De 29 de maio a 30 de junho, o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro recebe a Mostra “Mulheres Mágicas: Reinvenções da bruxa no cinema”. A segunda edição deste bem-sucedido projeto investiga a construção da figura da bruxa ao longo da história do cinema, oferecendo 28 filmes em exibição no cinema do CCBB RJ, além de debates, oficina, atividades complementares e disponibilização de filmes online.
Sob a curadoria de Carla Italiano, Juliana Gusman e Tatiana Mitre, a mostra mergulha profundamente na complexidade dessa personagem tão popular, explorando filmes de diversas épocas, países e estilos de realização. Uma gama diversificada de representações dos corpos e saberes femininos em imagens é apresentada.
Os filmes foram cuidadosamente selecionados e divididos em dois eixos: o primeiro revisita o imaginário clássico das bruxas, enquanto o segundo destaca suas reinvenções contemporâneas. Especial atenção é dada aos trabalhos de cineastas mulheres e às perspectivas feministas, anticoloniais e do Sul Global. Acompanhando as exibições, será ainda disponibilizado um catálogo digital gratuitamente para o público, no site do CCBB (bb.com.br/cultura).
A programação da mostra inclui a exibição de 28 filmes – organizados em 19 programas temáticos, sendo 16 longas e 17 médias e curtas-metragens – de diferentes períodos e gêneros, como ficção, documentário, experimental e performance, provenientes de países como Alemanha, França, Japão, México, Nigéria, Reino Unido, Rússia, Estados Unidos, Brasil e outros. As curadoras compartilham: “Mais do que selecionar quais filmes exibir, um dos principais desafios da programação foi escolher quais deixar de fora. Foram muitas as produções importantes que abordaram a personagem da bruxa, e apresentamos aqui uma amostragem significativa, que não se pretende completa, de suas formas e contextos de realização”.
No primeiro eixo da mostra, intitulado Lado A – “A bruxa através dos tempos: imagens clássicas”, são apresentados os principais tropos que formam os arquétipos das bruxas no cinema. Elas são retratadas às vezes como símbolos de sedução, outras, como encarnações da monstruosidade. Além das abordagens da comédia romântica e do horror, também se destacam obras que exploram os processos históricos de caça às bruxas.
Já no Lado B – “Bruxas contemporâneas: corpos indomáveis, saberes ancestrais”, há os contrapontos de reinvenção dessa figura engendrados, sobretudo, por cineastas mulheres – a programação traz nomes importantes do cinema feminista como Su Friedrich, Ulrike Ottinger, Zeinabu irene Davis e Céline Sciamma. Este eixo se volta para sujeitos que encarnam o perigo dos tempos em produções realizadas especialmente nas últimas três décadas, que expandem a ideia de mulheres mágicas.
Os filmes da mostra têm preços populares (R$10 inteira / R$5 meia – disponíveis na bilheteria física ou no site do CCBB a partir das 09h do dia da sessão).A oficina e as sessões acompanhadas de debates e comentadas são gratuitas. A programação online estará disponível na página https://www.mulheresmagicas.com de 15 a 29 de junho.
“Mulheres Mágicas: Reinvenções da bruxa no cinema” tem o patrocínio do Banco do Brasil. A Mostra chega ao CCBB Rio de Janeiro após passar por Brasília (26 de março a 21 de abril), São Paulo (de 06 de abril a 05 de maio) e Belo Horizonte (de 24 de abril a 20 de maio) com sucesso de público.
Debates e Oficina:
No CCBB Rio de Janeiro, a segunda edição da mostra “Mulheres Mágicas: Reinvenções da bruxa no cinema” realiza quatro debates, um deles em uma sessão infantil, e uma oficina. Todas as atividades são gratuitas.
A sessão de abertura, na quarta-feira, dia 29 de maio, 15h30, conta com a exibição do longa mexicano “O espelho da bruxa”, de Chano Urueta (1962, 75 min) com a apresentação das curadoras.
No sábado, 1 de junho, às 17h, a sessão dos curtas-metragens “Rami Rami Kirani”, de Lira Mawapai HuniKuin e Luciana Tira HuniKuin (2024, 34 min, Brasil); “Resiliência Tlacuache”, de Naomi Rincón Gallardo (2019, 16 min, México); e “Laocoonte e seus filhos”, de Ulrike Ottinger e Tabea Blumeschein (1973, 45 min, Alemanha) é comentada pela pesquisadora, professora e curadora Carol Almeida.
No sábado, dia 8 junho, às 17h, a sessão será comentada pela curadora, pesquisadora e roteirista Kariny Martins, que apresenta o filme “Yaaba”, de Idrissa Ouédraogo (1989, 90 min, Burkina Faso).
Já no dia 21 de junho, sexta-feira, 14h, é a vez da sessão infantil seguida de debate sobre dois filmes, o curta francês “A fada do repolho”, de Alice Guy (1896/1900, 1 min), e o longa estadunidense “Branca de Neve e os sete anões”, de David Hand, Perce Pearce, William Cottrell, Larry Morey, Wilfred Jackson e Ben Sharpsteen (1937, 83 min.). A sessão é comentada pela cineasta e produtora Tatiana Mitre, uma das curadoras da Mostra.
No sábado, 22 de junho, às 14h, acontece a oficina gratuita “O que pode criar uma “delincuir”?”, ministrada por Milene Migliano, pesquisadora, professora e produtora cultural. A oficina tem carga horária de 3h30, com tradução para LIBRAS. As informações para as inscrições estão disponíveis no site www.mulheresmagicas.com. A oficina oferece certificado aos participantes.
Sobre a Mostra “Mulheres Mágicas – Reinvenções da bruxa no cinema”:
A primeira edição da Mostra Mulheres Mágicas foi realizada em 2022, em formato híbrido, no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (9-20 de março | 27 de março), São Paulo (11-28 de março) e Rio de Janeiro (13 de abril – 9 de maio). As exibições presenciais acompanharam um ciclo de sete debates temáticos gratuitos e quatro sessões comentadas, disponibilizados no canal YouTube, com importantes convidadas(os) nacionais e internacionais. A mostra também contou com uma masterclass ministrada pela historiadora italiana Silvia Federici, cujo trabalho inspirou a sua criação. Todas essas atividades resultaram na criação de um catálogo, que reuniu artigos e ensaios que abraçaram e adensaram as discussões suscitadas pelos filmes, disponível em ccbb.com.br/programacao-digital/acervo-digital/.
Sobre as curadoras:
Carla Italiano atua como pesquisadora e curadora, sendo doutoranda em Comunicação Social pela UFMG. Integra anualmente a equipe de programação dos festivais: Olhar de Cinema de Curitiba e FENDA – Festival Experimental de Artes Fílmicas, e a organização geral do forumdoc.bh – Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte. Foi curadora de diversas mostras, incluindo: “El Camino – Cinema de viagem da América do Sul” (CCBB, 2023) e “Retrospectiva Helena Solberg” (CCBB, 2018), dentre várias outras, além do seminário 3º Na Real Virtual sobre documentário brasileiro. Foi uma das organizadoras do dossiê “Cinema e Escritas de Si” da Revista Devires – Cinema e Humanidades (FAFICH-UFMG).
Juliana Gusman é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA-USP, onde pesquisa imagens da prostituição na cultura audiovisual. É membro dos grupos de pesquisa MidiAto (ECA-USP), Poéticas Femininas, Políticas Feministas (UFMG) e Mídia e Narrativa (PUC Minas). Atua como professora assistente da PUC Minas, nos cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Cinema e Audiovisual. É colaboradora da Plataforma de streaming Cardume Curtas. Como crítica de cinema, escreve para diversos veículos e portais especializados e para catálogos de mostras e festivais.
Tatiana Mitre graduou-se em Cinema e Vídeo pelo Centro Universitário UNA (2008) e pela Escola Internacional de Cinema e TV (EICTV) de San Antonio de los Baños – Cuba, na especialização de produção (2013). Pós-graduada em História da Cultura e da Arte pela UFMG (2009) e pesquisadora convidada pelo Departamento de cinema da Faculty of Fine Arts Concordia University – Montreal, Canadá (2015). Cineasta e produtora, se destaca pelo compromisso com o cinema autoral, produção de mostras temáticas e pela articulação de co-produções internacionais. Em paralelo, atua como produtora executiva junto a diversas produtoras do estado de MG. Sua dedicação à diversidade cultural e ao diálogo intercultural se reflete tanto em suas produções quanto em sua busca por narrativas que desafiam as fronteiras culturais e dialoguem com audiências globais.
As convidadas:
Carol Almeida é pesquisadora, professora e curadora de cinema. Doutora no programa de pós-graduação em Comunicação na UFPE, com pesquisa centrada no cinema contemporâneo brasileiro. Faz parte da equipe curatorial do Festival Olhar de Cinema/Curitiba, da Mostra de Cinema Árabe Feminino e da Mostra que Desejo, além de ter participado da equipe curatorial de festivais como Recifest, festival de cinema queer do Recife, e do For Rainbow, festival de cinema queer em Fortaleza.
Kariny Martins é curadora, pesquisadora e roteirista. É sócia na Cartografia Filmes e roteirista na TV Globo. Mestre em Cinema e Artes do Vídeo pela Universidade Estadual do Paraná e Doutoranda em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense com investigação em curadoria. Integra a comissão de curadoria nos festivais Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, Griot – Festival Contemporâneo de Cinema Negro e faz parte da Direção artística do FIANB – Festival Internacional do Audiovisual Negro do Brasil. É autora do livro “Ficção especulativa no Cinema Negro Brasileiro – a estética Afrofuturista em curtas-metragens” (O Quadro Edições, 2023).
Milene Migliano é pesquisadora, professora e produtora cultural. Integrante da Associação Filmes de Quintal em Belo Horizonte, do Grupo de Pesquisa Juvenália – questões estéticas, raciais, geracionais e de gênero em comunicação e consumo na ESPM/SP e do GEEECA – Grupo de Estudos em Experiência Estética: Comunicação e Artes na UFRB. Pesquisadora associada da CLACSO – Conselho Latino Americano de Ciências Sociais, no eixo Infância e Juventudes.
Sobre o CCBB RJ
Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o CCBB está instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva. Marco da revitalização do centro histórico do Rio de Janeiro, o Centro Cultural mantém uma programação plural, regular e acessível, nas áreas de artes visuais, artes cênicas, cinema, música e pensamento. Em 34 anos de atuação, foram mais de 2.500 projetos oferecidos aos mais de 50 milhões de visitantes. Desde 2011, o CCBB incluiu o Brasil no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio de Janeiro entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo. O prédio dispõe de 3 teatros, 2 salas de cinema, cerca de 2 mil metros quadrados de espaços expositivos, auditórios, salas multiuso e biblioteca com mais de 200 mil exemplares. Os visitantes contam ainda com restaurantes, cafeterias e loja, serviços com descontos exclusivos para clientes Banco do Brasil. O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro funciona de quarta a segunda, das 9h às 20h, e fecha às terças-feiras. Aos domingos, das 8h às 9h, o prédio e as exposições abrem em horário de atendimento exclusivo para visitação de pessoas com deficiências intelectuais e/ou mentais e seus acompanhantes.
Confira a programação diária completa:
29 maio – Quarta
15h30 ABERTURA GRATUITA
O espelho da bruxa, de Chano Urueta (1962, 75min, México) | 14 anos
* Com apresentação da mostra pelas curadoras
30 maio – Quinta
17h30 A última praga de Mojica, de Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld, Pedro Junqueira (2021, 17 min, Brasil) | 16 anos
A Praga, de José Mojica Marins (2021, 51 min, Brasil) | 16 anos
31 maio – Sexta
18h Medusa, de Anita Rocha da Silveira (2023, 128 min, Brasil) | 14 anos
[ACESSIBILIDADE – Legendagem descritiva]
01 junho – Sábado
15h INFANTIL GRATUITA (dublada) | Livre
A fada do repolho, de Alice Guy (1896/1900, 1 min, França)
Branca de Neve e os sete anões,de David Hand, Perce Pearce, William Cottrell, Larry Morey, Wilfred Jackson e Ben Sharpsteen (1937, 83 min, EUA)
17h Curtas-metragens 3 | 14 anos (GRATUITA)
Rami Rami Kirani, de Lira Mawapai HuniKuin e Luciana Tira HuniKuin (2024, 34 min, Brasil)
Resiliência Tlacuache, de Naomi Rincón Gallardo (2019, 16 min, México)
Laocoonte e seus filhos, de Ulrike Ottinger e Tabea Blumeschein (1973, 45 min, Alemanha)
*Debate com a pesquisadora Carol Almeida
02 junho – Domingo
16h A filha de Satã, de Sidney Hayers (1962, 90min, Reino Unido) | 14 anos
18h Casei-me com uma feiticeira, de René Clair (1942, 76 min, EUA) | 12 anos
05 junho – Quarta
18h A bruxa, de Robert Eggers (2015, 92 min, EUA) | 14 anos
06 junho – Quinta
18h30 Viy – O espírito do mal, de Konstantin Yershov e Georgi Kropachyov (1967, 77 min, Rússia) | 14 anos
07 junho – Sexta
18h30 Curtas-metragens 1 | 16 anos
A mãe do rio, de Zeinabu irene Davis (1995, 28 min, EUA)
Abjetas 288, de Júlia da Costa, Renata Mourão (2020, 21 min, Brasil)
Para sempre condenadas, de Su Friedrich (1987, 41 min, EUA)
[ACESSIBILIDADE – Legendagem descritiva]
08 junho – Sábado
14h30 O serviço de entregas da Kiki, de Hayao Miyazaki (1989, 103 min, Japão) | Livre
17h Yaaba, de Idrissa Ouédraogo (1989, 90 min, Burkina Faso) | 12 anos (GRATUITA)
*Debate com a pesquisadora Kariny Martins
09 junho – Domingo
15h30 A Paixão de Joana D’arc, de Carl Theodor Dreyer (1928, 82 min, França) | 12 anos*Com trilha musical de Richard Einhorn (1994)
17h30 Orlando, minha biografia política, de Paul B. Preciado (2022, 98 min, França) | 14 anos
10 junho – Segunda
18h Retrato de uma jovem em chamas, de Céline Sciamma (2019, 121 min, França) | 14 anos
13 junho – Quinta
18h30 Curtas-metragens 2 | 16 anos
Wil-o-Wisp, de Rachel Rose (2018, 10 min, EUA)
Simpósio Preto, de Katia Sepúlveda (2022, 26 min, Rep. Dominicana / Alemanha)
República do Mangue, de Julia Chacur, Mateus S. Duarte, Priscila Serejo (2020, 8 min, Brasil)
Cosas de Mujeres, de Rosa Martha Ferández (1978, 45 min, México)
14 junho – Sexta
17h30 As feiticeiras de Salém, de Raymond Rouleau (1957, 157 min, França) | 14 anos
15 junho – Sábado
15h INFANTIL GRATUITA (dublada) | 10 anos
A fada do repolho, de Alice Guy (1896/1900, 1 min, França)
Malévola, de Robert Stromberg (2014, 97 min, EUA)
17h30 Mami Wata, de C. J. ‘Fiery’ Obasi (2022, 107 min, Nigéria) | 14 anos
16 junho – Domingo
15h30 O espelho da bruxa, de Chano Urueta (1962, 75min, México) | 14 anos
17h30 Medusa, de Anita Rocha da Silveira (2023, 128 min, Brasil) | 16 anos
19 junho – Quarta
18h30 A filha de Satã, de Sidney Hayers (1962, 90min, Reino Unido) | 14 anos
20 junho – Quinta
18h30 Curtas-metragens 3 | 14 anos
Rami Rami Kirani, de Lira Mawapai HuniKuin e Luciana Tira HuniKuin (2024, 34 min, Brasil)
Resiliência Tlacuache, de Naomi Rincón Gallardo (2019, 16 min, México)
Laocoonte e seus filhos, de Ulrike Ottinger e Tabea Blumeschein (1973, 45 min, Alemanha)
21 junho – Sexta
14h INFANTIL Gratuita (dublada) | Livre
A fada do repolho, de Alice Guy (1896/1900, 1 min, França)
Branca de Neve e os sete anões,de David Hand, Perce Pearce, William Cottrell, Larry Morey, Wilfred Jackson e Ben Sharpsteen (1937, 83 min, EUA)
*Seguido de bate-papo com Tatiana Mitre
18h30 Viy – O espírito do mal, de Konstantin Yershov e Georgi Kropachyov (1967, 77 min, Rússia) | 14 anos
22 junho – Sábado
14h Oficina gratuita [LIBRAS] | 12 anos
Com Milene Migliano: “O que pode criar uma ‘delincuir’?”
*Inscrições prévias no site e redes sociais da mostra
18h15 Yaaba, de Idrissa Ouédraogo (1989, 90 min, Burkina Faso) | 12 anos
23 junho – Domingo
15h O serviço de entregas da Kiki, de Hayao Miyazaki (1989, 103 min, Japão) | Livre
17h30 As feiticeiras de Salém, de Raymond Rouleau (1957, 157 min, França) | 14 anos
26 junho – Quarta
18h30 A Paixão de Joana D’arc, de Carl Theodor Dreyer (1928, 82 min, França) | 12 anos
*Com trilha musical de Adrian Utley (Portishead) e Will Gregory (Goldfrapp)
27 junho – Quinta
18h30 A bruxa, de Robert Eggers (2015, 92 min, EUA) | 14 anos
28 junho – Sexta
18h30 Casei-me com uma feiticeira, de René Clair (1942, 76 min, EUA) | 12 anos
29 junho – Sábado
16h Curtas-metragens 1 | 16 anos
A mãe do rio, de Zeinabu irene Davis (1995, 28 min, EUA)
Abjetas 288, de Júlia da Costa, Renata Mourão (2020, 21 min, Brasil)
Para sempre condenadas, de Su Friedrich (1987, 41 min, EUA)
18h A última praga de Mojica, de Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld, Pedro Junqueira (2021, 17 min, Brasil) | 16 anos
A Praga, de José Mojica Marins (2021, 51 min, Brasil) | 16 anos
30 junho – Domingo
16h Curtas-metragens 2 | 16 anos
Wil-o-Wisp, de Rachel Rose (2018, 10 min, EUA)
Simpósio Preto, de Katia Sepúlveda (2022, 26 min, Rep. Dominicana / Alemanha)
República do Mangue, de Julia Chacur, Mateus S. Duarte, Priscila Serejo (2020, 8 min, Brasil)
Cosas de Mujeres, de Rosa Martha Ferández (1978, 45 min, México)
18h Retrato de uma jovem em chamas, de Céline Sciamma (2019, 121 min, França) | 14 anos
FILMES ONLINE GRATUITOS
15 a 29 junho
No site www.mulheresmagicas.com
Simpósio Preto, de Katia Sepúlveda (2022, 26 min, Rep. Dominicana / Alemanha) | 14 anos
Cosas de Mujeres, de Rosa Martha Fernández (1978, 45 min, México) | 16 anos
ATIVIDADES FORMATIVAS
01 junho – Sábado
17h Curtas-metragens 3 | 14 anos
Rami Rami Kirani, de Lira Mawapai HuniKuin e Luciana Tira HuniKuin (2024, 34 min, Brasil)
Resiliência Tlacuache, de Naomi Rincón Gallardo (2019, 16 min, México)
Laocoonte e seus filhos, de Ulrike Ottinger e Tabea Blumeschein (1973, 45 min, Alemanha)
*Debate com Carol Almeida
8 de junho- Sábado
17h Yaaba, de Idrissa Ouédraogo (1989, 90 min, Burkina Faso) | 12 anos
*Debate com Kariny Martins
21 de junho – Sexta
14h INFANTIL Gratuita (dublada) | Livre
A fada do repolho, de Alice Guy (1896/1900, 1 min, França)
Branca de Neve e os sete anões,de David Hand, Perce Pearce, William Cottrell, Larry Morey, Wilfred Jackson e Ben Sharpsteen (1937, 83 min, EUA)
*Bate-papo com Tatiana Mitre
22 de junho – Sábado
14h Oficina gratuita [LIBRAS] | 12 anos
Com Milene Migliano: “O que pode criar uma ‘delincuir’?”
*Inscrições prévias no site e redes sociais da mostraCarga Horária: 3h30
Ementa: Diante das mazelas do patriarcado, a compreensão dos corpos “delincuirs” é política e cultural no século XXI, dada sua potência criativa e propositiva na reinvenção de modos de ver, viver e transformar mundo. Na oficina, conheceremos a perspectiva “delincuir” a partir do texto publicado no catálogo “Delincuirs magicizando contra o patriarcado” (MIGLIANO, 2024) e a visionagem de trechos de filmes que integram a segunda Mostra Mulheres Mágicas – Reinvenções da Bruxa no Cinema, assim como outros também. Exercitaremos a crítica do entendimento conceitual debatendo sobre experiências narradas das pessoas participantes, que serão motivadas a criar um argumento audiovisual “delincuir” desde sua experiência pessoal, coletiva ou comunitária. O argumento será apresentado e debatido com todas as pessoas participantes, ao final do encontro. As criações da oficina poderão integrar uma proposta de produção cultural.
SINOPSES
A FADA DO REPOLHO
La fée aux choux
dir. Alice Guy (1896/1900, 1’, p&b, França, Ficção) | LIVRE
Considerado o primeiro filme dirigido por uma mulher e um dos primeiros de ficção narrativa na história do cinema, A fada do repolho apresenta um conto fantástico sobre uma fada que colhe bebês que brotam de pés de repolho.
A PAIXÃO DE JOANA D’ARC
La passion de Jeanne D’arc
dir. Carl Theodor Dreyer (1928, 82’, p&b, França, Ficção) | 12 anos
Um clássico do cinema mudo dirigido pelo dimarquês Carl T. Dreyer, o filme conta a história da guerreira adolescente no século XV na França. Ao ser julgada por alegar ter falado com Deus, Jeanne d’Arc (em uma interpretação sublime de Renée Falconetti) é submetida a um tratamento desumano e a táticas de intimidação nas mãos dos oficiais do tribunal da igreja. Pressionada a mudar a sua história, Jeanne opta pelo que considera ser a verdade e sofre as consequências de suas escolhas. O filme será exibido com duas versões distintas de trilha sonora: na primeira sessão, a projeção contará com a trilha composta em 2017 pelos músicos Adrian Utley (do grupo britânico Portishead) e Will Gregory (do duo Goldfrapp), enquanto a segunda sessão terá o acompanhamento musical criado por Richard Einhorn, em 1994, de título Voices of Light.
BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES
Snow white and the seven dwarfs
dir. David Hand, Perce Pearce, William Cottrell, Larry Morey, Wilfred Jackson e Ben Sharpsteen (1937, 83′, cor, EUA, Ficção) | LIVRE
O primeiro longa-metragem de animação produzido nos Estados Unidos, este clássico dos estúdios Walt Disney, baseado no conto dos Irmãos Grimm, transformou a história do cinema ao utilizar, pioneiramente, a técnica de desenho à mão. Branca de Neve é uma princesa órfã, que vive com sua malvada e vaidosa madrasta, que a obriga a trabalhar como criada no castelo. Quando seu Espelho Mágico diz que Branca de Neve havia lhe superado em beleza, a Rainha Má ordena que seu Caçador leve a princesa à floresta para matá-la, e exige, como prova, que ele lhe traga o seu coração. O Caçador, porém, não tem coragem de completar a tarefa, e implora que Branca de Neve fuja sem jamais olhar para trás. Depois de uma noite assustadora, a princesa consegue encontrar, com ajuda de bondosos animais, uma casa de campo, onde ela não sabe que vivem sete anões.
CASEI-ME COM UMA FEITICEIRA
I married a witch
dir. René Clair (1942, 76’, cor, EUA, Ficção) | 12 anos
Comédia dirigida pelo mestre francês René Clair e estrelada por Veronica Lake, e que serviria de inspiração para a série televisiva “A feiticeira”. Conta a história de Jennifer, uma bruxa queimada na fogueira pelo puritano Jonathan Wooley nos julgamentos de Salém. Antes de morrer, ela joga uma maldição em seu algoz: nenhum homem de sua família terá sorte no amor. Séculos depois, o espírito da bruxa desperta e ela vai em busca de um corpo para infernizar a vida de Wallace, descendente do responsável por levá-la à fogueira, e destruir o seu futuro casamento.
AS FEITICEIRAS DE SALEM
Les sorcières de Salem / The crucible
dir. Raymond Rouleau (1957) [145′, p&b, EUA/França, Ficção) | 14 anos
Primeira versão para o cinema da famosa peça “The Crucible”, de Arthur Miller, com roteiro de Jean-Paul Sartre. Nova Inglaterra, 1692. Na pequena cidade de Salem, o fazendeiro John Proctor (Yves Montand) trai sua esposa Elisabeth (em uma interpretação primorosa de Simone Signoret) por duas vezes com Abigail (Mylène Demongeot), a jovem serva de 17 anos. Quando John coloca um fim ao relacionamento, Abigail trama sua vingança.
O ESPELHO DA BRUXA
El espejo de la bruja
dir. Chano Urueta (1962, 76’, p&b, México, Ficção) | 14 anos
Com inspirações hitchcockianas, O espelho da bruxa é uma das obras mais representativas do cinema gótico do México. Dirigido por Chano Urueta e baseado no roteiro de um dos grandes mestre do terror mexicano, Carlos Enrique Taboada, o filme tem como protagonista Sara, uma governante adepta das artes da trevas, que revela à sua afilhada, Elena, o destino macabro que a aguarda com a ajuda de um espelho: Elena será assassinada pelo seu marido, o cirurgião Eduardo Ramos, que está apaixonado por outra mulher. Após não conseguir mudar a sorte de Elena, Sara se vinga ao apresentar o ocultismo à nova esposa de Eduardo, Debora.
A FILHA DE SATÃ
Night of the eagle/ Burn, witch, burn!
dir. Sidney Hayers (1962, 90’, p&b, Reino Unido, Ficção) | 14 anos
Norman Taylor (Peter Wyngarde) é um professor universitário bem-sucedido. Cético, ele descobre que sua esposa, Tansy (Janet Blair), pratica atos de bruxaria a fim de proteger a carreira do marido. Norman a obriga destruir todos os amuletos que estavam escondidos em sua casa. A partir de então, eventos misteriosos começam a assombrar o casal.
VIY – O ESPÍRITO DO MAL
dir. Konstantin Yershov e Georgi Kropachyov (1967, 77’, cor, Rússia, Ficção) | 14 anos
Clássico do cinema de horror soviético baseado na história homônima de Nikolai Gogol. O estudante de teologia Khoma Brutus é chamado para orar durante três noites pela alma de uma rica moça, morta em circunstâncias violentas, em um vilarejo pobre. No entanto, trata-se de uma bruxa sedenta de vingança, que invocará lobisomens, vampiros e outras criaturas do inferno para atormentar a vida do discípulo.
LAOCOONTE E SEUS FILHOS
Laokoon & Söhne
Ulrike Ottinger e Tabea Blumenschein (1973, 45’, cor, Alemanha, Experimental) | 14 anos
Livremente baseado em Orlando, de Virginia Woolf, o primeiro filme de Ulrike Ottinger, importante nome do cinema feminista, em parceria com a atriz Tabea Blumenschein, é um exercício surrealista que combina um turbilhão de imagens com uma narração divertida e caprichosa. Num país imaginário, habitado apenas por mulheres, Esmeralda del Rio realiza uma série de transformações, tornando-se várias outras pessoas, como uma viúva na tundra gelada, uma patinadora de gelo e até um gigolô chamado Jimmy. Uma mulher extraordinária, um país incomum e uma cadeia de transformações mágicas dão origem a uma série de representações excêntricas dessas diversas personagens.
COSAS DE MUJERES
dir. Rosa Martha Fernández (1978, 45’, p&b, México, Documentário) | 16 anos
Documentário militante realizado pelo importante grupo feminista mexicano Colectivo Cine Mujer, em atuação entre os anos 1970 e 1980. O filme denuncia o problema do aborto clandestino no México, com diversas entrevistas e estatísticas chocantes sobre mulheres que morrem em decorrência de procedimentos realizados em condições precárias. Ao investigar um tema tabu, especialmente no contexto da América Latina na década de 1970, o coletivo assumia o compromisso de levar pautas feministas fundamentais para um debate público e coletivo, e defender maior autonomia das mulheres sobre seus corpos e existências.
PARA SEMPRE CONDENADAS
Damned if you don’t
dir. Su Friedrich (1987, 41’, p&b, EUA, Ensaio) | 14 anos
Dirigido por Su Friedrich, figura inarredável do cinema vanguardista e queer estadunidense, Para sempre condenadas articula estruturas narrativas com a experimentação audiovisual para criar um estudo íntimo da expressão e da repressão sexual. Um convento é o cenário desta investigação, centrada em uma jovem lésbica e seu encontro com uma freira solitária. Arquivos e rastros de outras histórias vão se somando às experiências dessas duas mulheres.
O SERVIÇO DE ENTREGAS DA KIKI
Kiki’s Delivery Service
dir. Hayao Miyazaki (1989, 103′, cor, Japão) | Ficção
Nesta encantadora releitura dos contos de bruxas produzida pelos Estúdios Ghibli, a jovem Kiki, de 13 anos, muda-se para uma cidade litorânea com seu gato falante para passar um ano sozinha de acordo com a tradição para bruxas em treinamento. Após aprender a controlar sua vassoura, estabelece um serviço de correio voador e logo integra a comunidade. Mas quando a jovem bruxa perde suas habilidades, ela deve superar sua insegurança a fim de recuperar seus poderes.
YAABA
dir. Idrissa Ouédraogo (1995, 90’, cor, Burkina Faso, Ficção) | 12 anos
Vencedor do Prêmio da Crítica no Festival de Cannes em 1989. Em uma pequena aldeia em Burkina Faso, Bila, um menino de dez anos, faz amizade com uma idosa chamada Sana, a quem todos chamam de “bruxa”, e que é ritualmente culpada por qualquer desastre que aconteça na comunidade. Mas o próprio garoto a chama de “Yaaba”, que significa “avó”, um termo carinhoso que Sana nunca tinha ouvido. Quando Napoko, prima do garoto, fica doente, Bila recorre a Sana para que ela faça um remédio para salvar a menina.
A MÃE DO RIO
Mother of the river
dir. Zeinabu irene Davis (1995, 28’, p&b, EUA, Ficção) | 12 anos
Nessa história comovente ambientada nos Estados Unidos da década de 1850, da aclamada diretora afro-americana Zeinabu irene Davis, uma jovem escravizada conhece uma mulher mágica na floresta chamada “Mãe do rio”. Por meio de sua amizade, a jovem aprende sobre independência, honra, humildade e respeito pelos outros. A mãe do rio é um raro retrato da escravidão sob a perspectiva de uma jovem mulher.
MALÉVOLA
Maleficent
dir. Robert Stromberg (2014, 97’, cor, EUA, Ficção) | 10 anos
Releitura do conto de fadas da Bela Adormecida do ponto de vista da vilã, a bruxa Malévola (interpretada por Angelina Jolie). Desde pequena, essa garota com chifres e asas mantém a paz entre os dois reinos, até se apaixonar pelo garoto Stefan, que eventualmente a abandona. A garota torna-se então uma mulher vingativa e amarga que decide amaldiçoar a filha recém-nascida de Stefan, Aurora (Elle Fanning). Aos poucos, no entanto, Malévola começa a desenvolver sentimentos de amizade em relação à jovem e pura Aurora.
A BRUXA
The witch
dir. Robert Eggers (2015, 92’, cor, EUA, Ficção) | 14 anos
Na Nova Inglaterra de 1630, o pânico e o desespero tomam conta de um fazendeiro, sua esposa e seus filhos quando o filho mais novo, Samuel, desaparece repentinamente. A família culpa Thomasin (Anya Taylor Joy), a filha mais velha que estava cuidando do menino. Com as suspeitas e a paranoia aumentando, os irmãos gêmeos Mercy e Jonas começam a acreditar que Thomasin esteja praticando bruxaria, algo que irá testar a fé, a lealdade e o amor do clã entre si.
WIL-O-WISP
dir. Rachel Rose (2018, 10’, cor, EUA, Ficção) | 12 anos
Um dos nomes em ascensão no universo contemporâneo das artes visuais, Rachel Rose apresenta uma narrativa que transcorre na Inglaterra agrária do século XVI. Ao acompanhar a vida de uma curandeira, cujo destino é marcado pelo amor e pela perda, pela prática da magia e as consequências da perseguição ao ser taxada como bruxa, o curta investiga os modos como a percepção e a coincidência afetam nossa experiência no mundo.
RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS
Portrait de la jeune fille en feu
dir. Céline Sciamma (2019, 121’, cor, França, Ficção) | 14 anos
Vencedor dos prêmios de Melhor Roteiro e da Palma Queer no Festival de Cannes. Na França de 1770, Marianne é contratada para pintar o retrato de casamento de Héloïse (Adèle Haenel), uma jovem mulher que acabou de deixar o convento. Por ela ser uma noiva relutante, Marianne (Noémie Merlant) chega sob o disfarce de companhia, observando Héloïse de dia e a pintando secretamente à noite. Conforme as duas mulheres se aproximam, a intimidade e a atração crescem, enquanto compartilham os primeiros e últimos momentos de liberdade de Héloïse, antes do casamento iminente. O retrato logo se torna um ato colaborativo e o testamento do amor delas.
RESILIÊNCIA TLACUACHE
Resiliencia Tlacuache
dir. Naomi Rincón Gallardo (2019, 16’, cor, México, Experimental) | 14 anos
O filme tem como inspiração entrevistas e encontros com a ativista e advogada zapoteca Rosalinda Dionicio, que tem participado da defesa de territórios contra as mineradoras transnacionais no estado de Oaxaca, no México. Neste trabalho oriundo das artes visuais, se sobrepõem o tempo da criação com o tempo contemporâneo dos despojos da mineração. A fabulação é tecida a partir de mitos mesoamericanos nos quais quatro personagens (uma colina, uma espécie de gambá, Dona Caña e um agave, planta que serve de matéria-prima para tequila) se encontram para conjurar as energias cósmicas e os poderes da celebração embriagante contra as violências capitalistas heteropatriarcais de morte e destruição.
REPÚBLICA DO MANGUE
dir. Julia Chacur, Mateus Sanches Duarte, Priscila Serejo (2020, 8’, p&b, Brasil, Documentário) | 14 anos
A Zona do Mangue do Rio de Janeiro era uma conhecida área de boemia e prostituição que enfrentou diversas perseguições ao longo do século XX. De 1954 a 1974, vigorou na região a chamada República do Mangue, um regime representativo em que, sob controle médico e vigilância policial, as mulheres decidiam quem deveria assumir a administração das “casas de tolerância”. A partir de imagens sobreviventes, o curta propõe um outro olhar sobre esta memória de disputa e resistência. As prostitutas configuram uma classe laboral de qualidade quase identitária – e a criação dessa identidade, muito próxima da bruxa, serviu a propósitos de perseguição e extermínio de mulheres. Este documentário pode nos dar a ver registros de uma “caça às bruxas” no Brasil recente e a alargar nossas compreensões sobre quais mulheres, historicamente, foram de fato os alvos principais dessas investidas.
ABJETAS 288
dir. Júlia da Costa, Renata Mourão (2020, 21’, cor’, Brasil, Experimental) | 16 anos
Em um futuro distópico, Joana e Valenza fazem uma jornada à deriva por uma cidade nordestina. Através da música eletrônica e trilha ruidosa, as personagens, nas andanças pelas ruas, performam o que sentem enquanto vivem nessa sociedade tentando entendê-la. Abjetas 288 trata sobre territorialidades, identidades e meritocracia, tudo com um tom irônico e se utilizando de elementos alegóricos que dialogam com a história popular de Aracaju.
A PRAGA
dir. José Mojica Marins (2021, 51’, cor, Brasil, Ficção) | 16 anos
Realizado inicialmente em 1980 por José Mojica Marins, o lendário Zé do Caixão, A Praga não havia sido concluído e era tido como perdido, até ser finalizado e lançado postumamente, em 2021. Durante um passeio pelo campo, Marina e Juvenal param para tirar fotos em frente à casa de uma estranha senhora. Irritada, ela se revela uma bruxa e joga uma maldição em Juvenal: uma ferida que se abre em seu corpo sente uma fome insaciável por carne crua e precisa ser alimentada para que as dores sejam amenizadas.
A ÚLTIMA PRAGA DE MOJICA
dir. Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld, Pedro Junqueira (2021, 17’, Brasil, Documentário) | 16 anos
Curta-metragem que esmiúça o último longa do mestre do horror brasileiro através de trechos de making-of, depoimentos, cenas da filmagem original e imagens da história em quadrinhos que o originou.
MAMI WATA
dir: C. J. ‘Fiery’ Obasi (2022, 107’, pb, Nigéria, Ficção) | 14 anos
MAMI WATA é uma divindade adorada pelos habitantes da remota vila de Iyi, na África ocidental. Mama Efe, sua representante, exerce autoridade espiritual na vila, até que a morte de uma criança perturba a paz da comunidade. O poder da divindade passa a ser questionado por aqueles com diferentes ideologias, e Prisca e Zinwe, filhas de Mama Efe, se unem para salvar sua aldeia e restaurar a glória de MAMI WATA em Iyi.
SIMPÓSIO PRETO
Black Symposium – dir. Katia Sepúlveda (2022, 26’, Rep. Dominicana/ Alemanha, Experimental) | 12 anos
Em um tempo mítico, um grupo de mulheres afro-caribenhas se reúne em uma praia remota para debater sexualidade, sensualidade, amor, cuidado, alegria e memória. A conversa gira em torno da descolonização e da espiritualidade. O encontro termina em um ritual que expressa profunda gratidão aos seus ancestrais e ao mar. Um filme que trata da experiência da violência com uma estética e uma abordagem colaborativas que desafiam as convenções cinematográficas a partir de diversas perspectivas feministas, contanto ainda com a participação da pensadora decolonial Yuderkys Espinosa-Miñoso.
ORLANDO, MINHA BIOGRAFIA POLÍTICA
Orlando, ma biographie politique
dir. Paul B. Preciado (2022, 98’, cor, França, Documentário/Ensaio) | 14 anos
Em 1928, Virginia Woolf escreveu Orlando, romance no qual a personagem título vive metade dos seus 350 anos de vida como homem para, um dia, acordar mulher. Um século depois, o escritor e ativista trans Paul B. Preciado decide enviar uma carta cinematográfica à autora: seu Orlando saiu da ficção e vive como ela jamais poderia ter imaginado. Preciado organiza um teste de elenco e reúne 26 pessoas trans e não binárias, de 8 a 70 anos de idade, que encarnam o/a protagonista.
MEDUSA
dir. Anita Rocha da Silveira (2023, 128’, cor, Brasil, Ficção) | 16 anos
Há muitos e muitos anos, a bela Medusa foi severamente punida por Atena, a deusa virgem, por não ser mais pura. Já em um Brasil contemporâneo, dominado por um regime religioso ultraconservador, a jovem Mariana pertence a um mundo em que deve se esforçar ao máximo para manter a aparência de uma mulher perfeita. Para não caírem em tentação, ela e suas amigas se esforçam para controlar tudo e todas à sua volta. Porém, há de chegar o dia em que a vontade de gritar será mais forte.
RAMI RAMI KIRANI
dir. Lira Mawapai HuniKuin e Luciana Tira HuniKuin (2024, 34’, cor, Brasil, Documentário) | Livre
Até pouco tempo, as mulheres Huni Kuin não podiam consagrar e preparar o Nixi Pae (ayahuasca). Apenas os homens conheciam o poder dessa medicina. “Rami Rami Kirani” é um filme sobre os aprendizados, as transformações e a força da ayahuasca através das mulheres Huni Kuin. Filme realizado durante a oficina de formação audiovisual e direitos das mulheres indígenas, promovida pelo Instituto Catitu na Aldeia Mibãya, Terra Indígena Praia do Carapanã, Acre, ministrada por Mari Corrêa, Sophia Pinheiro e Viviane Hermida.
Ficha Técnica:
Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Produção: Amarillo Produções Audiovisuais
Coordenação geral: Carla Italiano e Tatiana Mitre
Curadoria: Carla Italiano, Juliana Gusman e Tatiana Mitre
Produtora executiva: Tatiana Mitre
Coordenação de produção: Layla Braz
Produção de cópias: Alexandra Duarte
Design gráfico: Ana C. Bahia
Site e Redes Sociais da Mostra:
Site: www.mulheresmagicas.com
Instagram: @mostramulheresmagicas/ https://www.instagram.com/mostramulheresmagicas/
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Twitter: @mostramulheresmagicas
Canal YouTube Mostra Mulheres Mágicas: https://www.youtube.com/channel/UCLyLzFaBcGSLHC-p8FAV1rg
Serviço:
“Mulheres Mágicas – Reinvenções da bruxa no cinema”
29 de maio a 24 de junho de 2024.
Exibição de 28 filmes, organizados em 19 programas temáticos, sendo 16 longas e 17 médias e curtas-metragens
Ingressos: R$10 inteira / R$5 meia – disponíveis na bilheteria física ou no site do CCBB a partir das 9h do dia da sessão
Capacidade: 98 lugares.
Para as sessões gratuitas, comentadas e/ou seguidas de debate, os ingressos serão disponibilizados também às 9h do dia de cada sessão, na bilheteria física ou virtual.
Para a oficina, é necessário inscrição prévia. As informações para as inscrições estão disponíveis no site www.mulheresmagicas.com ou no perfil da mostra no Instagram @mulheresmagicas. A oficina oferece certificado aos participantes
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ)
Rua Primeiro de Março, 66 – 2º andar
Centro – Rio de Janeiro / RJ
Contato: (21) 3808-2020 | [email protected]
Mais informações em bb.com.br/cultura