O Brics anunciou, nesta quarta-feira (23), a inclusão de Cuba como parceiro durante um encontro em Kasan, Rússia. A decisão permite que o país participe de fóruns do bloco, mas sem direito a voto.
Além de Cuba, outros países foram aceitos, como Nigéria e Vietnã. A lista completa de novos parceiros inclui Turquia, Indonésia, Belarus, Bolívia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Uganda e Argélia. A expansão foi articulada pela presidência russa, com a aprovação dos demais membros, incluindo o Brasil.
Na terça-feira (22), o Brasil vetou informalmente a entrada da Venezuela e da Nicarágua. O governo brasileiro, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, tem mostrado preferência em manter o bloco em sua composição original.
Apesar disso, o Brasil concordou com a ampliação após pressão da China, mas defende a adoção de critérios para a inclusão de novos membros, refletindo uma estratégia de preservação das relações diplomáticas e regionais.
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Os novos países ingressados no ano anterior, como Egito, Irã, Emirados Árabes e Etiópia, são membros plenos com direito a voto. A Arábia Saudita ainda não formalizou sua entrada, enquanto a Argentina retirou sua adesão após a posse do presidente Javier Milei.
Durante a cúpula, Lula fez um discurso por videoconferência de sete minutos, enfatizando a importância econômica do Brics e abordando temas como a taxação dos super-ricos e o papel do Sul Global no cenário internacional. O presidente também solicitou que países desenvolvidos adotem medidas para mitigar os efeitos do aquecimento global.
Brasil no Brics
Devido a um acidente doméstico, Lula não esteve presente fisicamente na cúpula e delegou a liderança da delegação brasileira ao chanceler Mauro Vieira. Na quinta-feira (24), ocorrerá uma reunião com líderes do bloco e cerca de 30 países convidados.
Ao assumir a presidência do Brics no próximo ano, o Brasil planeja intensificar sua atuação em favor de um mundo multipolar e de relações internacionais mais equilibradas.
O presidente concentrou seu discurso na agenda econômica e de desenvolvimento, evitando discussões sobre democracia ou novos membros interessados em ingressar no bloco.