Cineasta paraguaia Paz Encina chega ao Rio de Janeiro para masterclass gratuita na Cinemateca do MAM

 “Desde seu premiado longa de estreia, Hamaca Paraguaya, Paz Encina se tornou um nome incontornável para se pensar o cinema autoral da América do Sul do Século XXI. O LAB Cinema Expandido tem a alegria de recebê-la para uma masterclass imperdível, no dia 14 de julho, na qual a cineasta fala de sua trajetória no cinema e da busca pelas imagens que transitam entre memória e fabulação na construção de um território cinematográfico atravessado pela história e pelas identidades paraguaias e da América Latina”, comenta a cineasta e produtora Marina Meliande, idealizadora do LAB. Além da masterclass, Paz conversa com o público após a exibição de seus filmes – Hamaca Paraguaya (2006), no sábado (15); Exercícios de Memória (2016) e o inédito no Brasil Eami (2022), no domingo (16). A cineasta irá abordar seus trabalhos, pouco vistos no Brasil, as realidades de seu país e a oportunidade de estar no Rio de Janeiro para criar uma obra original a convite do LAB. O Ciclo de Conversas do LAB, que abriu em 16 de junho com uma masterclass do artista Cao Guimarães, reúne intelectuais e artistas para abordarem diferentes formas de se criar imagens hoje no Rio de Janeiro. A coordenação do Ciclo é do cineasta e roteirista Felipe M. Bragança e da socióloga e professora Ana Paula Alves Ribeiro. No próximo final de semana (15 e 16 de julho), além da Paz Encina, estarão na Cinemateca do MAM para conversar com o público o pesquisador, professor e carnavalesco Leonardo Bora – que falará sobre “Fantasias, Imagens e Máscaras no Carnaval do Rio de Janeiro” – no sábado, com mediação de Felipe M. Bragança e Ana Paula Alves Ribeiro; no domingo, o professor e pesquisador Hernani Heffner, diretor da Cinemateca do MAM, que se dedica à preservação e restauração cinematográfica e audiovisual, conversa com Marina Meliande sobre “Memórias das Cidades Fluminenses – Cinema”. O LAB também promove, às quintas-feiras (13, 20 e 27 de julho), a mostra de filmes Rio de Janeiro em Diálogo, em cocuradoria com Hernani Heffner. Uma seleção de cinco longas e nove curtas que apresentam olhares diversos sobre imaginários do Rio de Janeiro. Serão exibidos, entre outros, o clássico Lira do Delírio (1978), de Walter Lima Jr., Gosto que me Enrosco (2001), de Bruno Safadi, Pretinho Babylon (2017), de Emilio Domingos e Cavi Borges, e O Anjo da Noite (1974), de Walter Hugo Khouri. As sessões serão apresentadas por Felipe M. Bragança e Marina Meliande.  Os ingressos para as atividades, todas gratuitas, podem ser retirados com antecedência no link:  https://mam.rio/ingressos A residência artística A residência LAB Cinema Expandido – Rio de Janeiro: Máscaras, Fantasmas e Territórios acontece entre os meses de junho e agosto. Ela conta com nove duplas de artistas (uma pessoa ligada diretamente ao cinema mais uma pessoa de outra área artística). “Foi um processo intenso e inspirador entrar em contato com os 97 projetos inscritos. Nos deparamos com uma coleção brilhante de imagens e propostas – e delas encaramos o desafio de escolher apenas nove que estão sendo desenvolvidas e realizadas durante o LAB. Um mergulho de quase três meses de cinema expandido, de cidade expandida”, comentam Marina Meliande e Felipe M. Bragança, coordenadores do LAB. Para se inscrever, os artistas deveriam ter nascido ou morar no estado do Rio de Janeiro, enviar portfolio e uma proposta de obra audiovisual que se relacionasse com a temática Fantasmas, Máscaras e Territórios. A lista dos selecionados pode ser conferida no instagram do LAB [@labcinemaexpandido] Inspirado em residências de cinema internacionais, em um formato ainda inédito por aqui, o LAB Cinema Expandido se baseia na realização de obras fílmicas, configurando-se como um local de produção, experimentação e difusão pouco explorado no Brasil.  Esta edição do LAB Cinema Expandido – Rio de Janeiro: Máscaras, Fantasmas e Territórios discute e atualiza um imaginário para a cidade do Rio de Janeiro, sempre em transformação. “O tema Fantasmas, Máscaras e Territórios foi elaborado a partir do fato de que falar nas cidades brasileiras hoje é falar também de suas transformações aceleradas. Na forma como a cidade, como um corpo vivo, vai reconfigurando seus territórios, assumindo novas identidades, máscaras, que se expressam como novos corpos, novas latitudes, novas representações, e deixam para trás os fantasmas de suas memórias. Falar em fantasmas, máscaras e territórios no Rio de janeiro de hoje é falar daquilo que a cidade tenta esquecer, daquilo que ela é, e daquilo que ela deseja ser. Esse é o conceito por trás da Residência”, resume Mariana Meliande. O LAB conta com o patrocínio do FSA/BRDE/Ancine e Ministério da Cultura, através do Edital de Formação SAV/MINC/FSA nº 13, e apoio Cinemateca do MAM. A realização é da produtora Duas Mariola Filmes.LAB CINEMA EXPANDIDO – CICLO DE CONVERSAS + MOSTRAS DE FILMES na CINEMATECA DO MAMIngressos no link: https://mam.rio/ingressos – Entrada FrancaAv. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo/Centro, Rio de JaneiroProgramação completa:  labcinemaexpandido.com 13/07, quinta-feira – 16hLab Cinema Expandido – Sessão: Rio de Janeiro em Diálogo 1Copacabana Beach (1983), de Vivian Ostrovsky – 10 min Gosto que me Enrosco (2001), de Bruno Safadi – 17 minLira do Delírio (1978), de Walter Lima Jr – 105 min 14/07, sexta-feira – 18h30 às 20h30Lab Cinema Expandido – Ciclo de Conversas: Masterclass Paz EncinaA premiada cineasta paraguaia, fala de sua trajetória no cinema e da busca pelas imagens que transitam entre memória e fabulação na construção de um território cinematográfico atravessado pela história e pelas identidades da América Latina. 15/07, sábado– 15h às 18h – Lab Cinema Expandido – Ciclo de Conversas: Fantasias, Imagens e Máscaras no Carnaval do Rio de Janeiro. Conversa com Leonardo Bora, mediada por Felipe M. Bragança e Ana Paula Alves Ribeiro.Entre as muitas máscaras do Rio de Janeiro, a de “cidade do carnaval” é uma das mais icônicas e poderosas. Mas que cidade é essa feita de carnaval e fantasia? Que carnaval é esse feito através dessa cidade e de seus territórios e comunidades? O carnavalesco Leonardo Bora conta um pouco de seus processos criativos e das questões que permeiam a invenção do carnaval do Rio. – 18h30 – Sessão Especial Paz Encina 1: Hamaca Paraguaya, de Paz Encina. Paraguai/Argentina, 2006. Ficção. 78 min. Livre. Sessão seguida de conversa com a cineasta.Prêmios FIPRESCI/Festival de Cannes 2006; da Crítica/Mostra de São Paulo 2006; Prince Claus/Festival de Rotterdam, entre outros. Primeira produção concluída no Paraguai, desde 1978.Em 1935, um casal de camponeses idosos, em meio a esperança e a desesperança, espera pelo filho, que foi lutar na Guerra do Chaco. 16/07, domingo14h às 17h – Lab Cinema Expandido – Ciclo de Conversas: Memórias das Cidades Fluminenses – CinemaHernani Heffner em conversa com Marina MeliandeQuantas cidades foram construídas pelo cinema? Quantas foram escondidas? Qual é o cinema da capital, da baixada e do interior fluminense? Uma cidade pode ser reconstruída pela memória do cinema? Uma cidade (ainda) pode ser imaginada pelas imagens em movimento? Quais? Que digitais ficam gravadas nos pulsos dos arquivos eletro-eletrônicos? Estamos preparados para a convivência quântica do passado com o futuro? 17h30 – Sessão Especial Paz Encina 2: Exercícios de Memória (Ejercicios de Memoria), de Paz Encina. Paraguai/Argentina, 2016. Documentário. 80 min. Livre.Melhor Documentário/Festival de Cinema de Cartagena.Documentário centrado nas memórias dos filhos de Agustin Goiburu, que foi o mais importante oponente político do ditador Alfredo Stroessner, presidente do Paraguai de 1954 a 1989. Goiburu desapareceu em 1979. 19h15 – Sessão Especial Paz Encina 3: Eami, de Paz Encina. Paraguai/Argentina, 2022. Ficção. 85 min. Livre. Após a exibição, Paz Encina comenta os dois filmes do dia.Prêmio Condor de Prata/Melhor Filme em Coprodução com a Argentina/Associação de Críticos de Cinema da Argentina 2023. Prêmio Tigre de Direção/Festival de Cinema de Rotterdam 2022.A terra natal de Eami é invadida por colonos. Incorporando Asojá, a deusa-pássaro-mulher, ela entra em transe, caminha lenta e atordoada por sua amada floresta enquanto se prepara para deixá-la para sempre. 20/07, quinta-feira14h – Lab Cinema Expandido – Sessão: Rio de Janeiro em Diálogo 2Aniceto do Império em Dia de Alforria (1981), de Zózimo Bulbul – 10minFantasma Neon (2021), de Leonardo Martinelli – 20min Também somos irmãos (1949), de José Carlos Burle – 85 min16h – Lab Cinema Expandido – Sessão: Rio de Janeiro em Diálogo 3Vermelha é a Luz do Freio (2013), de Cristina Miranda – 7 min Jonas e a Baleia (2006), de Felipe M. Bragança – 20minO Anjo da Noite (1974), de Walter Hugo Khouri – 84 min 27/07, quinta-feira14h – Lab Cinema Expandido – Sessão: Rio de Janeiro em Diálogo 4Ensaio de Cinema (2009), de Allan Ribeiro – 15 min Chuva de Verão (1978), de Cacá Diegues – 93 min 16h – Lab Cinema Expandido – Sessão: Rio de Janeiro em Diálogo 5Escasso (2022), de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles- 15 minPretinho Babylon (2017), de Emilio Domingos e Cavi Borges – 17 min Tudo é Brasil (1998), de Rogério Sganzerla – 82 min