Rio de Janeiro – O glamour tomou conta do Cine Odeon, no centro do Rio de Janeiro, neste domingo (13), durante a aguardada cerimônia de entrega do Troféu Redentor. Na 26ª edição do Festival do Rio, a surpresa maior da noite ficou por conta do empate na categoria de Melhor Filme entre “Baby“, dirigido por Marcelo Caetano, e “Malu“, de Pedro Freire, que dividiram o prêmio principal.
A cerimônia, que celebra o cinema brasileiro em toda sua diversidade, trouxe uma energia especial, conduzida pelos apresentadores Juan Paiva e Fabíula Nascimento, cuja conexão no palco foi um show à parte.
Em meio ao calor do público carioca e ao clima de celebração, a noite de premiação do Festival do Rio foi marcada por performances e discursos emocionantes. A diretora do festival, Ilda Santiago, destacou em sua fala o papel vital do cinema para a cultura nacional.
“Esse festival é feito para o cinema brasileiro, feito para o público. Viva Eduardo Paes!”, declarou, elogiando a gestão da prefeitura do Rio de Janeiro e ressaltando a importância de lotar as salas de cinema com produções nacionais.
Entre os principais destaques da noite, “Baby” e “Malu” não apenas dividiram o prêmio de Melhor Filme, mas foram protagonistas em diversas categorias. “Malu” levou Yara de Novaes ao prêmio de Melhor Atriz e também garantiu o troféu de Melhor Roteiro para Pedro Freire.
Já “Baby” brilhou na direção de arte com o trabalho de Thales Junqueira e na categoria de Melhor Ator, premiando João Pedro Mariano.
Prêmio Félix
A diversidade também teve seu lugar de destaque, com o Prêmio Félix voltado à representatividade LGBTQIAPN+. Bruna Linzmeyer, que atua em “Baby”, emocionou a plateia ao falar da importância da representatividade.
“É de um orgulho imenso ser sapatão, ser parte dessa comunidade. ‘Baby’ é sobre isso, sobre a forma como vivenciamos o mundo e como isso molda o nosso olhar e a nossa arte”, falou a atriz.
Confira os vencedores no Festival do Rio
Première Brasil
- Prêmio Especial do Júri: Jamilli Correa, por Manas
- Melhor Curta-Metragem: A Menina e o Pote, de Valentina Homem
- Melhor Longa-Metragem Documentário: 3 Obás de Xangô, de Sérgio Machado
- Melhor Longa-Metragem de Ficção (prêmio duplo): Baby, de Marcelo Caetano, e Malu, de Pedro Freire
- Melhor Direção de Documentário: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, por A Queda do Céu
- Melhor Direção de Ficção: Luciano Vidigal, por Kasa Branca
- Melhor Ator: João Pedro Mariano, por Baby
- Melhor Atriz: Yara de Novaes, por Malu
- Menção Honrosa para Diana Mattos, por Betânia
- Melhor Ator Coadjuvante: Diego Francisco, por Kasa Branca
- Melhor Atriz Coadjuvante (prêmio duplo): Carol Duarte e Juliana Carneiro da Cunha, por Malu
- Melhor Direção de Arte: Thales Junqueira, por Baby
- Melhor Fotografia: Arthur Sherman, por Kasa Branca
- Melhor Montagem: Peterkino, por Salão de Baile
- Melhor Roteiro: Pedro Freire, por Malu
- Melhor Som: Marcos Lopes, Guile Martins e Toco Cerqueira por A Queda do Céu
- Melhor Trilha Sonora Original: Fernando Aranha e Guga Bruno, por Kasa Branca e Quando Vira a Esquina
Competição Novos Rumos
- Melhor Curta-Metragem: Carne Fresca, de Giovani Barros
- Menções Honrosas para os Curta-Metragens: O Céu Não Sabe Meu Nome, de Carol AÓ, e E Seu Corpo é Belo, de Yuri Costa
- Melhor Longa-Metragem: Centro Ilusão, de Pedro Diogenes
- Melhor Direção: Davi Pretto, por Continente
- Melhor Ator: Reynier Morales, por O Deserto de Akin
- Melhor Atriz: Mayara Santos, por Ainda Não É Amanhã
- Prêmio Especial do Júri: Paradeiros, de Rita Piffer
Prêmio Felix
- Melhor Documentário: A Bela de Gaza (La Belle de Gaza), de Yolande Zauberman
- Melhor Filme Brasileiro: Avenida Beira-Mar, de Maju de Paiva e Bernardo Florim
- Melhor Filme Internacional: Tudo Vai Ficar Bem (All Shall Be Well), de Ray Yeung
- Menção Honrosa para os Documentários: Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr., e Salão De Baile, de Juru e Vitã
- Prêmio Especial do Júri: Baby, de Marcelo Caetano
Com uma noite de celebração ao cinema nacional, o Festival do Rio mais uma vez reafirma seu compromisso com a diversidade, a arte e o público, mostrando que o cinema brasileiro continua a encantar e transformar olhares.