O real foi a moeda que mais se valorizou no mundo nos últimos 30 dias, registrando alta de 3,7% frente ao dólar, mesmo sob impacto do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros.
O dado, divulgado pelo Banco Central e publicado pelo colunista Lauro Jardim, do O Globo, coloca o Brasil à frente de economias emergentes e desenvolvidas, contrariando expectativas de pressão negativa sobre a moeda nacional.
Valorização acima de emergentes e potências
No ranking global, a moeda brasileira superou o desempenho da África do Sul (1,8%), Hungria (1,3%) e Chile (1,2%). Entre as nações desenvolvidas, o Reino Unido teve alta de 0,5%, enquanto México subiu 0,8%, Polônia 0,1% e a zona do euro também 0,1%.
Desempenho de curto prazo mantém liderança
Mesmo considerando apenas os últimos cinco dias, o real manteve o posto de moeda mais valorizada, enquanto outros países enfrentaram perdas significativas. A Argentina registrou queda de 3% e a Índia recuou 2%.
Tarifaço não freou câmbio brasileiro
O resultado é ainda mais relevante diante da ofensiva tarifária de Trump, que elevou as tarifas sobre exportações brasileiras a patamares inéditos desde 9 de julho, medida já em vigor. A política protecionista colocou o Brasil como o país mais tarifado do mundo, mas não impediu o avanço da moeda nacional.
Confiança no mercado interno
Para analistas, o desempenho do real reflete fatores internos como fluxo de investimentos e estabilidade das reservas internacionais. A resistência cambial, mesmo sob ataque tarifário, reforça a percepção de resiliência econômica e aumenta a confiança no mercado financeiro.


