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Flotilha avança para Gaza sob escolta internacional e desafia bloqueio israelense

Com apoio de Turquia, Espanha e Itália, missão humanitária denuncia cerco em Gaza e enfrenta risco de interceptação militar nas próximas horas

JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
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Foto: Rerodução

A Global Sumud Flotilla, missão humanitária que desafia o bloqueio israelense à Faixa de Gaza, segue firme rumo ao território palestino e deve entrar ainda nesta terça-feira (30) na chamada “zona crítica”, onde o risco de interceptação pelo exército de Israel é maior. A esquadra se encontra a cerca de 300 milhas náuticas (550 km) do destino final.

Partida em 14 de setembro de Bizerte (Tunísia), a flotilha é liderada pela ativista Greta Thunberg e reúne dezenas de embarcações internacionais. O objetivo é levar ajuda humanitária e denunciar o cerco que transforma Gaza em “prisão a céu aberto”. A travessia já enfrentou ventos fortes, entraves burocráticos e ataques de drones, além das ameaças do ministro israelense Itamar Ben-Gvir, que chamou os passageiros de “terroristas”.

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A vereadora Mariana Conti (PSOL), que integra a delegação brasileira, destacou a importância da pressão diplomática.

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“O Brasil precisa parar de fornecer material bélico e petróleo para a máquina assassina de Israel. Seguimos com responsabilidade e convicção de que conseguiremos chegar em Gaza”, afirmou.

Pressão internacional cresce

A mobilização em defesa da flotilha tem se ampliado em todo o mundo. Mais de 150 mil pessoas marcharam em Berlim em solidariedade à Palestina, enquanto universidades brasileiras como USP e Unicamp organizaram acampamentos de apoio.

Governos também passaram a atuar diretamente: a Turquia enviou barcos da Cruz Vermelha para acompanhar a missão, enquanto Espanha e Itália anunciaram embarcações de escolta, numa tentativa de “blindar” a operação contra ações israelenses.

Entre esperança e risco

A aproximação da zona de maior perigo expõe os ativistas à possibilidade de confronto direto com as forças israelenses. No entanto, a presença de parlamentares, organizações humanitárias e escolta internacional reforça o caráter não-violento da ação e amplia o isolamento político de Tel Aviv.

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Mesmo com a retórica agressiva do premiê Benjamin Netanyahu, cresce a percepção global de que a flotilha é uma ação legítima de solidariedade internacional.

“As próximas 72 horas serão decisivas”, afirmam os organizadores.

Com informações da Revista Movimento

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.