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Moraes determina envio de relatórios sobre operação no Rio de Janeiro

Ministro do STF ordena que governo do RJ preserve câmeras corporais e envie dados da Operação Contenção no âmbito da ADPF das Favelas.

JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
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Alexandre de Moraes - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou nesta segunda-feira (10) que as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro preservem imagens de câmeras corporais usadas na Operação Contenção e enviem relatórios, laudos e informações detalhadas sobre presos e mandados cumpridos.

No contexto da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635, conhecida como ADPF das Favelas, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou medidas rigorosas para o acompanhamento da Operação Contenção, realizada no Rio de Janeiro. A ação policial, deflagrada no final de outubro de 2025, resultou em 121 mortos, configurando a incursão policial mais letal da história do estado.

Moraes ordenou que as polícias Civil e Militar preservem todas as imagens captadas pelas câmeras corporais dos agentes que participaram da operação. Além disso, solicitou a lista dos equipamentos utilizados durante a ação. O ministro também requisitou que sejam enviados ao STF os laudos necroscópicos completos, acompanhados de registros fotográficos e análises de busca por projéteis.

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A determinação inclui a entrega de relatórios de inteligência que justifiquem a presença dos 51 réus alvos da 42ª Vara Criminal durante a operação. Informações detalhadas sobre os mandados de prisão cumpridos e os resultados das audiências de custódia também estão entre os pedidos. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro deverá fornecer dados sobre os detidos na ação.

Alexandre de Moraes assumiu a relatoria temporária da ADPF das Favelas após a saída do ex-ministro Barroso e realiza uma série de reuniões com autoridades locais, incluindo o governador Cláudio Castro, o secretário de Segurança Pública, o comandante da PM, o delegado-geral da Polícia Civil, o presidente do Tribunal de Justiça, representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública.

A medida visa garantir transparência, responsabilização e controle sobre as práticas adotadas na operação que já provocou intenso debate nacional por sua letalidade e impacto social na população das favelas do Rio.

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Principais determinações e contexto

  • Preservação integral das imagens das câmeras corporais usadas na Operação Contenção.
  • Envio de lista dos equipamentos utilizados pelos policiais envolvidos.
  • Entrega de laudos necroscópicos, com registros fotográficos e busca por projéteis.
  • Relatórios de inteligência sobre os alvos dos mandados de prisão.
  • Informações sobre presos, audiências de custódia e mandados cumpridos fornecidas pelo TJ-RJ.
  • Reuniões de Moraes com autoridades para monitorar cumprimento da ADPF 635.
  • Operação Contenção teve 121 mortos, a mais letal da história do Estado do Rio.

Essa atuação da Suprema Corte representa um movimento decisivo para controlar abusos policiais e garantir direitos humanos na segurança pública do Rio de Janeiro, ao supervisar diretamente essa controvertida intervenção policial.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.