O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou neste domingo (24) que sua mãe, Rogéria Bolsonaro, e seus avós foram vítimas de um assalto na casa da família, em Resende, no Rio de Janeiro. Curiosamente, o Rio de Janeiro, estado govenador pelo PL, sob o comando de Cláudio Castro, é um dos líderes em índices de violência urbana no país. Mas isso, Eduardo ignorou.
Segundo o parlamentar, os criminosos amordaçaram as vítimas e levaram celulares e joias. Os assaltantes também teriam dito acreditar que Jair Bolsonaro enviava dinheiro para a residência, o que os levou a revirar todos os cômodos em busca de valores.
Ataque direcionado a Moraes
Em vez de tratar o caso como crime comum, Eduardo usou suas redes sociais para insinuar que o episódio teria ligação com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“E tudo isso acontece depois dos vazamentos seletivos e perseguições de Moraes, que expõem nossos familiares como alvos fáceis”, escreveu o deputado, sugerindo, sem qualquer evidência, que o assalto teria sido “ordem de Moraes”.
Confronto com o STF
A declaração se soma à estratégia do clã Bolsonaro de intensificar ataques ao ministro do Supremo. Assim como Jair Bolsonaro, Eduardo tem feito de Moraes alvo recorrente em discursos e postagens, transformando o embate com o Judiciário em pauta política.
Especialistas em segurança pública, no entanto, apontam que não há qualquer indício de ligação entre o crime relatado pela família e decisões judiciais envolvendo o ex-presidente e seus filhos.

