Flotilha humanitária relata perseguição em alto-mar
Ativistas da Flotilha Global Sumud denunciaram que um navio militar israelita se aproximou de forma hostil e realizou manobras arriscadas contra a frota que segue rumo à Faixa de Gaza. O episódio ocorreu na madrugada de quarta-feira (1º), quando os barcos estavam a cerca de 120 milhas náuticas (222 km) do enclave palestino.
  Segundo o ativista brasileiro Thiago Ávila, parte dos sistemas de comunicação das embarcações Alma e Sirius foi danificada, e os participantes se prepararam para uma possível intercepção. Apesar da intimidação, ninguém ficou ferido. “Continuamos a ir a Gaza para quebrar o cerco e criar um corredor humanitário”, afirmou Ávila em publicação no Instagram.
Comunicações cortadas e perseguição noturna
Um vídeo divulgado pelos ativistas mostra um grande navio circulando em torno da flotilha, embora não seja possível confirmar sua origem devido à baixa visibilidade. A Euronews, que analisou as imagens, afirmou não ter conseguido verificar de forma independente a identidade da embarcação.
O grupo declarou em mensagem no Telegram que várias embarcações se aproximaram durante a madrugada, algumas com as luzes apagadas, mas posteriormente deixaram o local.
Tentativas anteriores de romper bloqueio
As missões anteriores da flotilha foram interceptadas por Israel antes de chegar a Gaza. Em junho, o barco Madleen foi parado a 100 milhas náuticas da costa, enquanto a embarcação Handala chegou a apenas 57 milhas.
Na atual viagem, Espanha e Itália chegaram a escoltar parte da frota após relatos de ataques de drones próximos à Grécia.
Guerra em Gaza e plano de paz de Trump
A denúncia ocorre em meio à intensificação da ofensiva israelita em Gaza, que completa dois anos dentro de uma semana. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 66 mil pessoas morreram desde o início do conflito, número que não distingue civis de combatentes. Só na terça-feira (30), 42 palestinos foram mortos em ataques, a maioria no norte do território.
Na segunda-feira (29), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um plano de paz de 21 pontos ao lado do premiê israelense Benjamin Netanyahu. O projeto prevê a libertação dos reféns do Hamas, a dissolução da organização e a criação de um governo provisório supervisionado pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
Trump afirmou que “todos os países árabes” apoiam a proposta, mas governos como o do Qatar pediram “mais discussões” antes de qualquer aprovação.
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