Segurança Pública

Lula reúne ministros para discutir segurança pública

No Planalto, presidente busca articulação para aprovação da PEC da Segurança e ajustes no projeto antifacção.

Vanessa Neves
Vanessa Neves
Vanessa Neves é Jornalista, editora e analista de mídias sociais do Diário Carioca. Criadora de conteúdo, editora de imagens e editora de política.
Lula - © Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu nesta quinta-feira (13), no Palácio do Planalto, ministros que já foram governadores para debater estratégias em segurança pública.

O encontro aconteceu um dia após o adiamento da análise do Projeto de Lei Antifacção na Câmara dos Deputados.

Dos nove ministros presentes, seis têm experiência direta com segurança pública em seus governos estaduais: Rui CostaWaldez GóesRenan FilhoCamilo SantanaGeraldo Alckmin e Wellington Dias.

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A iniciativa visou colher avaliações técnicas e políticas desses gestores para alinhar ações do Executivo federal no combate à insegurança.

Um ministro presente destacou a necessidade urgente de construir um discurso claro e ações efetivas para enfrentar a crescente violência: “É preciso saber o que fazer para resolver o problema da insegurança e montar um discurso. O assunto tem gerado muito engajamento”.

Após a reunião, a ministra Gleisi Hoffmann afirmou que Lula solicitou empenho à sua equipe para sensibilizar o Congresso na aprovação de projetos estratégicos, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que visa integrar institucionalmente as forças federais, estaduais e municipais. “Foi uma reunião muito interessante e produtiva porque os nossos ministros e ex-governadores reiteraram a importância da aprovação desses marcos legais”, declarou Gleisi.

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A ministra destacou que, apesar da resistência de alguns governadores, os ex-governadores presentes defenderam que muitas operações conjuntas já ocorrem na prática, porém ainda sem previsão constitucional, o que torna a integração dependente da “vontade política momentânea”. “Eu acho que a gente tem que constitucionalizar”, enfatizou.

O governo permanece preocupado com o relatório do deputado Guilherme Derrite sobre o projeto antifacção, cuja versão apresentada recentemente não contempla pontos essenciais para o Planalto, como a criação do tipo penal “facção criminosa”, a recomposição dos fundos da Polícia Federal e a previsão de perdimento extraordinário de bens.

Esse movimento ocorre em meio ao avanço da articulação de governadores alinhados à extrema-direita, que conseguiram adiar a votação do projeto ao se reunir com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

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Contexto e Implicações Políticas

A reunião indicou a busca do presidente Lula por maior unidade política e técnica no enfrentamento da violência, alinhando propostas e reforçando a articulação para aprovação das propostas no Congresso, visando superar resistências e fortalecer a segurança pública no país.

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Vanessa Neves é Jornalista, editora e analista de mídias sociais do Diário Carioca. Criadora de conteúdo, editora de imagens e editora de política.