A simples menção a Mateus Aleluia evoca sua voz grave inconfundível e os sucessos de sua carreira tanto com Os Tincoãs quanto solo.
A notícia de álbum novo é sempre sucedida de ansiedade e expectativa pelo que virá, pelo que pode vir a nos tocar e fazer parte de nós, tamanha é a potência da música aleluiana.
Em Mateus Aleluia (2025), o músico continua sua trajetória de investigação e resgate da ancestralidade ao falar de amor. Anos depois de lançar álbuns em que busca aproximar cantos religiosos comuns aqui e de África, muitos anos depois de voltar de Angola, Mateus Aleluia diz que, neste trabalho, está mais solto para cantar como acha que deve.
Nas 6 músicas que compõem o álbum, Aleluia aborda diferentes formas do amor. Tem vez o amor romântico e seus símbolos (a imortal lua dos poetas) bem como tem seu quinhão o amor de laços de sangue, que faz do filho um interlocutor e procura nos pais a lembrança do amor cultivado na rotina familiar.
Ao falar sobre o novo trabalho, Mateus Aleluia diz que, para vê-lo, é preciso mergulhar porque ele não está na superfície – o que faz jus à capa do álbum em que ele aparece debaixo d’água. Se estiver certo e sua lei realmente for a lei do amor, escutando este álbum que trata tanto disso, mergulhamos em Mateus Aleluia e o descobrimos, além de márua, um homem feito todo de amor. Não seria a ancestralidade também isso?