Durante evento do PL Mulher em Londrina (PR), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro defendeu a “submissão saudável” da esposa ao marido, citando ensinamentos bíblicos, e incentivou mulheres de direita a se engajarem na política, criticando feministas e parlamentares de esquerda.
A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, fez declarações polêmicas no último sábado (8), durante evento do partido em Londrina, Paraná, defendendo o que chamou de “submissão saudável da esposa ao marido”. Segundo ela, esse conceito deve ser compreendido sob a perspectiva bíblica, na qual o marido é orientado a amar a esposa “como Deus amou o mundo”, ressaltando o equilíbrio e o amor como base da relação.
Michelle destacou que o papel da mulher como “ajudadora, auxiliadora do seu esposo” é precioso e parte de uma missão divina. Exemplificou com gestos simples, como “fazer uma comidinha gostosa para o marido” e cuidar da casa, ações que segundo ela fortalecem laços afetivos com a família e não menosprezam a mulher.
No discurso, além de defender valores cristãos e familiares, Michelle criticou abertamente parlamentares feministas e da esquerda, especialmente do PT e PSOL, acusando-os de demonizar a figura masculina e defender pautas contrárias aos princípios morais que o PL busca preservar, como a luta contra o aborto.
Ela incentivou as mulheres de direita a se envolverem na política, defendendo uma “política colaborativa” que fortaleça o partido e a participação feminina sem competir com os homens. Michelle posicionou o PL Mulher como uma divisão comprometida com os valores tradicionais e com a defesa da vida.
Principais declarações
- Defesa da submissão saudável segundo a Bíblia.
- Crítica a feministas e parlamentares do PT e PSOL que “demonizam a figura masculina”.
- Incentivo à participação política feminina na direita, com foco em valores cristãos.
- Valorização do papel doméstico e harmonia familiar.
- Reafirmação do combate ao aborto como parte da luta do partido.
Este discurso reforça o alinhamento ideológico conservador do PL Mulher e destaca as disputas culturais e políticas envolvendo gênero e família no cenário brasileiro contemporâneo.

