Brasil faz dobradinha nos pódios das barreiras do Sul-Americano Sub-18

Paulo Henrique da Silva e Vinícius de Brito foram os dois primeiros colocados nos 110 com barreiras; Amanda Miranda e Maria Eduarda Chagas ficaram com o ouro e a prata nos 400 m com barreiras

A força do Brasil nas provas com barreiras foi confirmada no segundo dia de disputas do Campeonato Sul-Americano Sub-18 de Atletismo, neste sábado (10/9), na pista do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo. A seleção brasileira teve duas dobradinhas, no pódio dos 110 m com barreiras masculino e dos 400 m com barreiras feminino.

Revezamento 4x100 m leva o ouro (Wagner Carmo/CBAt)
Revezamento 4×100 m leva o ouro (Wagner Carmo/CBAt)
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Nos 110 m, Paulo Henrique Romualdo da Silva (IPEC-PR) e Vinícius de Brito (Acarisul-SC) ocuparam os postos mais altos do pódio. “Tive de administrar as minhas atuações e fiquei fora dos 100 m para me poupar. Tenho feito muita fisioterapia por causa de uma contratura no posterior esquerdo e precisei competir com muito cuidado, embora não sinta mais dor. Apenas desconforto”, comentou Paulo, de 17 anos, que venceu com 13.71 (0.9). “Queria muito bater o recorde da competição, de 13.55, mas não fim das contas estou feliz”, concluiu o atleta, líder do ranking sul-americano da prova e campeão nos Jogos de Rosário.

Paulo Henrique Romualdo, campeão dos 110 m com barreiras (Wagner Carmo/CBAt)
Paulo Henrique Romualdo, campeão dos 110 m com barreiras (Wagner Carmo/CBAt)

Já Vinícius, campeão brasileiro sub-18, saiu satisfeito da pista, além da medalha de prata bateu o recorde pessoal, com 13.78. “Foi uma prova forte e saí feliz com meu PB”, disse o catarinense de 16 anos. Fabrizio Jara, do Paraguai, levou o bronze, com 13.83. Vinícius ficou aborrecido por não ter largado nos 400 m com barreiras – entendeu que a largada havia sido queimada e não largou.

Nos 100 m com barreiras, a catarinense Natália Campreguer (Jaraguá do Sul-SC) comemorou a terceira colocação com 14.19 (1.3). A festa foi dos atletas chilenos e argentinos, que invadiram o zona mista. Catalina Rozas, do Chile, obteve o tempo de 13.65, seguida de Helen Bernard Stilling, da Argentina, com 13.79.

Amanda Miranda (Geração Atletismo Cianorte-PR) não ficou feliz com a marca, mas comemorou o seu segundo título sul-americano sub-18 nos 400 m com barreiras, com 1.00.97. O Brasil teve dobradinha no pódio, com Maria Eduarda Chagas (Corville-SC) em segundo (1.02.13).

Amanda Miranda da Silva (Wagner Carmo/CBAt)
Amanda Miranda da Silva (Wagner Carmo/CBAt)

A argentina Helen Stilling ficou em terceiro (1.02.67). “Gostei bastante do começo e me recuperei no final, apesar da ‘perdidinha’ que dei na curva. Amanda caprichou no visual para a sua última competição da temporada. A maquiagem ganhou gliter e o cabelo trancinhas, que leva duas horas para ficar pronto e foi feito pela amiga Ana Tardivo, deram o tom no visual caprichado.

Amanda Miranda da Silva (Wagner Carmo/CBAt)
Amanda Miranda da Silva (Wagner Carmo/CBAt)

No salto em altura, Gabriel Tavares da Silva Borges (IPEC-PR) e Eric Guedes Cardoso (Paranavaí-PR) conquistaram as medalhas de prata e de bronze, ambos com 1,93 m. O campeão foi o venezuelano Hector José Añez, com 1,96 m. “O objetivo era pular mais alto e bater o meu recorde pessoal, mas não foi desta vez. Igualei minha marca (1,93 m) e por isso estou contente”, comentou Gabriel.

Camila Flach (IPEC-PR) levou o ouro no lançamento do disco com 42,88 m, seguida pela argentina Selene Carrizo (41,46 m), com a prata, e pela brasileira Samanta Lopes (Luasa/Taubaté-SP), que ficou com a medalha de bronze (40,13 m). “O meu objetivo era fazer o meu PB, mas foi boa a prova. É a terceira competição que lanço acima dos 42 metros.”

No arremesso do peso, Samanta Lopes ganhou a medalha de prata (14,21 m) e Camila Flach ficou na quarta posição (13,49 m). Belsy Viveros (ECU) ficou com o ouro (14,85 m) e Marisa Gonzalez (ARG) com o bronze (13,91 m). “Gostei do meu resultado, mesmo não sendo o meu PB (14,63 m)”, disse Samanta.

A equipe de revezamento feminina do 4×100 m conquistou o ouro. A equipe formada por Amanda Miranda da Silva, Maria Fernanda Moreira Rosa, Vitória Lorrane Santos e Natália Campregher completou a prova em 47.25. No masculino, os brasileiros garantiram ao prata, depois da desqualificação da Argentina. Ariel Pisetta Ribeiro, Paulo Henrique Romualdo, Hyago Melo de Araújo e Thiago Zaniboni da Silva correram a prova em 42.27.

Líder do Ranking Brasileiro do decatlo, com 5.409 pontos, o paranaense Igor Silvestre de Lima de Jesus (Geração Atletismo Cianorte-PR) comemorou muito a medalha de prata conquistada depois de dos dias de competições. Ele quebrou o recorde pessoal, somando 5.921 pontos.

Igor de Jesus, novato leva medalha no heptatlo (Wagner Carmo/CBAt)
Igor de Jesus, novato leva medalha no heptatlo (Wagner Carmo/CBAt)

“Achava que poderia ir melhor, mas tenho apenas um ano de decatlo e como atleta federado. Antes, disputava apenas provas escolares”, contou o atleta de 17 anos, nascido em Goioerê. “Estou ainda sentindo falta da minha casa, dos meus pais, mas me adaptando aos treinos em Cianorte, com a professora Tamires Aparecida dos Santos.”

Igor melhorou seus resultados no Sul-Americano nas provas dos 100 m e 200 m e no salto com vara. “Tenho muito ainda a evoluir e isso é normal na minha idade e com pouco tempo de treinamento. Vou me dedicar”, prometeu o decatleta. O chileno Facundo Millan confirmou o favoritismo, com 6.333 pontos. O boliviano Lucas Gabriel Rojas Cespedez ficou em terceiro lugar, com 5.821.

O Brasil ainda conseguiu duas medalhas de bronze, com Maria Eduarda de Oliveira (Barra Bonita-SP), no salto triplo, com 11,74 m (1.5), e com Alberto Rodrigues dos Santos Filho, ouro no peso, na sexta-feira, e terceiro no disco, com 56,19 m neste sábado.

Após três etapas da competição, que reúne 269 atletas de 11 países, o Brasil lidera no quadro de medalhas e na classificação geral por pontos. A seleção brasileira tem 31 medalhas (9 de ouro, 13 de prata e 9 de bronze), seguido da Argentina com 15 (5, 4 e 6) e do Equador, com 11 (5, 3 e 3).

No quadro por pontos, que define as posições oficiais, Brasil soma 257 pontos, contra 134 da Argentina e 115 do Equador.

SERVIÇO – Os interessados em acompanhar o último dia de competições do Campeonato Sul-Americano Sub-18 de Atletismo poderão assistir às provas no estádio, com entrada gratuita e sem a necessidade de ingresso. O acesso ao público é pela Rua Pedro de Toledo, 1.651, quase em frente ao Hospital do Servidor Público de São Paulo.

O programa horário da quarta e última etapa começa às 8 horas com o salto em distância e termina às 11 horas com a disputa do revezamento 8×300 m misto.

O Sul-Americano tem transmissão ao vivo pelo YouTube da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e pelo Canal Olímpico.

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