A aguardada estreia do filme “Baby”, segundo longa-metragem do diretor Marcelo Caetano, ocorrerá em 9 de janeiro de 2025. O filme já foi destaque na 26ª edição do Festival do Rio, onde conquistou o Troféu Redentor de Melhor Filme, ao lado do longa “Malu”. A obra também se destacou no Festival de Cannes, recebendo críticas positivas e conquistando prêmios em festivais internacionais, incluindo o Festival de Lima e o Festival de San Sebastián.
A importância de um filme como Baby para a sociedade atual é inegável. Ao trazer à tona a experiência de personagens LGBTQIA+, a obra contribui para a representação e visibilidade de histórias que muitas vezes são marginalizadas.
O filme serve como um veículo para discutir amor, aceitação e a luta por um espaço em um mundo que frequentemente nega essas vivências. A temática do longa, abordando a realidade de jovens gays, promove um debate necessário sobre os desafios enfrentados por essas comunidades, além de oferecer uma reflexão sobre o papel do amor em meio a dificuldades sociais.
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‘Ninguém solta a mão de ninguém’
Durante entrevista ao Diário Carioca, o ator João Pedro Mariano, que interpreta o protagonista, expressou sua emoção ao falar sobre o filme e sua recente conquista no Festival do Rio na categoria de melhor ator.
“Só de falar dá vontade de chorar. Eu estou muito emocionado. O filme é muito lindo, da forma como o Marcelo constrói a relação desses dois homens”, disse emocionado.
A trajetória do ator é inspiradora, destacando sua origem em uma cidade pequena e sua luta para se afirmar em um espaço predominantemente heteronormativo. Mariano falou sobre a responsabilidade que sente ao representar a comunidade LGBTQIA+ e a importância de dar voz a essas histórias.
“Agora, estou com uma grande responsabilidade. Quero muitos mais, muitos mais projetos para dar voz à nossa comunidade, porque a gente merece isso”, disse. “Eu sou gay e eu estou aqui sim, ganhando um prêmio como melhor ator… é uma mensagem linda sobre amor”, acrescentou.
João Pedro também enfatizou a necessidade de acreditar nos sonhos e a força que vem da união. “Acreditem realmente nos sonhos, porque eles movem montanhas… se a gente está unido, a gente consegue derrubar tudo e a gente chega grandão”, comentou.
Sua fala se conecta diretamente com a mensagem do filme, que busca encorajar jovens da comunidade a abraçarem sua identidade e a lutarem por um espaço digno na sociedade.
O ator abordou ainda a resiliência necessária para os jovens gays que enfrentam desafios em sua jornada.
“É claro que somos uma resistência, e precisamos nos apoiar uns aos outros… ‘ninguém solta a mão de ninguém’, pega a mão de alguém igual você e vai. Estamos resistentes o tempo todo. Nós somos uma resistência”, concluiu.
Sinopse
Baby narra a história de Wellington, que, após deixar um centro de detenção em São Paulo, encontra Ronaldo em um cinema pornô. A relação entre eles é marcada por conflitos e dilemas emocionais, explorando os aspectos da exploração e da cumplicidade. A trama destaca a complexidade do amor em um contexto repleto de desafios e expectativas.
A estreia de Baby promete não apenas entreter, mas também abrir espaço para discussões vitais sobre amor, aceitação e a busca por igualdade, fazendo ecoar as vozes daqueles que frequentemente permanecem à margem.