Brasília, 22 de junho de 2025 — O governo brasileiro manifestou repúdio contundente aos ataques militares promovidos por Estados Unidos e Israel contra instalações nucleares no Irã. Em nota oficial divulgada neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores classificou as ofensivas como uma violação grave do direito internacional e da soberania iraniana.
O comunicado do Itamaraty destaca que ataques armados contra estruturas nucleares representam uma afronta direta à Carta das Nações Unidas e às normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Segundo o governo, além de ferirem acordos internacionais, essas ações colocam em risco a vida de milhares de civis e ameaçam provocar um desastre ambiental de proporções catastróficas, com risco de contaminação radioativa em larga escala.
Ameaça à segurança global
“A escalada militar representa uma grave ameaça à vida, à saúde das populações civis e à estabilidade global”, reforça o documento, que alerta para as possíveis consequências irreversíveis caso os confrontos se intensifiquem.
O Diário Carioca apurou que a diplomacia brasileira tem acompanhado de perto os desdobramentos no Oriente Médio, considerando que qualquer ataque a estruturas nucleares viola não apenas tratados internacionais, mas também compromete os esforços globais em prol da não proliferação nuclear.
Defesa do uso pacífico da energia
O Brasil reiterou sua defesa intransigente do uso pacífico da energia nuclear, posição histórica da diplomacia brasileira. O governo também reafirmou sua oposição categórica a qualquer forma de proliferação de armas nucleares, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio.
“O uso da força contra instalações nucleares é inaceitável e expõe toda a humanidade a riscos extremos”, frisa a nota.
Bombardeios atingem civis e hospitais
Além de condenar os ataques às infraestruturas nucleares, o comunicado do Itamaraty critica severamente os bombardeios que atingem áreas densamente povoadas, provocando um aumento expressivo no número de vítimas civis. Entre os alvos atingidos estão hospitais e estruturas essenciais, protegidos pelo direito internacional humanitário, o que agrava ainda mais a situação.
O governo brasileiro lamenta a destruição de infraestrutura civil e lembra que, mesmo em contextos de guerra, existem limites impostos pelo direito internacional, que proíbem ataques contra alvos civis.
Brasil exige cessar-fogo e solução diplomática
Diante da gravidade da situação, o Itamaraty fez um apelo urgente para que todas as partes envolvidas adotem máxima contenção e busquem imediatamente uma saída diplomática para a crise.
“O governo brasileiro conclama os envolvidos a cessarem imediatamente as hostilidades e a retomarem o caminho do diálogo, da diplomacia e do respeito ao direito internacional”, afirma o documento.
Riscos para o futuro da humanidade
O posicionamento brasileiro também alerta que a atual escalada militar pode ter efeitos devastadores não apenas para o Oriente Médio, mas para a segurança global, impactando diretamente os esforços internacionais de desarmamento nuclear e manutenção da paz mundial.
Ao reafirmar seu compromisso histórico com a diplomacia, o Brasil se posiciona claramente a favor do fortalecimento do direito internacional e da cooperação multilateral, em oposição às políticas de força e aos bombardeios que ameaçam milhões de vidas.
O Carioca Esclarece
Ataques a instalações nucleares violam tratados internacionais e podem causar desastres radioativos com impactos humanitários e ambientais de proporções globais.
FAQ
Por que o Brasil condenou os ataques dos EUA e Israel ao Irã?
Porque os bombardeios violam a soberania do Irã, o direito internacional e colocam em risco a vida de civis, além de ameaçarem causar um desastre nuclear.
O que diz o direito internacional sobre ataques a instalações nucleares?
É estritamente proibido. A Carta da ONU e as regras da AIEA vetam qualquer ação armada contra instalações nucleares, devido aos riscos de contaminação e catástrofe humanitária.
Qual a posição do Brasil sobre o uso de energia nuclear?
O Brasil defende o uso pacífico da energia nuclear e é contra qualquer forma de proliferação de armas nucleares, reafirmando seu compromisso com o desarmamento e a diplomacia.

