O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), responde no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a um processo que pode resultar em cassação e inelegibilidade. A investigação começou no TRE-RJ e envolve também o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, aliado que aparece como principal aposta para suceder Castro em 2026.
Segundo a denúncia, a estrutura do governo teria sido usada para criar cargos sem função real, com o objetivo de beneficiar a campanha de reeleição em 2022.
Por que o julgamento deve demorar
Nos bastidores da política e da Justiça, cresce a avaliação de que a análise do caso só terá desfecho após a eleição de 2026. Ou seja, o julgamento pode empurrar as consequências para 2027.
Entre os fatores que explicam a lentidão estão:
- Novo Senado em 2027
A eleição para renovar parte da Casa deve aumentar a pressão sobre o Supremo e o TSE, já que diversos candidatos usarão a bandeira do impeachment de ministros. A Corte Eleitoral, nesse cenário, tende a agir com cautela. - Cálculo político de Castro
Cotado para disputar uma cadeira no Senado pelo PL, Castro evita embates diretos com ministros do STF e do TSE, ao contrário de outros aliados de Jair Bolsonaro. Manter o processo em aberto pode lhe dar sobrevida política durante a campanha.
O que está em jogo
Se condenado, Castro pode ser afastado do Palácio Guanabara e ficar inelegível. Se a decisão atrasar, ele ganha tempo para:
- Lançar sua candidatura ao Senado em 2026;
- Fortalecer Bacellar como herdeiro político;
- Evitar que o julgamento contamine o discurso eleitoral.

