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‘Fascismo’: Censura a Jimmy Kimmel revolta artistas e políticos nos EUA

A decisão da rede ABC de tirar do ar o programa “Jimmy Kimmel Live!” após comentários do apresentador sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk gerou revolta generalizada entre artistas e políticos nos Estados Unidos. Celebridades como Ben StillerWanda SykesJohn Legend e Jean Smart classificaram a medida como censura e um ataque à Primeira Emenda da Constituição americana, que garante liberdade de expressão.

A ABC anunciou na quarta-feira (17) a suspensão indefinida do talk-show após Kimmel sugerir em seu monólogo que o acusado pelo crime, Tyler Robinson, seria um republicano pró-Trump. A rede alegou que as declarações foram “ofensivas e insensíveis”, mas a retirada do programa — que vai ao ar há mais de 20 anos — é amplamente vista como resultado direto de pressão do governo Donald Trump através da Comissão Federal de Comunicações (FCC).

As reações das celebridades: unânime defesa de Kimmel

  • Ben Stiller: Republicou a notícia no X com o comentário “Isto não está certo”;
  • Jean Smart (“Hacks”): Escreveu no Instagram que está “horrorizada” e que “o que Jimmy disse foi liberdade de expressão, não discurso de ódio”;
  • Wanda Sykes: Afirmou em vídeo que “Trump acabou com a liberdade de expressão no primeiro ano”;
  • John Legend: Compartilhou crítica de David Frum sobre “fascismo” e retalição governamental;
  • Kathy Griffin: Alertou que “dinheiro é tudo que importa” e pediu apoio vocal a Kimmel.

O posicionamento político: alerta sobre fascismo

Políticos democratas também se manifestaram contra a censura:

  • Gavin Newsom (governador da Califórnia): Acusou o Partido Republicano de “comprar e controlar plataformas de mídia” em um esquema “coordenado e perigoso”;
  • Chuck Schumer (líder democrata no Senado): Disse que “todos deveriam se manifestar” e que “isto deve ir a tribunal” para proteger a democracia.

O contexto: liberdade de expressão sob Trump

O caso ocorre em um ambiente de crescente tensão sobre liberdade de imprensa nos EUA:

  • FCC, sob comando de Brendan Carr (indicado por Trump), ameaçou a ABC com “medidas” antes da suspensão;
  • O governo Trump já criticou publicamente veículos de imprensa e comediantes;
  • Artistas temem que a censura a Kimmel abra precedente para perseguição a vozes críticas.

Como escreveu a atriz Sophia Bush: “A Primeira Emenda não existe mais nos Estados Unidos. O fascismo está aqui e é assustador”.

Próximos passos: batalha judicial iminente

Especialistas preveem que a ABC enfrentará:

  • Ações judiciais por violação de contratos e liberdade de expressão;
  • Pressão de anunciantes e parceiros comerciais;
  • Boicotes organizados pela comunidade artística.

A suspensão de Kimmel pode se tornar o caso emblemático da liberdade de imprensa na era Trump.


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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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