O WSL Layback Pro já decidiu os campeões sul-americanos da World Surf League no sábado e os locais da Praia da Joaquina, Lucas Vicente e Laura Raupp, festejaram em casa os títulos da temporada 2024/2025 . É o segundo ano consecutivo com surfistas catarinenses sendo os melhores da América do Sul, com Lucas e Laura repetindo a dobradinha do Mateus Herdy e da Tainá Hinckel na temporada 2023/2024. No cenário perfeito do sábado de Sol e mar clássico com altas ondas e praia cheia na Joaquina, foram formadas as semifinais e teve comemoração também da peruana Daniella Rosas e do paulista Wesley Leite, que garantiram classificação para o Challenger Series 2025. Restam apenas duas vagas para serem definidas no domingo e as semifinais vão abrir o último dia do QS 3000, às 9h00, ao vivo da Ilha de Santa Catarina pelo WorldSurfLeague.com.
Já está confirmado que a primeira bicampeã da história do WSL Layback Pro em Florianópolis, será conhecida neste domingo. Isto porque as vencedoras das quatro etapas na Praia Mole, vão se enfrentar nas semifinais. Na primeira, está a nova campeã sul-americana da World Surf League, Laura Raupp, que venceu a primeira edição em 2021 com apenas 15 anos de idade, com a experiente Silvana Lima, campeã em 2023. E a outra vaga na grande final, tem a defensora do título do Layback Pro, Tainá Hinckel, contra a melhor de 2022, a peruana Daniella Rosas, recordista com três troféus de campeã sul-americana da WSL South America.

Na competição masculina, também pode acontecer um bicampeonato na Praia da Joaquina, que desde 2016 não recebida uma etapa do WSL Qualifying Series (QS). Isso porque o campeão do último Layback Pro na Praia Mole no ano passado, Lucas Silveira, entra na primeira semifinal com o paulista Daniel Adisaka. Se passar para a final, Lucas garante vaga no Challenger Series, enquanto o Daniel precisa vencer o campeonato para isso. Na outra semifinal, tem o paulista Alex Ribeiro também precisando chegar na final, para confirmar vaga no Challenger Series, contra o vice-campeão do Layback Pro no ano passado e único catarinense, Heitor Mueller.
Certamente, o domingo também será recheado de emoções. No sábado foi assim nas duas rodadas de confrontos decisivos nas duas categorias. Os títulos sul-americanos da temporada 2024/2025, foram definidos logo pela manhã, na quarta bateria do dia, que definiu os últimos classificados para as quartas de final. O paranaense Peterson Crisanto precisava chegar na final para superar os 6.030 pontos do líder, Lucas Vicente. Mas outro catarinense, Luan Wood, venceu a bateria e o paulista Alex Ribeiro passou em segundo lugar, com Peterson Crisanto sendo eliminado, para alívio do Lucas Vicente que estava na praia com a família.
“Pra mim, foi a bateria mais longa da história da Joaquina essa e fiquei muito tenso”, disse Lucas Vicente. “Foi a finalização de uma temporada que eu trabalhei muito, treinando e me dedicando bastante. Fiquei bem triste de perder ontem, em casa né, mas eu sabia que a bateria que eu já tinha passado antes, foi importante pra defender meu título. Estou muito feliz por ganhar em casa, com todo mundo aqui, minha família, amigos. É a coroação de um trabalho que vem sendo feito há alguns anos, desde que eu fui campeão mundial Pro Junior em 2019. E esse ano promete. Agora é treinar ainda mais, porque o Challenger tem alguns degraus acima e sei que tenho que me dedicar ao triplo. Mas, vamos pra cima e, se Deus quiser, rumo ao CT no ano que vem. Agora é já dar entrada no visto pra Austrália, ver as passagens e vamos em busca do sonho”.
Já o título sul-americano da Laura Raupp foi conquistado dentro d´água. A sua bateria começou logo após a derrota do Peterson Crisanto, quando foi anunciado que Lucas Vicente era o campeão. Foi um momento de poucas ondas, mas a Laura conseguiu achar as que precisava para vencer. A experiente Silvana Lima, recordista mundial com 19 vitórias em etapas do QS, que já tem dois títulos sul-americanos no currículo, passou junto com a nova campeã para as quartas de final, eliminando Isabela Saldanha e Luara Mandelli.
“Foi uma bateria bem difícil. Fiquei esperando muito tempo vir uma onda da série, acabou que não veio e eu tive que improvisar ali, fazendo as notas em ondas menores. Foi o que deu pra fazer, mas estou superfeliz de ter passado pras quartas de final e eu não sabia que se eu passasse, garantia o título sul-americano”, contou Laura Raupp. “Foi muito irado, porque eu tava dentro d´água quando foi anunciado o título do Lucas (Vicente). A gente surfa junto várias vezes aqui na Joaca, na Praia Mole, somos da mesma cidade e a gente se conhece há bastante tempo. Faz 4 anos que eu comecei a correr o QS e já comecei com uma vitória no Layback Pro da Praia Mole em 2021. A Layback é um dos meus patrocinadores e um dos maiores incentivadores do surfe, então é uma sensação muito legal estar conquistando o título sul-americano nesse mesmo evento”.
No confronto seguinte, a cearense Juliana dos Santos e a catarinense Isabelle Nalu barraram a peruana Arena Rodriguez e a paulista Julia Nicanor. No terceiro, Tainá Hinckel fez um novo recorde de 13,60 pontos no QS 3000 feminino, que depois aumentou para 14,03 quando derrotou a chilena Isidora Bultó nas quartas de final. E na última bateria da segunda fase, a peruana Daniella Rosas venceu por 13,40 pontos e garantiu a terceira e última vaga no Challenger Series 2025, circuito de acesso para a elite do WSL Championship Tour (CT). Ela depois passou para as semifinais e tirou a vice-liderança do ranking da compatriota, Arena Rodriguez.
VAGA GARANTIDA – Quem também festejou classificação para o Challenger Series foi o paulista Wesley Leite, logo no primeiro confronto do sábado. Ele foi preciso na escolha das melhores ondas e somou uma nota 8,00 na vitória por 14,60 pontos. O capixaba Rafael Teixeira avançou junto com ele ainda com chances na briga pelas últimas vagas, com ambos eliminando o cearense Cauet Frazão e o chileno Roberto Araki. É a segunda vez que Wesley Leite se classifica para o Challenger Series. A outra foi em 2022, quando terminou em sexto lugar no ranking, mas se contundiu nas primeiras etapas na Austrália e não conseguiu disputar vaga no CT.
“Eu competi em Snapper Rocks, depois fui pra Sidney e, antes de começar a etapa de Manly, tive uma torção no tornozelo, estourei o tendão, fraturei o maléolo e, mesmo assim, competi com o pé quebrado”, relembrou Wesley Leite. “Eu não passei a bateria, porque no Challenger estão os melhores do mundo, a nata da nata mesmo, então você tem que fazer dois 8 pra passar. Depois que competi contundido, isso me deu muita força e mostrou que eu poderia ir muito mais além. E agora estou de volta, to de volta, vivendo um sonho”.
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Wesley Leite depois perdeu o duelo paulista que abriu as quartas de final, para o também ubatubense Daniel Adisaka, que fez o maior somatório do sábado nessa bateria, 15,43 pontos somando notas 8,00 e 7,43. Daniel segue na briga por vaga no Challenger Series, mas a única chance é a vitória na Praia da Joaquina. Na semifinal, ele vai enfrentar um concorrente direto, Lucas Silveira, que pode se tornar o primeiro bicampeão da história do WSL Layback Pro em Florianópolis, se repetir o título conquistado na Praia Mole no ano passado. Ele se classificou para o domingo derrotando outro concorrente direto, o capixaba Rafael Teixeira.
“Foi uma bateria muito disputada, o Rafael (Teixeira) é um dos meus melhores amigos, ano passado a gente viajou no Challenger Series juntos e era uma bateria muito importante para nós dois”, destacou Lucas Silveira. “Eu acabei entrando num ritmo muito bom, trocando notas e ele ficou esperando muito pelas ondas. Aí ele fez um 7,00 que deixou uma emoção no final e foi nervosismo até acabar a bateria. Estou amarradão de passar pro Finals Day, a energia tá demais aqui e amanhã tem tudo pra ser um grande dia”.
CONFIRMADOS NO CHALLENGER – Já estão confirmados no Challenger Series 2025, que abre a disputa por vagas no CT 2026 em junho na Austrália, os campeões sul-americanos Lucas Vicente e Laura Raupp, os vice-campeões Franco Radziunas da Argentina e Daniella Rosas do Peru, Peterson Crisanto e outra peruana, Arena Rodriguez que estão em terceiro lugar, além do José Francisco e o Wesley Leite. Restam apenas duas vagas da WSL South America para definir e os ameaçados são os paulistas Igor Moraes em sexto lugar e Kaue Germano em sétimo. Lucas Silveira e Alex Ribeiro entram na lista se passarem para a final, enquanto para Daniel Adisaka, só interessa a vitória na Praia da Joaquina.
O WSL Layback Pro é homologado pela WSL Latin America e viabilizado pela Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte do Governo Federal do Brasil. Esta etapa do QS 3000 é uma realização da Agência Esporte & Arte e acontece com patrocínio de Dare e Prefeitura Municipal de Florianópolis através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer; apoio da Greenish, Ease Labs Cannabis Products, Evoke, Fu-Wax, Havenga, Oakberry, Refúgio Ekrãn e Cris Hotel; conta com o suporte da Federação Catarinense de Surf (FECASURF) e Associação de Surf da Joaquina (ASJ), parceria de mídia do site Waves.com.br e produção da FIRMA na transmissão ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.
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Assessoria de Imprensa do WSL Layback Pro 2025
João Carvalho – JBC Notícias e Assessoria do Surf
(48) 999-882-986 – jbcsurfnews@hotmail.com
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SEMIFINAIS DO WSL LAYBACK PRO EM FLORIANÓPOLIS:
09h00: CATEGORIA FEMININA – 3.o lugar com US$ 2.000 e 1.825 pontos:
1.a: Laura Raupp (BRA) x Silvana Lima (BRA)
2.a: Tainá Hinckel (BRA) x Daniella Rosas (BRA)
CATEGORIA MASCULINA – 3.o lugar com US$ 2.000 e 1.825 pontos:
1.a: Lucas Silveira (BRA) x Daniel Adisaka (BRA)
2.a: Alex Ribeiro (BRA) x Heitor Mueller (BRA)
RESULTADOS DO SÁBADO NA PRAIA DA JOAQUINA:
QUARTAS DE FINAL MASCULINAS – 5.o lugar com US$ 1.000 e 1.423 pontos:
1.a: Daniel Adisaka (BRA) 15,43 x 12,33 Wesley Leite (BRA)
2.a: Lucas Silveira (BRA) 14,30 x 12,17 Rafael Teixeira (BRA)
3.a: Alex Ribeiro (BRA) 12,93 x 10,16 Gabriel Klaussner (BRA)
4.a: Heitor Mueller (BRA) 11,90 x 10,20 Luan Wood (BRA)
QUARTAS DE FINAL FEMININAS – 5.o lugar com US$ 1.000 e 1.423 pontos:
1.a: Laura Raupp (BRA) 10,33 x 7,76 Juliana dos Santos (BRA)
2.a: Silvana Lima (BRA) 8,90 x 6,27 Isabelle Nalu (BRA)
3.a: Tainá Hinckel (BRA) 14,03 x 7,14 Isidora Bultó (CHI)
4.a: Daniella Rosas (PER) 12,00 x 8,77 Vera Jarisz (ARG)
SEGUNDA FASE FEMININA – 1.a e 2.a avançam para as quartas de final:
———-3.a=9.o lugar (US$ 750 e 945 pts) e 4.a=13.o lugar (US$ 550 e 796 pts)
1.a: 1-Laura Raupp (BRA), 2-Silvana Lima (BRA), 3-Isabela Saldanha (BRA), 4-Luara Mandelli (BRA)
2.a: 1-Isabelle Nalu (BRA), 2-Juliana dos Santos (BRA), 3-Arena Rodriguez (PER), 4-Julia Nicanor (BRA)
3.a: 1-Taina Hinckel (BRA), 2-Vera Jarisz (ARG), 3-Genesis Garcia (EQU), 4-Estela López (CHI)
4.a: 1-Daniella Rosas (PER), 2-Isidora Bultó (CHI), 3-Kiany Hyakutake (BRA), 4-Valentina Zanoni (BRA)
QUARTA FASE MASCULINA – 1.o e 2.o avançam para as quartas de final:
———-3.o=9.o lugar (US$ 750 e 945 pts) e 4.o=13.o lugar (US$ 550 e 796 pts)
1.a: 1-Wesley Leite (BRA), 2-Rafael Teixeira (BRA), 3-Roberto Araki (CHI), 4-Cauet Frazão (BRA)
2.a: 1-Lucas Silveira (BRA), 2-Daniel Adisaka (BRA), 3-Ryan Kainalo (BRA), 4-Alex Suárez (EQU)
3.a: 1-Gabriel Klaussner (BRA), 2-Heitor Mueller (BRA), 3-Mateus Herdy (BRA), 4-Michael Rodrigues (BRA)
4.a: 1-Luan Wood (BRA), 2-Alex Ribeiro (BRA), 3-Peterson Crisanto (BRA), 4-Fabricio Rocha (BRA)