Segurança

Justiça proíbe Torcida Jovem do Flamengo em estádios

Decisão do Juizado do Torcedor veta presença da organizada em eventos esportivos por dois anos.

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
© Gilvan de Souza/Flamengo/Direitos Reservados

A Justiça do Rio de Janeiro proibiu a Torcida Jovem do Flamengo de frequentar estádios e eventos esportivos por dois anos. A decisão, publicada nesta terça-feira (16) pelo Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, atende a relatório do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe), que apontou participação de membros da organizada em episódios de violência, roubos e tumultos ocorridos no dia 31 de agosto de 2025.

Além de barrar o acesso dos torcedores, o juízo rejeitou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em agosto entre a torcida, o Ministério Público do Rio de Janeiro e o próprio Bepe, que pretendia permitir o retorno gradual da organizada aos jogos.

Decisão reforça punições contra violência nos estádios

Segundo a sentença, todos os associados ou integrantes da Torcida Jovem estão impedidos de comparecer a eventos esportivos de qualquer clube durante o período de dois anos. “Deixo de homologar o TAC firmado pela Torcida Jovem do Flamengo e fixo o afastamento de seus membros de qualquer evento esportivo”, destacou a decisão.

A medida retoma histórico de punições à organizada. Em setembro de 2021, a mesma torcida já havia sido banida por três anos após incidentes violentos registrados em partidas do Campeonato Estadual de 2015, como o confronto entre Macaé e Flamengo e os tumultos antes de Botafogo x Flamengo.

Impactos e contexto

A reincidência da Torcida Jovem em episódios de violência levanta questionamentos sobre a efetividade das punições anteriores e o papel do poder público no combate à criminalidade organizada nos estádios. Apesar dos esforços do Ministério Público e da Polícia Militar, a persistência de práticas violentas indica fragilidades no monitoramento e no cumprimento de medidas restritivas.

O afastamento da torcida organizada também evidencia a disputa entre o direito de torcer e a necessidade de garantir segurança coletiva. Para especialistas, decisões como a de agora mostram que a Justiça busca responsabilizar grupos que colocam em risco a integridade de torcedores e trabalhadores do esporte.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.