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Bares temáticos inspirados em religiões de matriz africana crescem no Rio

Rio de Janeiro – Bares inspirados em religiões de matriz africana estão se multiplicando na capital fluminense. Com decoração temática, cardápio especial e música ao vivo, esses espaços oferecem experiências imersivas que valorizam a cultura afro-brasileira.

O Mojubar, inaugurado no Méier, tem sócios ligados à umbanda e buscou autorização espiritual para abrir as portas. A decoração inclui imagens de pretos velhos, Cosme e Damião, São Jorge e Nossa Senhora, com sincretismos religiosos. Atrás do palco de samba, há representções de Pombagira, Exu e Zé Pelintra. Segundo um dos proprietários, Rodrigo Rei, o objetivo é oferecer um ambiente acolhedor sem comercializar a religião.

@aminadomeier

O @mojubar.rj fica no cruzamento da Rua Pedro de Carvalho com Rua Aquidabã 📍 Caracterização impecável do @celynhooshoow ⭐️ Itens do cardápio presentes no vídeo: – Original 600ml – Drink Epa Baba – Mojubá – Terreiro – Juntó – Dona 7 Rosas Nos vemos lá? AXÉ 🌹 #aminadomeier #quemedomeiernaobobeier #meier #bardemacumbeiro

♬ som original – A mina do Méier

Cultura e gastronomia com identidade

Os bares têm cardápios inspirados em pratos e bebidas tradicionais. O Mojubar serve drinques como “Kaô Kabecilê”, alusivo a Xangô, e petiscos como Maria Navalha, homenagem a uma entidade da umbanda.

A proposta também aparece em outros estabelecimentos, como Casa de Malandro, na Lapa, e Santo Zé, em Quintino. O Santo Zé recria um cenário típico da malandragem carioca e atrai frequentadores de toda a cidade.

No Borogun, em Vila Isabel, a culinária é o destaque. O estabelecimento foi aberto por Jhersee Big J, que criou um cardápio inspirado nos rituais de terreiro. O Agô Bar da Encruza, pioneiro no segmento, tem pratos como o padê da encruza, churrasco misto flambado na cachaça. Segundo sua fundadora, Kananda Soares, a ideia surgiu ao perceber que poucos conheciam a comida sagrada dos orixás.

Música e personagens icônicos

Bares temáticos também investem em experiências interativas. O artista Celynho Show personifica Zé Pelintra, vestindo terno branco e chapéu panamá. Ele é contratado para rodas de samba e tira fotos com clientes. “É uma encenação, mas feita com respeito”, afirma Celynho, que se considera um divulgador da cultura umbandista.

Popularidade e desafios

O crescimento desses bares reflete o interesse na cultura afro-brasileira, mas também levanta debates. A ialorixá Paula de Odé, do Instituto Ose Dudu, alerta para o risco de modismo e reforça que a comida de santo tem um significado sagrado.

A professora de Antropologia da UFF, Ana Paula Miranda, aponta que, apesar da popularização, há um aumento da intolerância religiosa. Dados do Instituto de Segurança Pública mostram 72 casos de preconceito religioso no Estado do Rio entre janeiro e setembro de 2024.

Entenda o crescimento dos bares de matriz africana no Rio

  • Influência cultural: Valorizam tradições da umbanda e do candomblé.
  • Ambientação temática: Decoração com imagens de orixás e entidades.
  • Gastronomia: Pratos inspirados em rituais sagrados.
  • Música ao vivo: Roda de samba e cantos religiosos.
  • Debate sobre apropriação: Especialistas alertam para riscos do modismo.

Com informações do Extra.

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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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