Sindicatos repudiam ataques virtuais a jornalistas que cobriram atos golpistas

24 de março de 2025
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© Joedson Alves/Agencia Brasil
© Joedson Alves/Agencia Brasil

Brasília – Entidades representativas do jornalismo manifestaram indignação após ataques virtuais direcionados às jornalistas Gabriela Biló e Thaísa Oliveira, da Folha de S.Paulo.

Os ataques ocorreram em resposta à reportagem sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Os ataques insinuam que as profissionais teriam sido “responsáveis” pela prisão de Débora Rodrigues dos Santos, acusada de participação nos atos golpistas e de vandalizar a estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Essas acusações falsas afirmam que as jornalistas entregaram informações e fotos ao STF, contribuindo para a prisão de Débora. Em sua nota, os sindicatos alertam para o risco da desinformação e ressaltam que a função jornalística é garantir o registro de eventos de interesse público, sem interferir na ação judicial.

Ataques e desinformação

A onda de ataques virtuais gerou reações de repúdio nas redes sociais. A nota conjunta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo (SJSP) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) refutou veementemente as alegações. As entidades denunciaram a tentativa de manipulação da opinião pública e alertaram para a gravidade da situação, já que os jornalistas foram falsamente acusados de envolver-se em ações ilegais.

Desinformação prejudica o jornalismo

De acordo com as entidades, a desinformação sobre as jornalistas Gabriela Biló e Thaísa Oliveira não só é falsa, mas também demonstra um profundo desconhecimento do papel do jornalista. A nota enfatiza que as jornalistas estavam apenas cumprindo com suas funções profissionais, realizando registros de eventos de relevância pública. A tentativa de vincular as profissionais ao processo judicial de forma injusta é considerada uma grave violação à liberdade de imprensa e à integridade da profissão.

Ação judicial e os crimes de Débora

As entidades também lembraram que Débora Rodrigues dos Santos foi condenada judicialmente por cinco crimes, incluindo tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa. Ela foi acusada, entre outras ações, de vandalizar a estátua da Justiça na Praça dos Três Poderes. As entidades destacaram a necessidade de combater campanhas de difamação e de linchamento público contra jornalistas que cumprem sua função de informar a sociedade.

Defesa da liberdade de imprensa

As organizações repudiam os ataques à liberdade de imprensa e destacam a importância de punir rapidamente os responsáveis por tais ataques. Além disso, colocaram suas assessorias jurídicas à disposição das jornalistas para garantir a proteção de seus direitos. Para as entidades, a cultura de violência contra jornalistas precisa ser combatida de forma eficaz, sem permitir impunidade.


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Entenda o caso

  • Jornalistas da Folha de S.Paulo são alvo de ataques virtuais após reportagem sobre os atos de 8 de janeiro de 2023.
  • A acusação sem fundamento afirma que as jornalistas teriam colaborado com a prisão de Débora Rodrigues dos Santos.
  • Débora foi condenada por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e vandalismo.
  • Sindicatos do jornalismo no DF e São Paulo repudiaram os ataques, destacando a importância do exercício livre da profissão.
  • As entidades alertam sobre os riscos da desinformação e defendem a responsabilização dos responsáveis pelos ataques.

Com informações da Agência Brasil

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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