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Moraes dá 5 dias à PGR para decidir sobre prisão de Eduardo Bolsonaro

Ministro fixou o prazo para que o procurador-geral Paulo Gonet se manifeste sobre o pedido de prisão preventiva

JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
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Eduardo Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu, nesta quinta-feira (2), um prazo de cinco dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR), sob o comando de Paulo Gonet, se posicione sobre o pedido de prisão preventiva do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O pedido de prisão foi apresentado por líderes progressistas do PT e do PSOL, em meio à denúncia criminal contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de obstrução da Justiça e promoção de sanções internacionais contra autoridades brasileiras.

O Pedido de Prisão e a Denúncia

Os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) acionaram o STF com uma solicitação mais ampla, que inclui:

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  1. A decretação da prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro.
  2. O corte imediato dos subsídios que ele recebe da Câmara dos Deputados.
  3. A apreciação urgente do pedido de cassação de seu mandato, já encaminhado ao Conselho de Ética.

A denúncia criminal apresentada pela PGR acusa Eduardo Bolsonaro de atuar ativamente, ao lado do influenciador Paulo Figueiredo, na promoção de sanções contra autoridades brasileiras, como o ministro Moraes. O próprio deputado, que permanece nos Estados Unidos, gabava-se de que a aplicação da Lei Magnitsky, o cancelamento de vistos e as tarifas comerciais carregavam suas digitais, configurando uma tentativa de desestabilizar o andamento do caso do golpe de estado.



A Situação no Conselho de Ética e as Disputas no PL

Enquanto a PGR decide sobre a prisão, o processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara já mostra sinais de politização. Na última semana, o deputado Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MT) foi designado relator. O parlamentar é abertamente identificado com o bolsonarismo e já se manifestou a favor da anistia tanto para os radicais do 8 de janeiro quanto para os líderes da trama golpista, o que pode comprometer a imparcialidade do processo.

Paralelamente, Eduardo Bolsonaro avalia deixar o PL em meio a disputas internas. Embora alegue insatisfação com a falta de estrutura de comunicação, líderes do partido afirmam nos bastidores que o verdadeiro motivo é a insatisfação com o acesso ao financiamento partidário e o espaço ocupado por Michelle Bolsonaro no comando do PL Mulher, que se tornou um braço financeiro e político forte da legenda.

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O prazo de cinco dias dado por Moraes a Gonet é crucial e definirá o futuro imediato do deputado, que enfrenta risco de prisão e a instabilidade política em seu próprio partido.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.