19 de junho de 2025 — Beersheba, Israel. O conflito entre Irã e Israel atingiu um novo patamar de gravidade após um míssil atingir o Centro Médico Soroka, principal hospital do sul israelense, na cidade de Beersheba, deixando feridos e provocando destruição em diversas áreas da unidade.
A informação foi confirmada por autoridades locais, que relatam extensos danos em parte da estrutura do hospital, além de múltiplos feridos, entre eles uma mulher de 60 anos.
De acordo com a mídia iraniana, o alvo do ataque seria um parque tecnológico localizado a menos de dois quilômetros do hospital, mas o projétil acabou impactando a unidade médica.
O serviço de emergência israelense, Magen David Adom (MDA), reportou que, ao chegar ao local, encontrou “um prédio com grandes danos estruturais” e relatos de destruição em várias áreas internas.
Centro médico virou alvo indireto da guerra
O Centro Médico Soroka é uma das unidades de saúde mais estratégicas de Israel, atendendo mais de um milhão de pessoas no sul do país. Localizado a apenas 35 quilômetros de Gaza, o hospital é referência para atendimento de feridos tanto de operações militares quanto de civis atingidos pela guerra.
Segundo relatos locais, além da mulher de 60 anos ferida, outras vítimas foram socorridas com ferimentos causados por estilhaços e desabamentos parciais de estruturas.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram pilhas de escombros, fachadas destruídas, vidros quebrados e funcionários em estado de choque tentando retirar equipamentos dos setores afetados.
O que diz o Irã sobre o ataque?
De acordo com informações divulgadas pela imprensa iraniana, o alvo original do míssil seria uma instalação tecnológica de uso militar e de defesa cibernética, localizada nas imediações do hospital.
A mesma fonte afirma que o ataque fazia parte de uma ofensiva contra infraestrutura militar israelense, e que o impacto sobre o hospital teria sido um erro de navegação ou falha balística.
Fontes militares iranianas teriam declarado que a operação visava “neutralizar ativos tecnológicos ligados à guerra eletrônica e monitoramento de mísseis”.
Localização do ataque
Local | Descrição | Distância |
---|---|---|
Centro Médico Soroka | Principal hospital do sul de Israel | — |
Parque Tecnológico de Beersheba | Complexo de defesa cibernética e startups de segurança militar | 1,6 km do hospital |
Faixa de Gaza | Zona de conflito próxima | 35 km |
Cresce o número de feridos na escalada do conflito
Além dos danos em Beersheba, outros hospitais do país, como unidades em Tel Aviv, reportaram atendimento a vítimas dos ataques iranianos. Pelo menos 65 pessoas ficaram feridas em diferentes regiões de Israel, de acordo com as autoridades locais.
O hospital de Tel Aviv recebeu dez feridos em decorrência dos últimos bombardeios.
O Diário Carioca apurou que a escalada militar gerou uma onda de pânico em várias cidades israelenses, com milhares de pessoas buscando abrigos antibomba.
Impacto estratégico do ataque
O fato de um hospital ter sido diretamente afetado, ainda que como alvo colateral, levanta preocupações sobre a violação de acordos internacionais de proteção a unidades civis e médicas em zonas de guerra.
Especialistas em direito internacional consultados por organizações independentes avaliam que o episódio pode ser enquadrado como possível crime de guerra, caso fique comprovado que houve negligência ou desproporcionalidade no ataque.
O governo israelense, por sua vez, intensificou seus bombardeios sobre posições iranianas na Síria e no Líbano, em resposta à ofensiva.
O hospital Soroka na linha de frente da guerra
O Centro Médico Soroka, fundado em 1960, é a maior instalação de saúde fora da região central de Israel. A unidade conta com mais de 1.200 leitos e é referência em atendimento emergencial durante situações de guerra, especialmente em episódios envolvendo ataques vindos da Faixa de Gaza.
O hospital já operava sob pressão desde o início da ofensiva, funcionando como ponto de estabilização para feridos antes de transferências para centros médicos maiores.
O impacto direto de um míssil sobre suas instalações representa um golpe severo à capacidade de atendimento da região sul do país.
A escalada do conflito entre Irã e Israel atinge níveis alarmantes, colocando civis diretamente na linha de fogo e levando a guerra para dentro de hospitais.
📌 O Carioca Esclarece
Pelo direito internacional, hospitais são protegidos em conflitos armados. Ataques que afetem unidades médicas, mesmo como dano colateral, podem ser configurados como crime de guerra se não houver justificativa militar proporcional.