Definição

Moraes planeja enviar Bolsonaro para cela especial na Papuda após julgamento

Ministro descarta sala da PF e estuda criar “ala golpista” para concentrar condenados do inquérito.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
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O presidente da República, Jair Bolsonaro, cumprimenta o ministro do STF, Alexandre de Moraes / Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já tem um destino em mente caso o ex-presidente Jair Bolsonaro seja condenado no julgamento da trama golpista. A ideia é que ele cumpra pena em uma cela especial no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde seria instalada uma área exclusiva para réus do inquérito.


Julgamento decisivo

O julgamento começa no dia 2 de setembro, na Primeira Turma do STF, e deve se estender até o dia 12. Além da definição sobre a condenação ou absolvição, os ministros devem estabelecer o regime inicial de cumprimento da pena.

Nos bastidores, chegou a ser cogitada a possibilidade de Bolsonaro cumprir pena em uma unidade militar — por ser oficial da reserva — ou em uma sala da superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Mas essas hipóteses perderam força.

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Fontes próximas a Moraes afirmam que o ministro sinalizou preferência pela Papuda, em cela especial, para garantir segurança e cumprimento das normas legais.

“Ala golpista”

A estratégia do STF prevê reunir os condenados no mesmo setor da penitenciária, que já vem sendo chamado de “ala golpista”. Um ministro próximo ao relator foi categórico:

“Só um milagre ou uma crise grave de saúde tiram Bolsonaro da Papuda após o julgamento definitivo.”

Prisão domiciliar provisória

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto. Embora não tenha sido formalizada como preventiva, a decisão funciona na prática como tal. Desde então, ele só deixou a residência uma vez, para exames médicos.

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Segundo integrantes da cúpula da PF, a sala da superintendência só seria utilizada em caso de prisão preventiva decretada antes do julgamento — o que não deve ocorrer.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.