O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), rompeu relações com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), enviando uma mensagem de WhatsApp na madrugada da semana passada que dizia: “Não conte mais comigo para nada”.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, Sóstenes, por sua vez, respondeu que, por respeito à amizade, preferia não comentar o assunto. Desde o ocorrido, os dois estão sem contato.
🏛️ Conflitos Centrados no PL Antifacção
Este é o segundo rompimento de Motta com importantes lideranças partidárias em poucos dias, sendo o estopim de ambos os conflitos o debate em torno do Projeto de Lei Antifacção, aprovado na semana passada.
- Rompimento com o PT: Na segunda-feira (24), Motta havia declarado que não tinha mais “interesse em nenhum tipo de relação com o deputado Lindbergh Farias“, líder do PT. Lindbergh havia contestado a escolha de Guilherme Derrite como relator do texto.
- A Disputa com o PL: O conflito com Sóstenes girou em torno da proposta de equiparar facções criminosas a grupos terroristas. Para evitar um impasse, o relator retirou o tema do texto original, mas Sóstenes apresentou um destaque para reincluir o dispositivo.
💰 A Negociação e o Veto
Em uma reunião com lideranças e com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, Motta pediu que Sóstenes retirasse o destaque.
A discussão foi intensa. Sóstenes, então, questionou Motta sobre o que receberia em troca, sugerindo que o presidente pautasse o projeto do deputado Danilo Fortes. Motta se recusou a se comprometer, e Sóstenes manteve o pedido.
No plenário, Motta barrou o destaque do PL alegando inconstitucionalidade, e o dispositivo foi, finalmente, excluído da proposta. Horas depois do embate, já na madrugada, Motta enviou a mensagem que selou o rompimento.
A aliados, Motta desabafou que, apesar de respeitar Sóstenes, ele e Lindbergh “adoram gerar um caos semanal” e expõem a Câmara a desgastes desnecessários.




