O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira (18/9) retirar a licença de emissoras de TV abertas que, segundo ele, estariam “contra” seu governo.
Sem apresentar provas, afirmou que 97% das redes fazem oposição e acusou a mídia de transmitir apenas notícias negativas. “Eles só me dão publicidade ruim. Talvez a licença deles deva ser retirada”, declarou em coletiva na Casa Branca.
Ataques à imprensa e apoio da FCC
Trump citou o apoio de Brendan Carr, chefe da Comissão Federal de Comunicações (FCC), que defendeu regras mais rígidas para veículos de comunicação. Carr afirmou que a credibilidade da mídia tradicional estaria “completamente destruída” e elogiou a posição do presidente.
As declarações ocorreram após a suspensão do programa do apresentador Jimmy Kimmel, exibido pela ABC, em meio a polêmica envolvendo comentários sobre o ativista de extrema-direita Charlie Kirk, morto em 10 de setembro. A retirada do programa do ar reacendeu o embate entre Trump e grandes redes de comunicação.
Histórico de ataques e críticas
No fim de agosto, o republicano já havia criticado a NBC e a ABC por suposta parcialidade, defendendo que suas licenças fossem cassadas. “Eu seria totalmente a favor disso, porque elas são tão tendenciosas e mentirosas. Uma ameaça real à nossa democracia”, escreveu na rede social Truth Social.
Riscos de censura e repercussão política
A escalada de ataques contra a imprensa ocorre em meio à tensão política no país, com Trump reforçando seu discurso contra veículos que considera hostis. Ele repete acusações de manipulação de notícias e sustenta que há perseguição midiática contra seu governo.
Até o momento, as emissoras citadas não comentaram oficialmente as falas do presidente. A oposição no Congresso classificou a ameaça como autoritária e alertou para riscos de censura e de enfraquecimento das instituições democráticas nos Estados Unidos.