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Casa Branca se retrata por fake news sobre ‘decapitação de bebês’

A Casa Branca se retratou de alegações difundidas pelo presidente Joe Biden nas quais sugeriu ter visto imagens de crianças israelenses mortas por combatentes das Brigadas al-Qassam, braço armado do movimento de resistência Hamas.

Durante encontro com líderes da comunidade judaica  na Casa Branca, declarou o presidente: “Nunca pensei que veria imagens de terroristas decapitando crianças”.

Após as falas de Biden, corporações de imprensa em todo o mundo passaram a propagar os rumores facciosos de “bebês decapitados” por militantes palestinos. Repórteres em campo, no entanto, negaram quaisquer evidências das supostas atrocidades.

O repórter israelense Oren Ziv, da rede +972 Magazine, escreveu na plataforma social X (Twitter): “Estou recebendo perguntas sobre relatos de ‘bebês decapitados pelo Hamas’, publicados após a imprensa visitar o local. Não vimos qualquer evidência disso; comandantes e o porta-voz do exército tampouco mencionaram tais incidentes”.

“Lamentavelmente, Israel usará agora tais alegações falsas para intensificar seu bombardeio a Gaza e justificar seus crimes de guerra”, concluiu Ziv.

Após ser exposta a campanha de desinformação, um porta-voz da Casa Branca afirmou ao The Washington Post que nem Biden nem qualquer oficial americano viu as fotografias ou verificou os relatos.

Segundo o porta-voz, as declarações do presidente se basearam em relatos difundidos por um porta-voz do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reportados pela mídia sionista.

LEIA: Jornalistas israelenses desmentem grande imprensa sobre decapitação de bebês

O Hamas também contestou as acusações em nota, ao condenar a “difusão de propaganda da ocupação israelense, repleta de mentiras e fabricações, como tentativa de encobrir seus crimes e massacres realizados 24 horas por dia — dentre os quais, crimes de guerra e genocídio”.

“Os combatentes palestinos estão alvejando postos e bases militares e de segurança de Israel — todos alvos legítimos”.

O Hamas reiterou instruções a seus combatentes para evitar atacar civis, ao apontar para testemunhos televisionados de diversos colonos.

O presidente americano alegou ter informado Netanyahu da necessidade de aderir às regras de guerra, apesar de reforçar seu apoio às necessidades bélicas de Israel para “defender suas suas cidades e cidadãos”, incluindo munição e interceptores do sistema antimísseis Domo de Ferro.

Biden insistiu que, caso os Estados Unidos vivenciassem um ataque surpresa semelhante à operação de sábado passado (7), sua resposta seria “rápida, decisiva e esmagadora”.

Israel lançou sua recente ofensiva contra Gaza após combatentes da resistência romperem a cerca nominal, em resposta aos 17 anos de cerco e uma escalada exponencial de ataques de colonos e soldados em Jerusalém e na Cisjordânia.

Cerca de mil palestinos — incluindo 300 crianças — foram mortos, além de cinco mil feridos.

Quase 2.4 milhões de palestinos sofrem um desastre humanitário sob a agressão em curso contra Gaza. O massacre deixou civis sem teto, ao privá-los de necessidades básicas, como água, comida, eletricidade e medicamentos.

O cerco equivale a punição coletiva — portanto, crime de guerra sob o direito internacional.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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