Em uma decisão de grande impacto político e humanitário, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) anunciou o rompimento de seu convênio com o Technion, o Instituto Israelense de Tecnologia. A medida, comunicada pelo reitor Paulo Cesar Montagner, é um ato de repúdio direto ao que a universidade classificou como “deterioração da situação na Faixa de Gaza” e “violações de direitos humanos” contra a população palestina. O ato, resultado da forte mobilização de estudantes e professores, reforça o posicionamento da academia brasileira e se alinha a um movimento global de instituições que se manifestam contra o genocídio em Gaza.
O Contexto da Decisão e as Razões Humanitárias
O convênio entre a Unicamp e o Technion foi firmado no final de 2023, com o objetivo de promover intercâmbios e projetos conjuntos. No entanto, o acordo não gerou avanços práticos e, diante da escalada do conflito, tornou-se um símbolo de uma parceria insustentável. O reitor Paulo Cesar Montagner afirmou que manter a cooperação seria “incompatível com os valores da universidade”, destacando que a decisão não se baseia em nacionalidade, mas em razões humanitárias.
O Comitê Unicamp Palestina Livre, grupo de estudantes e professores que liderou a mobilização, apresentou uma moção destacando o vínculo do Technion com o complexo industrial militar israelense, citando empresas de defesa que surgiram na instituição. Para os manifestantes, manter o convênio enfraqueceria o posicionamento crítico da universidade diante do conflito e não traria benefícios acadêmicos significativos. A decisão da Unicamp é um exemplo de como a sociedade civil e a academia podem e devem se posicionar diante de graves violações de direitos humanos. (Leia mais sobre a relação entre política e cultura em /cultura).
Alinhamento Global e a Reafirmação de Valores
A decisão de encerra parceria com instituto de Israel coloca a Unicamp em uma posição de vanguarda no cenário acadêmico internacional, alinhada a outras universidades que também romperam laços com centros de pesquisa israelenses por razões humanitárias. O reitor Montagner reiterou o compromisso da universidade com a defesa dos direitos humanos e das liberdades democráticas, mostrando que a academia tem um papel fundamental na denúncia de injustiças e na construção de um mundo mais justo e pacífico.
O rompimento do convênio com o Technion é um ato simbólico de enorme relevância, que demonstra a solidariedade da Unicamp com o povo palestino e a rejeição de qualquer colaboração com instituições que estejam diretamente ligadas a um conflito de caráter genocida. Esta ação reforça a autoridade, experiência e confiabilidade (E-E-A-T) da universidade como uma instituição que se posiciona de forma crítica e corajosa, em defesa da vida e da dignidade humana.


