Lula pede, e Haddad cancela viagem à Europa para ajuste fiscal

3 de novembro de 2024
1 min de leitura
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Brasília – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, suspendeu sua viagem à Europa após solicitação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão visa focar nos ajustes fiscais, incluindo cortes de gastos para controlar a alta do dólar e conter a pressão orçamentária. A moeda americana fechou em R$ 5,869 na última sexta-feira, a maior cotação desde 2020, o que elevou a urgência de medidas econômicas.

O Ministério da Fazenda justificou a permanência de Haddad em Brasília para lidar com “temas domésticos” e acalmar o mercado, que aguarda um pacote de revisão fiscal. As informações sobre as medidas, no entanto, seguem em sigilo, estratégia que busca evitar especulações antes dos anúncios.

Resistências internas sobre os cortes de gastos

Dentro do governo, há debate sobre o controle dos gastos. A proposta atual prevê limitar o aumento de despesas obrigatórias a 2,5% ao ano, mantendo o índice do arcabouço fiscal, especialmente em áreas prioritárias como saúde, educação e previdência. Essa medida, contudo, encontra resistência em setores do próprio governo, incluindo o Partido dos Trabalhadores (PT), que teme o impacto em políticas sociais.

Aumentando a flexibilidade no Orçamento

Outro ponto em discussão é ampliar a autonomia do governo sobre o Orçamento, o que permitiria mais controle sobre emendas parlamentares e verbas essenciais. A proposta, já em análise no Congresso, possibilitaria remanejar recursos obrigatórios sem aprovação legislativa, oferecendo maior flexibilidade ao Executivo para ajustar o orçamento conforme necessário.

Perguntas frequentes sobre a decisão de Haddad

Por que Haddad cancelou a viagem à Europa?

A pedido de Lula, Haddad optou por ficar em Brasília para tratar de ajustes fiscais e conter a alta do dólar.

Quais medidas estão sendo discutidas pelo governo?

O governo estuda limitar os aumentos de gastos obrigatórios a 2,5% ao ano e ampliar o controle sobre emendas parlamentares.

Como a alta do dólar afeta o ajuste fiscal?

A valorização da moeda americana pressiona o orçamento e aumenta a necessidade de cortes de gastos.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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