Novos e-mails divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Congresso americano mostram que Jeffrey Epstein afirmou que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, “passou horas” com uma vítima de seu esquema de exploração sexual e estava ciente do funcionamento da rede, gerando novo desgaste político para Trump.
Os documentos revelados contêm mensagens enviadas por Jeffrey Epstein em 2011 para sua cúmplice, Ghislaine Maxwell, condenada por tráfico sexual. Em um e-mail, Epstein descreve Trump como “o cachorro que não latiu”, afirmando que o republicano “passou horas na minha casa com uma das vítimas” e que o nome dele nunca foi citado em relação ao caso. Essa frase sugere que Trump tinha conhecimento das atividades ilícitas mantidas por Epstein.
Outra mensagem do bilionário questiona como responder à imprensa sobre sua relação com Trump, que na época emergia na política dos EUA. Esses e-mails foram divulgados pelos democratas da Câmara dos Representantes, que os usam para ampliar a pressão sobre a Casa Branca para divulgação completa dos arquivos relacionados a Epstein, também chamados de Arquivos Epstein.
Em paralelo, um documento mostrou uma carta datilografada em uma silhueta desenhada à mão de uma mulher nua, supostamente assinada por “Donald”, com a frase “Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo”. Trump nega ter desenhado ou assinado a carta e está processando o Wall Street Journal, que publicou a imagem, por US$ 10 bilhões, alegando que o material é falso. A Casa Branca reforçou que a assinatura não corresponde ao estilo do ex-presidente.
Desde que Epstein foi preso em julho de 2019 e posteriormente encontrado morto na prisão, as ligações entre ele e figuras poderosas continuam a gerar escândalos e investigações. Trump admite que conhecia Epstein, mas afirma ter rompido as relações anos atrás. Contudo, ele aparece em registros de voos ligados a Epstein, embora não seja formalmente investigado.
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A divulgação dos e-mails reacendeu o debate sobre o grau de consciência e envolvimento de Trump nas ações de exploração sexual. A oposição usa as mensagens para acusar o ex-presidente de encobrir evidências, enquanto aliados dele procuram minimizar os fatos, afirmando que não há provas concretas de participação em crimes. A controvérsia expõe vulnerabilidades políticas em um momento em que Trump busca manter influência e apoio dentro do cenário conservador americano.
Impacto político das novas revelações
A divulgação dos e-mails aumenta a pressão sobre Trump, desestabilizando sua base, especialmente o movimento Make America Great Again (MAGA), que já se mostra dividido diante da falta de transparência e das dúvidas levantadas sobre sua relação com Epstein. Aliados começam a evitar publicamente o assunto, refletindo desgaste político e desconforto.
A controvérsia jurídica e midiática
Enquanto Trump processa o jornalismo investigativo responsável pelas revelações, a imprensa americana segue publicando documentos que associam o ex-presidente a Epstein. A disputa jurídica e a circulação dos materiais reforçam o impasse sobre o direito à informação frente aos interesses políticos e pessoais.
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