Brasil, o coração do Orkut

Lançado originalmente em 2004, o Orkut teve no Brasil seu maior público. Em seu auge, a rede social contava com mais de 30 milhões de usuários brasileiros, que movimentavam comunidades com títulos inusitados, trocavam depoimentos carinhosos e geravam interações genuínas em tempos anteriores à hegemonia do algoritmo.

Após a descontinuação do Orkut em 2014, plataformas como Facebook e Instagram ocuparam o espaço, mas também passaram a ser criticadas pelo estímulo a comportamentos tóxicos, pela manipulação algorítmica de conteúdo e pela superexposição de usuários.

Nostalgia e expectativa

O novo projeto de Büyükkökten, apesar de ainda não ter nome ou data confirmados, já desperta entusiasmo. Em fóruns como o Reddit, usuários comentam com entusiasmo: “Não tinha tanta toxicidade, as interações eram verdadeiras”, disse um internauta. Outro acrescentou: “Tem um grande movimento de gente cansada do X, do Facebook… Pode ser que vingue”.

O criador não descarta usar o nome “Orkut”, já que o domínio e a marca estão registrados em diversos países. Ainda assim, o foco principal está no conceito: criar um ambiente onde relações sejam valorizadas acima de métricas superficiais.


O Carioca Esclarece A inteligência artificial será usada na nova rede para detectar comportamentos abusivos, discursos de ódio e desinformação, reforçando o compromisso com um ambiente seguro e ético.


FAQ – Perguntas Frequentes

O Orkut vai voltar com o mesmo nome?
Ainda não há confirmação. A marca está registrada, mas o criador estuda se usará o mesmo nome na nova versão.

O que terá de diferente nessa nova rede?
Sem pressão por curtidas ou algoritmos nocivos. A proposta é focar em conexões reais, comunidades temáticas e segurança digital com IA.

Quando será lançado o novo Orkut?
Não há data oficial de lançamento. O projeto segue em desenvolvimento por equipes no Brasil e nos Estados Unidos.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.