O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar publicamente os aliados da OTAN neste sábado (13), ao criticar países que ainda compram petróleo russo. Em publicação na Truth Social, ele classificou a prática como “chocante” e afirmou que isso “enfraquece muito” a posição de negociação da aliança contra a Rússia, em meio à guerra na Ucrânia.
Trump também ameaçou impor tarifas entre 50% e 100% à China caso o país continue ampliando suas importações de petróleo russo.
Aliados divididos e dependência energética
Desde 2023, a Turquia se tornou o terceiro maior comprador de petróleo russo, ficando atrás apenas de China e Índia, que não são membros da OTAN. Outros países aliados que ainda importam o combustível de Moscou incluem Hungria e Eslováquia.
Trump sustentou que essas compras representam um enfraquecimento coletivo:
“Isso enfraquece muito a vossa posição e poder de negociação sobre a Rússia”, escreveu.
Críticas à condução da guerra na Ucrânia
O ex-presidente reforçou sua promessa de que poderia encerrar rapidamente a guerra, embora não tenha detalhado como. Ele ainda insistiu que a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia jamais teria ocorrido se estivesse no poder em 2022.
“Essa não é a guerra de Trump (nunca teria começado se eu fosse presidente). É a guerra de Joe Biden e Volodymyr Zelensky. Estou aqui apenas para ajudar a pará-la e salvar milhares de vidas russas e ucranianas”, disse.
No mês passado, Trump se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca. O encontro, no entanto, terminou sem qualquer avanço rumo a um cessar-fogo ou a negociações de paz duradouras.
Nova tensão no leste europeu
As declarações de Trump ocorrem poucos dias após a Rússia lançar drones que violaram o espaço aéreo da Polônia, o que levou à ativação do Artigo 4º do Tratado do Atlântico Norte.
O dispositivo prevê consultas conjuntas entre os membros sempre que a segurança ou a integridade territorial de um deles esteja sob ameaça.
Em resposta, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, anunciou o programa “Sentinela Oriental”, com o objetivo de reforçar a segurança no leste europeu e mostrar solidariedade à Polônia diante das provocações russas.